Extra: Christmas adventure

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Billie POV

Àquele inverno tinha tudo para ser perfeitamente normal, sem muito trabalho, os trigêmeos de férias, a chance perfeita para umas férias de natal, mas aí minha esposa teve que ir para a Rússia e eu fiquei em casa com três pré adolecentes, e minha fantasia de natal perfeito arruinada.

Saskia era uma ótima chefe e eu, mesmo sendo sua esposa, não era burra para deixá-la escapar ao invés de me aproveitar do talento da mulher. Quando os trigêmeos fizeram três anos e já não precisavam tanto da minha esposa para tudo, nós decidimos que ela assumiria o tráfico de armas e o de drogas, tendo tanto poder quanto eu tinha para liderar, agora, os seus homens. Eu só não esperava que ela tivesse que ser arrancada de mim logo no dia 24 para uma reunião de emergência do outro lado do mundo.

— Eu volto o mais rápido possível. — Saskia falava enquanto fechava sua mala e tentava ao máximo se livrar de mim abraçando ela pelas costas, ao mesmo tempo que revirava os olhos com todo o meu drama.

— Não vai, por favor! — Eu falei pela milésima vez, apertando ainda mais ela e escondendo novamente meu rosto na dobra do seu pescoço, inalando o cheiro de shampoo que emanava de seus cabelos agora loiros.

— Billie, você tem quase cinquenta anos. — Ela falou irritada e eu me indignei instantemente.

— NÃO TENHO NÃO! — Gritei largando ela Imediatamente e cruzando meus braços totalmente puta da vida. — EU TENHO QUARENTA E QUATRO E MEIO SUA FILHA DA PUTA!

— Que seja, eu já tenho que pensar em modos de pegar sua fortuna sem desconfiarem que eu te joguei da escada. — Ela disse e eu bufei vendo ela se virar pra mim. — Você se lembrar onde tem os seus remédios né.

— Você faz parecer que eu sou uma idosa com artrite, artrose, catarata, todos os tipos de câncer e sem uma perna, quando na verdade eu só estou com gripe. — Falei irritada vendo ela dar de ombros.

— Bem... Você teve que fazer um exame de emergência no último verão.

— SASKIA! — Gritei vendo ela jogar as mãos para cima em rendição.

— Só estou dizendo.

— Você não tinha uma viagem pra ir? — Perguntei me virando e entrando no banheiro do quarto.

— Ah, então agora você quer que eu vá? — Ouvi sua voz mas me manti imóvel até ver pelo espelho que ela tinha saído do quarto com a mala, fazendo-me correr para alcançá-lá.

— Amor! Não, eu só estava brincando! Saskia, pelo amor de Deus! — Falei conseguindo segurar sua mão antes que ela descesse as escadas, mas dessa vez quem estáva pronto para me zoar não era minha esposa, e sim a praga da minha filha.

— Caralho ela aínda está nisso, até a gente superou que ela vai. — Azie falou passando com um livro qualquer que ela tinha roubado da mãe, fazendo saskia lhe dar um olhar mortal. Não por mim, claro que não, mas sim um olhar de aviso do tipo "se eu encontrar um amassado, eu te jogo da escada", mas eu não me importava, eu e saskia estávamos juntas a tempo suficiente para eu saber que tinham poucas coisas que faziam minha esposa não querer me matar, e tocar nos livros dela não era algo muito inteligente de se fazer.

— Relaxa matryoshka, amo livros tanto quanto você quer me jogar da escada por esse apelido. — Ela falou puxando um sotaque russo quase inexistente, mas que ainda estáva lá, ao falar com a mãe que bufou revirando os olhos. Tinha certeza que ela se arrependia profundamente de ter ensinado qualquer coisa sobre o seu passado para a gêmea do meio.

— Você vai me deixar sozinha com isso? — Perguntei apontando para Azie que riu me dando um soquinho no braço.

— Você tem mesmo que ir? — Trinity apareceu no corredor, se lançando na mãe como se ao abraça-la forte o suficiente pudesse impedi-la de ir. — Fica mamãe, por favor.

Falling In Love With The Devil - B.E. - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora