❅ Mudança de planos ❅

76 16 80
                                    

12 de fevereiro de 2017, 17:00.

Alina, você pegou meu pente? – Celine grita do banheiro de seu quarto.

Não! – gritou da sala.

Apenas de toalha e com os cabelos molhados e escuros, ela bufa de frustração pelo fato de que não encontra seu pente de cabelo. Ela apenas junta os cabelos e os prende em um coque para pelo menos sair do banheiro e assim o faz. Já no quarto ela observa sua roupa sobre a cama. Um vestido florido acima dos joelhos com detalhes em preto. Devido a costura extremamente bem feita ele se tornou um de seus favoritos.

Você, caro leitor, deve estar se perguntando o porquê de Celine estar se arrumando para sair em pleno domingo. A resposta é bem simples na verdade. Todos: Alina, Celine e Michael, irão hoje para a casa de Benedict. Ela estava tão feliz pela conquista do próprio irmão que até mesmo esqueceu do celular fora do quarto. Mas isso não vem ao caso agora.

Com delicadeza ela veste seu vestido leve como seda e macio como algodão. Ele havia caído muito bem nela, e de alguma forma ela queria estar maravilhosamente bonita hoje. Porque? Acho que já sabem a resposta.

Se olhando no espelho ela deu uma meia volta. Estava deslumbrante. Nos pés calçava uma linda sandália dourada e preta, sem qualquer tipo de salto. Pegou o cinto com a inicial do seu nome e o colocou, só pra complementar, e o resultado… foi espetacular.

Celine! – Alina grita e abre a porta rápido – Chegou mensagem pra--, nossa… – Franziu as sobrancelhas e abriu a boca em espanto.

Alina vestia um macacão comprido vermelho e também usava um cinto preto. Seus pés possuíam saltos finos e esguios. Estava perfeita. Até mesmo sofisticada.

O que? Está ruim?

Tá louca? – Alina disse – Você… Caramba, você tá linda! – se aproximou.

Obrigada. – se virou de volta para o espelho – Algo casual, mas elegante, né?

Isso… – Sorriu e se aproximou da ruiva – Aliás achei seu pente. – levantou a mão e lá estava o pente transparente tão procurado por Celine.

Obrigada. – o pegou. – O que estava dizendo?

Dizendo…?

Você ia me dizer alguma coisa quando abriu a porta, mas parou.

Ah… Eu queria dizer que chegou mensagem pra você. – estendeu a mão com o celular sobre ela.

Celine estremeceu. Não sabia o que esperar e de quem esperar. E se fosse…? Não… não seria ele. Mas e se fosse? Rapidamente pegou o celular da mão da amiga e observou a tela de seu celular.

Enfim, vou terminar de me arrumar. Não demore. – Saiu fechando a porta do quarto.

Obrigada Alina! – Celine gritou do quarto.

Clicou sobre o número e então a mensagem se abriu. E novamente, lá estava o demôn--, digo, Mandy. Celine revirou os olhos e pensou seriamente em ignorar a mensagem, mas, talvez não fosse a melhor escolha. Então, a respondeu. Mais uma vez durante uma curta conversa, ela se mostrava magoada. Como sua mãe conseguia ser tão…?

Era ruim saber que sua própria mãe havia a abandonado. Mas de qualquer modo, não gostava de guardar mágoa das pessoas. Então, apenas deixou que a consciência da própria mãe pesasse. Como era pra ter pesado. Mas pelo visto, isso não iria acontecer. 

NepenteOnde histórias criam vida. Descubra agora