Falling In Love With The Devil - B.E. - G!P

SEVEN

Finalmente a porra do WhatsApp voltou, essa porra pisou no fio foi inferno?!

*

Saskia POV

Acordei com a luz do sol invadindo o quarto, comecei a pensar que a noite de ontem tinha sido apenas um sonho terrível mas no momento em que abri meus olhos percebi que tudo era real.

O quarto continuava completamente sujo de sangue e a única iluminação vinha da janela acima da cama que eu estava, tábuas de madeira tampavam a janela então apenas alguns feixes de luz adentravam o quarto. Me sentei com cuidado notando a grande mancha vermelha no cobertor, minha barriga inteira estava manchada também mas pelo menos o sutiã que eu usava continha apenas alguns respingos de sangue, felizmente eu não precisava me preocupar em ficar assim afinal essa seria a última coisa que alguém repararia ao entrar.

Observei o quarto por alguns instantes notando que bem no canto havia uma pia e uma privada, apenas. Suspirei derrotada notando uma maleta na mesinha de cabeceira bem ao lado de uma garrafa de água.

Percebendo que seria melhor cuidar dos meus ferimentos logo eu peguei a maleta colocando em cima da cama e abrindo a mesma. Haviam bandagens, gase, agulhas com linhas, álcool, algodão e um anti-inflamatório.

Tomei o anti-inflamatório primeiro e logo em seguida tirei a blusa que estancava o ferimento. Assim que retirei percebi que estava realmente feio, o sangue não tinha parado de escorrer, bem pelo contrário, ele tinha começado a escorrer muito mais.

Ao perceber que eu tinha que retirar a bala rápido, não tive escolha a não ser enfiar meu dedo no ferimento e começar a procurar a bala com o mesmo. Alguns gritos escaparam enquanto eu chorava incessantemente mas no final valeu a pena, já que eu achei a bala.

Em seguida respirei fundo pegando o frasco de álcool e mordendo meus lábios antes de jogar parte do líquido sobre o ferimento, mas infelizmente não consegui conter mais um grito de dor. Quando coloquei o frasco de volta na mesinha tive que parar por um tempo com a minha respiração descompensada enquanto algumas lágrimas continuavam a rolar pelas minhas bochechas.

Quando tomei coragem de novo, peguei a agulha com a linha começando a costurar minha barriga rápidamente, querendo que aquilo acabasse rápido. Quando terminei de dar o último ponto dei um nó e coloquei a agulha de volta na maleta. Peguei as bandagens e cobri os pontos podendo respirar mais aliviada agora.

Cuidar do ferimento na mão foi muito mais fácil, já que a bala tinha atravessado, então eu só precisei jogar álcool e enfaixa-la.

- pensei que ia ter que chamar um médico quando ouvi seus gritos. - me virei para a porta de imediato quando ouvi a voz de billie. Ela segurava um pedaço de bolo e me analisava.

Ela veio até mim me estendendo a comida mas eu não era burra o suficiente para não suspeitar dela. Revirei meus olhos pegando a garrafa de água que estava na mesinha de cabeceira, me sentando melhor na cama e bebendo a água sem olhar para a mais velha.

- vai pro inferno. - falei petulante quando ela sacudiu a comida esperando que eu a pegasse. Billie deu de ombros comendo o pedaço de bolo e me observando. - o que você quer, porra?!

- melhor tomar cuidado com o que fala, eu ainda posso te matar com um estalar de dedos, saskia. - ela disse séria me fazendo lhe encarar no fundo dos olhos.

- então mata. - billie bufou mas não desviou seus olhos o que me fez o fazer.

- ainda não. Você tem algo que eu preciso saber. - ela disse vindo até mim, mas antes que chegasse perto eu me levantei saíndo de perto dela. Não que tenha dado certo já que no segundo seguinte eu estava contra a parede enquanto ela tinha as mãos em meu pescoço esperando algo para me enforcar.

- diz de uma vez! - falei entre dentes vendo ela desviar os olhos.

- o que você achou no celular? - ela perguntou e no momento em que eu ia responder "nada" ela voltou a falar. - eu sei que tinha algo, então se você falar que não viu nada eu vou voltar pra sua casa e matar o filho da puta do seu pai, a vadia da sua mãe e seu amado irmãozinho.

- tinham alguns vídeos, mas eu não vi nenhum. - falei entre dentes tentando empurrar billie mas a garota era muito mais forte que eu, então quando eu fiz isso ela apertou ainda mais a mão no meu pescoço, fazendo com que respirar fosse ainda mais difícil.

- não acredito em você, nem por um segundo. - ela disse com o maxilar travado ainda me enforcando.

- eu já falei que não vi essa porra! - falei alto encarando seus olhos, sorrindo para ela de canto mesmo que por dentro eu estivesse morrendo de medo. - mas parece importante, eu deveria ter visto.

Ela imediatamente soltou meu pescoço e se afastou de mim mas não o suficiente para que eu pudesse abaixar a guarda.

- do que tem tanto medo que eu tenha visto? Vai te colocar na cadeia é? - perguntei cursando meus braços abaixo dos meus peitos só ai lembrando que eu estava apenas de calça e sutiã na frente de billie.

- não é da sua conta. - Ela disse rápido e indo até a porta. - é melhor aprender a ser mais obediente, saskia, eu estou começando a realmente me estressar com você.

Dito isso ela abriu a porta, mas antes que pudesse sair eu a chamei fazendo ela olhar novamente.

- quando vai me deixar sair daqui? - perguntei ainda de braços cruzados olhando para a parede do quarto, mas mesmo assim pelo canto do olho pude ver billie dar um sorrisinho maldoso.

- Você saí quando eu quiser, saskia. Agora faça bom proveito do seu quarto. - dito isso ela fechou a porta com força me fazendo bufar instantâneamente.

Eu havia perdido a luta mas não a gerra, ainda vou conseguir sair daqui e quando isso acontecer, é melhor dormir de olhos abertos Billie O'Connell.