📌} Capítulo 11 - Sinceridade

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O sapato social de Hyunjin fazia eco ao longo que andava de um lado para outro na sala de sua mansão, onde se localizava fora de Ginyeon. A linhagem de demônios mais fortes, os Dhiajes. Haviam mencionado sobre a adaga, mas não deu importância já que nunca tinha a visto acreditava ser algo que eles inventaram para lhe assustar, e que os humanos foram passando isso em gerações como uma lenda para aterrorizar as crianças.

Porém ao ver a lâmina de prata nas mãos de Minho, sentiu um arrepio percorrer seu corpo como nunca sentiu antes e o coração ficou acelerado, como se soubesse que estava a um passo da morte, e de fato estava, se não tivesse fugido teria realmente ido a óbito. A forma como o Lee ficou depois de estar com o objeto em mãos percorria sua mente, era como se a adaga o estivesse controlando, talvez os Dhiajes tenham alguma explicação para isso, contudo, não queria vê-los tão cedo, iriam o torturar por ter fugido.

– O que está fazendo? – escutou uma voz feminina dizer o tirando de seus pensamentos.

– Mary, o que está fazendo aqui? –notou que estava diferente, usava roupas normais como a de humanos – Até te diria que se parece como uma mulher normal se não fosse pela sua pele e olhos – ela resmungou, mas mesmo assim puxou as mangas do moletom azul para baixo, escondendo parte de sua pele alaranjada.

– Me pediram para tirar informações de você, querem saber o porque de ter fugido – encostou se no batente da porta com os braços cruzados.

– Se querem saber eles que venham até mim, não irei dizer nada a você – dizia tudo sentindo gotículas de suor em sua nuca. Não poderia se mostrar fraco.

– Não confia em mim?

– E preciso responder? Agora saia daqui! – exclamou irritado.

– Terei de ficar. Eles estão muito irritados com você, não querem te ver. Por isso o diabo me pediu para vir até aqui, se eu voltar sem nenhuma mínima informação ele vai me matar – o desespero estava lhe tomando conta.

– Ele diz isso da boca para forá. Por que nunca o chama de pai?

– Bom, ele é o diabo preciso ficar apreensiva com qualquer coisa que fala –disse dando um longo suspiro –Respondendo sua pergunta, não o chamo de pai pelo fato de ele sempre tratar a Liz mal, é assim desde que éramos pequenas. Ela sempre foi a mais fraca enquanto eu a mais forte. Com isso ele tem um certo favoritismo sobre mim e é mais rigido comigo, enquanto a trata como se não fosse nada. Liz só tem a mim, já que nossa mãe abandonou tudo e quis se tornar humana.

– Nisso eu tenho que concordar com ele, arranquei a língua dela e ele nem ao menos disse nada – Disse com um riso  antes de se virar para a parede de vidro e encarar a pequena descida da colina. Era uma manhã ensolarada, até havia pássaros cantando.

– Até quando irá trazer isso átona? Você não precisava ter feito aquilo.

– Precisava sim! – Virou bruscamente e foi de encontro com Mary, apertando seu pescoço – Por causa dela ter sido horrível no treinamento seu pai colocou a culpa em mim e me torturou! Por serem gêmeas, olhar para você me lembra ela! – cuspiu as palavras em seu rosto.

– As cicatrizes dela... Nunca irão se curar, diferente das suas... – rebateu com dificuldade. Seu corpo caiu no chão e ficou de joelhos tentando recuperar o fôlego. 

Sua fala atingiu Hyunjin, um peso se apossou de si.

– Me desculpe, eu não... – ajoelhou-se, tentou levar a mão até o pescoço dela para analisar se o estrago foi grande mas ela bateu em sua mão.

– Tanto faz – Levantou e escondeu o pescoço com o moletom. – Quem é Jisung? Mencionou esse nome ontem –  perguntou depois de estar um pouco afastada do mesmo.

Catknow; MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora