Acaso Libertino 💣⚡- Concluída

111° Capítulo

Narração: Micaella

E o meu celular que nunca trava e hoje resolveu demorar até para iniciar, tudo pra atrasar! As msg começaram a chegar e tinha um sms pedindo para retornar para um número, liguei, mas deu desligado.
Saco!
Eu sabia que era ele, estava num misto de alegria e agonia, contando vitória mesmo desesperada. Chegou um outro torpedo com um endereço, não deu outra guiei doida pra lá, mesmo sem saber do que realmente se tratava.

Subi o morrão e na 29 entrei num beco descendo ele na maior dificuldade com escadas e a rampa toda esburacada, subi o mesmo beco e virei a direita e segui reto, já na saída tinha uma boca e lá ensinaram a chegar na tal enfermaria do tráfico. Uma felicidade gritante em saber que meu boy estava vivo, só não sabia o seu estado. Quando enfim cheguei, mandei um sms avisando e aguardei na calçada, afastado tinha alguns vigias... Eu estava tão ansiosa pra ver o Kevin, não me importava como portanto que estivesse mesmo vivo.
- Tá esperando alguém? - perguntou uma menina, que apareceu do nada.
Micaella: Por que??
- Só por perguntar mesmo, vim ver meu ex que tomou um tiro.
Micaella: Hum. -resmungo e me calo, imaginado coisas...né possível!
- Safadão. Meu ex marido, conhece? - puxa assunto novamente, contando o que eu havia imaginado.
Micaella: Que bom que é ex né?! Imagina se fôssemos duas atuais? -Digo bem séria; hilário, depois de tudo vem o momento engraçado...ou desgraçado né??!
- Ah é? Sabia não... Mesmo se soubesse viria do mesmo jeito, ele não tem ninguém por aqui e o meu carinho por ele sempre será o mesmo. -ela dizia abertamente tranquilona.
Micaella: Tá certa!! -afirmo- Ele é gente boa!
- Vem cá, tu não era mulher do Xandinho? Tu não me é estranha...
Micaella: Era, passou! -respondo já cansada; chatinha e inconveniente.
- Tu é rápida hein menina. -Disse dando um riso.
Na hora e em que eu cogito em responde-la adequadamente, me chamam e eu só vou me livrando de dá um fora, que talvez não seria necessário.
Sério, gente intrometida me cansa!

Meu coração acelerou e o que a mulher falava comigo eu não captava legal.
Micaella: Oi, não entendi direito, tô nervosa! -Digo agitada.
- Ele tomou um tiro no braço, mas aí eu já removi a bala e ele vai ter que ser observado; vai lá falar com ele.
Fui entrando num quarto lá e ao ver ele ai, me emocionei...foi involuntário, não resistir e o abracei cuidadosamente.
Micaella: Poxa, quer me matar? Que isso cara...
Safadão: Vaso ruim quebra assim não po! Tô bem já. -Falou com certa dificuldade.
Micaella: E tu vai ficar aqui? Como vai ser? Tua ex veio te buscar né??!!! -pergunto uma atrás da outra, cheia de ciúmes mesmo.
Safadão: Que ex? Tá maluca você.
Micaella: Ela está aí fora, ué! Hoje o dia foi foda!!!
Safadão: Põe foda nisso... Vem cá, me dá um beijo. -pediu todo mansinho.
Ai! Eu não aguento!! Me derreto todinha mesmo, confesso.
É amadah, que roubada...mas que roubada prazerosa!!!

A mulher que já era senhora me disse os remédios que ele podia tomar e eu anotei no bloco de notas.
- Ele é o nosso bebezão vacilão! - Brincou.
Micaella: Põe vacilão nisso.
- É você que vai ficar com ele?
Pensei rápido e antes de responder, ele tomou a frente.
Safadão: Vai não tia, ela tem a vida dela, correria também... Sabe que eu sei me virar, tá nessa.
Micaella: Vou sim, não vou te deixar nessa, eu hem. -rebato.
Safadão: E suas parada?
Micaella E, nada!! Dou um jeito, a menos que você não queira, aí já é outra parada.
Safadão: Não pô... contigo mesmo. -Falou todo sem jeito, sem graça- Só não quero te atrapalhar.

O carro já estava preparado pra levar ele daqui; e o cuspe caía bem na minha testa... Ele vai ficar lá em casa alguns dias, depois de muita discussão entre resmungos de dor, pior que criança esse, mesmo não aguentando queria debater.

E se eu estava mais aliviada? Não tinha dúvidas. Eu jurei que jamais o viria, mas eu estava errada e graças a Deus por isso.

A vida é sua puta mania de ser imprevisível. . .