THIRTY NINE

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Enfim eu ia postar só quarta, mas bati os 300 seguidores e vocês claramente merecem esse capítulo e muito mais, amo muito todos vocês.

*

Billie POV

- essa casa é perfeita! - saskia falou indignada e eu cruzei meus braços. - tem até um estábulo privativo!

- e com que dinheiro você acha que eu vou comprar uma casa dessas?! - perguntei me aproximando do tablet para ver mais a casa.

- não é você que vive dizendo que é rica pra caralho?! Agora compra a casa porra! - ela disse e eu bufei passando as imagens da casa para os lados. - qual é, eilish, é perfeita em todos os aspectos. Ela é gigantesca, a área do lado de fora é maior aínda, sem contar que é literalmente no meio de uma floresta, só uma rua vai até lá, o que vai ajudar a gente a se esconder.

- se esconder da ambulância também né. - falei e ela franziu a testa.

- pra que ambulância?

- pra mim, quando eu for tirar todo esse dinheiro do meu cu pra comprar a porra de uma casa cara dessas! - falei vendo ela bufar! - isso não é uma casa, anesca! É a porra de um parque nacional! Vai comprar um castelo que saí mais barato!

- tá! Mas que porra, você para metade e eu pago metade! - falou e essa foi a minha vez de lhe olhar confusa.

- e desde quando você tem dinheiro pra isso? - no segundo em que eu falei me arrependi ao vê-la me olhar com cara de "a sua sorte é que não tem facas perto de mim". - ué é a verdade.

- eu fazia umas "merdinhas" que não vem ao caso nesses dois anos. - ela disse séria cruzando os braços e me olhando e eu lhe olhei como se dissesse "vamos falar sobre isso depois", não que ela tenha ligado. - eu quero a casa, eilish. - Suspirei puxando meu notebook e me apoiando na mesa do meu escritório para escrever o e-mail para a corretora. Assim que terminei e enviei olhei para saskia que esperava uma reação minha.

- é sua. - falei séria, mas tive que reprimir um sorriso ao ver seu rosto iluminar e ela sorrir abertamente.

- esse é o tipo de esposa que eu gosto. - ela falou dando passos para fora do escritório e eu revirei meus olhos.

- isso aí tem outro nome. - falei ouvindo ela rir antes de sair do escritório.

Quando saskia saíu eu voltei a trabalhar, já que com certeza era algo que eu ia precisar fazer depois de gastar tanto em uma coisa só. Foda-se, eu nunca me mudaria daquela casa.

Acho que fiquei tão imersa no trabalho que nem ouvi mia entrar no escritório, apenas soube que ela estáva lá quando senti suas mãos fazerem uma massagem em meus ombros.

- está trabalhando muito, merece uma pausa não acha? - ela perguntou e eu lhe dei um meio sorriso e um selinho.

- pior que não. - falei suspirando ao ver o tanto de coisas que eu ainda teria que fazer.

- pelo menos pode contratar alguém para limpar a nossa casa? Essa bagunça toda está realmente me irritando. - ela disse e eu fiz uma pequena careta ao ouvi-la chamar aqui de nossa casa, o que era estranho já que eu nunca me importava quando saskia falava o mesmo. Tentando afugentar esses pensamentos eu sorri para ela puxando-a para se sentar no meu colo.

- tenho algo melhor. - falei e ela sorriu se ajeitando no neu colo. - vamos nos mudar.

- de novo? - ela perguntou e eu acenti. - vai ser um saco arrumar as minhas roupas na mala.

- eu prometo que vai compensar. - disse e ela ergueu uma sobrancelha.

- e o que eu ganho com isso?

- o que acha de um cavalo? - perguntei e ela abriu a boca surpresa.

Tudo bem que aquilo parecia mais um prêmio de consolação, mia ganhava um cavalo, e saskia a porra de uma propriedade gigantesca no meio da floresta. Mas não era como se mia soubesse disso e eu com certeza pediria para saskia não contar.

- está falando sério?! - ela perguntou animada e eu sorri pela animação da garota.

- claro! A casa vai ser grande e tem um estábulo atrás, você vai amar! - mia imediatamente me deu um selinho e abraçou meu pescoço.

- eu te amo, billie! Obrigada! - ela falou mas eu apenas consegui retribuir com "não é nada". Falar um "eu também te amo" parecia muito mais falso do que eu conseguia ser.

*

Mia e eu passamos o resto do dia no meu escritório. Ela ficou em seu celular tentando escolher entre as várias raças de cavalo que queria e eu continuei trabalhando. Tinha ouvido o barulho do carro, então não me importei em sair imaginando que saskia tinha ido para algum lugar, mas assim que ouvi o carro sendo estacionado de novo na garagem e a garota subindo para seu quarto eu pedi para que mia fosse arrumar suas coisas e inventei algo para ir ver saskia.

- Kia? - chamei assim que entrei, confusa já que não a vi lá.

- no closet! - ouvi ela falar alto e fui até lá franzindo a testa quando ela me olhou.

- por que seu cabelo está preto? - perguntei e ela bufou.

- eu ia pitar de roxo, mas aí eu cheguei no salão e quis platinar, tipo branco real. - ela falou e eu me apoiei no batente da porta ouvido a história da, agora, morena.

- e por que não platinou? - perguntei rindo da cara brava que ela fez.

- a cabeleireira falou que se eu descolorisse mais uma vez antes de cuidar pra caralho do meu cabelo, ele ia sofrer corte químico! Então eu vou ser obrigada a ficar com ele preto até ele voltar a ser saudável.

- e aí você vai matar ele de novo. - falei e ela acentiu colocando alguns vestidos na mala.

- isso aí! - ela falou e eu ri alto.

Em certo momento saskia me mandou guardar seus sapatos em outra mala, sim, mandou, porque com o tom que ela usou aquilo claramente não era um pedido.

- por que seus livros estão nas prateleiras dos sapatos? - perguntei ao ver que os livros estavam nas prateleiras que os sapatos deveriam estar, enquanto os sapatos estávam jogador atrás de algumas roupas.

- porque eu não tenho espaço, e meus livros claramente são mais importantes. - ela disse e eu lhe olhei por alguns segundos pensando. - o que foi?

- seu aniversário é só mês que vem né? - perguntei e ela acentiu confusa.

- por que? - imediatamente dei de ombros pegando alguns pares de sapatos e jogado em uma mala.

- nada de muito importante.

Nada de muito importante, mas me faria gastar mais dinheiro que eu não tinha.

Falling In Love With The Devil - B.E. - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora