Saskia POV
Eram dez da noite quando eu fui acordada por batidas na minha porta e a voz de billie me chamando. Mesmo assim tentei ignorar me ajeitando melhor na cama, mas mesmo assim eilish não parou de me chamar.
- saskia, vem me ajudar, caralho! - ela pediu mais alto e eu franzi a testa me levantando da cama e seguindo até a porta imaginando que poderia ser algo mais sério, mas mesmo assim, quando abri a porta não esperava ver billie, toda desarrumada e descabelada, segurando um bebê e na outra mão uma bolsa que eu julgava ser da bebê.
- mas o que caralhos...? - perguntei deixando no ar e focando na bebezinha com traços japoneses no colo de billie. - começou a sequetrar crianças agora, foi porra?! - perguntei e ela bufou me empurrando a bebê que eu peguei completamente desajeitada.
- essa é a Asher Youme, a filha da asher iakemi. - ela disse eu Franzi minha testa.
- ela deu o nome pra filha? - perguntei entrando mais para dentro do quarto e billie entrou também.
- pelo que eu sei o sobrenome vem primeiro lá. - ela falou dando de ombros mas sorrindo quando a bebezinha sorriu para ela. - não é youme?
- sabe que ela não vai te responde não é? - perguntei ao ver Billie falar com uma voz fofa com a bebê. A mais velha revirou os olhos jogando a bolsa de youme na cama e se jogando lá também. - agora me explica o que ela tá fazendo aqui?
- invadiram a casa da asher, e mataram o marido dela. Agora ela está caçando um por um e tenho certeza que nenhum vai sair vivo, mas ela não pode fazer isso com um bebê de quatro mêses na cola dela. - falou e eu arregalei meus olhos pensando em como asher deveria estar, e ainda mais como ela cuidaria sozinha de youme. Me sentando na cama e deixando a bebê sentar no meio das minhas pernas eu olhei para billie esperando ela terminar de fakar. - então você vai ficar de babá da youme por tempo indeterminado!
- eu não sei cuidar de uma criança, billie. - falei e ela bufou me olhando desesperada.
- você já cuidou do seu irmão!
- ele tinha seis anos. - falei vendo ela começar com o drama dela.
- por favor, saskia! Olha pra mim! Acha que eu sei cuidar de um bebê?! - ela falou e eu revirei meus olhos. - eu vou acabar quebrando, ou deixando ela cair no chão, ou sei lá!
- você não é o Superman pra quebrar uma criança ao meio, Billie. - falei me levantando e entregando a bebê para billie me distanciando até o banheiro. - e não vai derrubar ela se ficar sentada!
- SASKIA! - ela gritou assustando o bebê, e a ela, quando youme começou a chorar, mas mesmo assim ela não tinha coragem de se levar para vir atrás de mim.
- eu já volto, milf gostosa!
*
Tomar banho naquela banheira era mil vezes mais confortável do que eu havia imaginado. Ela tinha uma espécie de estofado que massageava minhas costas me fazendo querer dormir lá mesmo. Mas minha calmaria foi interrompida pelos choros constantes de youme.
Bufando eu saí da banheira apertando um botão que fez o ralo abrir e pegando uma toalha, cobrindo meu corpo e saído do banheiro para checar a capo e o bebê que ela tinha arranjado.
- por que ela está chorando? - perguntei me aproximando e pegando o bebê que já estáva vermelho de tanto chorar.
- eu não sei. - ela falou com a voz embargada e minha atenção se voltou para a mafiosa.
- você está chorando?! - perguntei vendo ela negar e limpar os olhos rápidamente.
- claro que não, tá maluca? - ela perguntou cruzando os braços e olhando para outro lado. Eu até ia rir mas os berros da bebê no meu colo atraíram toda a atenção das duas pessoas no quarto. - será que ela está com fome? - billie perguntou e eu pensei nisso.
- provávelmente. - falei e billie rápidamente foi até a bolsa da bebê pegando a mamadeira e o leite saíndo do quarto logo em seguida.
Assim que fiquei sozinha com a bebê, parece que youme desandou a chorar ainda mais, fazendo meu desespero crescer.
- puta que me pariu, onde está a Maggie quando a gente precisa dela?! - murmurei fechando meus olhos com força e respirando fundo.
Quando eu ia colocar youme na cama para ver se a fralda dela estava suja ela se agarrou na minha toalha não me deixando ir para longe dela o que me fez franzir a testa e me lembrar que ela estava agindo igual ao meu irmão quando tinha sono.
Não que eu soubesse como fazer um bebê dormir, mas quando eu a deitei em meu colo começando a cantarolar uma música que eu escutava na infância ela se calou, me olhando atentamente como se não quisesse perder nenhum detalhe.
Passei alguns minutos aconchegando a bebê enquanto cantava até que ela finalmente fechou os olhos, e por mais que eu achasse que ela já estáva dormindo não me atrevi a parar de cantar até que a música acabasse.
- então você é boa com crianças, afinal de contas. - me virei ao ouvi a voz de billie.
- talvez. - falei olhando par a garotinha adormecida em meu colo.
- parece que não era fome. - ela disse se aproximando e fazendo um carinho na bebê.
- ela só estáva com sono, com certeza não foi um dia tranquilo pra ela. - Falei desviando meus olhos para billie que parecia me observar a um tempo. - quer segurar?
- eu vou deixar ela cair, saskia. - ela disse me olhando com medo enquanto deixava a mamadeira de youme na mesinha de cabeceira.
Dei uma risada pelo fato de que a possibilidade de deixar um bebê cair no chão assustava mais minha esposa do que ter uma arma apontada para a cabeça dela. Mas mesmo assim Billie não tinha opção, eu entreguei youme para ela do mesmo jeito.
- saskia, eu vou derrubar. - ela falou assustada e eu ri ajeitando youme em seus braços e me afastando um pouco. - stinky...
- eu preciso me trocar. - falei me afastando mais. - fica com ela na cama se preferir. - dito isso eu entrei no closet me secando e colocando um pijama que eu tinha achado em uma gaveta.
Não passei muito tempo no closet, mas quando voltei para o quarto billie estáva deitada na minha cama dormindo, com youme em seu peito, também dormindo. Sem deixar de sorrir eu fui até as duas me deitando ao lado delas e fazendo um carinho em youme até pegar no sono também, ao lado das duas.
*
Asher Youme, quatro mêses.
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Falling In Love With The Devil - B.E. - G!P
RomanceSaskia passou a vida tendo seu pai como o herói, o homem perfeito que sempre esteve lá por ela, mas tudo isso mudou em seu aniversário de dezoito anos. Quando uma garota desconhecida lhe jogou toda a verdade em sua cara. Seu pai não era um homem bom...