Twenty; Reflexões

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#LanterninhasDePapel

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#LanterninhasDePapel

Jungkook pov.

Quantas pessoas anseiam pelo amor de um pai, e não podem desfrutar disso. Eu mesmo era uma dessas pessoas, uma das primeiras memórias que tenho é de estar no jardim do orfanato, observando uma nova família. 

Uma criança tinha acabado de ser adotada por um casal que, de acordo com a administradora do orfanato, eram extremamente adoráveis  e aquele menino que foi adotado, sortudo. 

E eu, estava sentado no jardim, observando os novos pais colocarem o novo filho no carro, todos felizes, e partirem para onde seria o lar daquele garoto. E eu continuava no orfanato, sem ser amado ou desejado por alguém. Acontecia várias vezes, de vez quando ainda preciso dar uma passadinha na terapia para falar sobre isso.

Então, ainda que de forma diferente, eu consigo entender Jimin. Eu sabia que ele precisava do amor de um pai, não que fosse uma necessidade, mas sim porque era um desejo que ele mesmo reprimia.

Quando nos conhecemos, a primeira coisa que reparei em Jimin foram os olhos, eram tão solitários quanto os meus um dia já foram. Talvez ele não perceba, mas tem um olhar expressivo e basta um bom observador para conseguir entender o que ele quer dizer. 

Quando Taehyung e eu demonstramos querer ser seus amigos, ele estava tão surpreso que parecia acreditar que aquilo não era real, além de que claramente ele estava em uma luta interna, em dúvida se aceitaria nossa amizade ou não. 

Mas achei extremamente fácil fazer com que o loirinho se enturmasse conosco, e apesar de ainda ser muito retraído com as outras pessoas da escola, ele mostrou sua verdadeira personalidade tão rápido que a diferença é surpreendente. Para mim, Jimin seria a estrela mais brilhante se não fosse tão oprimido em casa, ele tem muito brilho a mostrar. 

E de que adianta ter pais, se o que eles fazem é te oprimir? Nem todo o luxo do mundo pagaria o preço de uma estrela que foi forçada a se apagar. 

Lembro do nosso primeiro encontro, quando dançamos juntos e eu percebi que estava apaixonado por aquela coisinha loira e linda. 

Jimin estava feliz e eu ainda mais por ser parte daquilo, ele estava mais ousado naquele dia, claro que isso afetou meu psicológico e vou levar a vida inteira para me recuperar da sensação que é dançar agarradinho a Park Jimin. Mas minha parte favorita é que ele, sozinho comigo, se sentia à vontade para ser daquele jeito. 

Mas ali eu estava apenas apaixonado. Jimin gostava de dançar, eu sabia, e quando o levamos a sua primeira festa e eu o vi dançar sozinho naquela multidão, fiquei um tanto paralisado, parecia que o mundo inteiro estava desfocado e eu só tinha visão para um homem, ele. 

Fiquei impressionado com a habilidade de Jimin de parecer tão angelical, vestido todo de branco, e demoníaco ao mesmo tempo, dançando aquela música sensual, e para ser bem específico, eu fiquei hipnotizado.  

Rapunzel | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora