Capítulo 8

660 58 115
                                    

NARRADORA

Carla questiona surpresa e confusa, conseguindo atrair o olhar nervoso de Arthur mais uma vez.

- A-As notícias correm por aí, mas, enfim...chegamos! Está entregue! 

Picoli muda de assunto rapidamente ao perceber que haviam finalmente chegado na casa da dançarina.

- Bom...chegamos! Boa noite, Sr.Louzada!

- Boa noite, Srta.Diaz! 

Ambos permanecem se olhando fixamente. Algo magnético parecia os atrair para mais perto há cada segundo, e há cada dia que se passava se tornava mais difícil reprimir o desejo que sentiam um pelo outro. Arthur nunca foi de se importar com ninguém além de si mesmo, mas com Carla era diferente. Ela era diferente, e sabia que não podia simplesmente agarra-la quando quisesse. O empresário sabia que precisava conquista-lá primeiro para o total sucesso do plano, mas a verdade é que um lado seu não queria machuca-lá. Queria ser paciente e conseguir seu coração da forma certa. Picoli estava totalmente confuso, e com Carla não era diferente. A dançarina tinha medo de se lançar ao que sentia, mas o que não imaginava era que aquilo logo logo acabaria. Diaz se vira para entrar em casa e começa a caminhar até a porta ainda sob o olhar de Arthur. Mas antes que pudesse chegar até o seu destino Carla sente seu corpo paralisar e seus olhos se fecharem com força. Havia passado tanto tempo tentando se controlar, mas naquele momento tal missão parecia ser ainda mais impossível. Deixando toda sua razão de lado a loira volta a se virar em direção a Arthur, não demorando a se lançar sobre seus braços. Mesmo surpreso com a atitude da jovem, o empresário corresponde ao abraço e enterra seu rosto no pescoço da dançarina.

- Você ainda me tira do sério, mas de verdade...Obrigada, mauricinho! 

A loira sussurra ainda abraçada a Picoli e sente seu corpo se arrepiar ao sentir a respiração quente do homem atingir sua pele juntamente com um sorriso.

- De nada, marrentinha!

Arthur declara a apertando ainda mais em seus braços e fechando os olhos enquanto aproveitava a sensação de ter seu corpo colado ao de Carla.

DIA SEGUINTE

ARTHUR

Meu Deus, o que está acontecendo comigo? 

Lembranças da noite de ontem voltam a invadir minha mente, e a forma como eu agi continuava a me surpreender. 

Aquele não era eu, o que ela estava fazendo comigo? 

Como podia ser tão teimosa e sensível ao menos tempo?

Como ela conseguia me fazer odia-la e deseja-la tanto? 

Eu não podia deixar que ela influenciasse na minha decisão. Milhões estavam em jogo e eu não podia abaixar a guarda por causa do que venho sentindo. Desperto dos meus pensamentos assim que vejo Ronan entrar no meu escritório e se sentar em minha frente.

- Iai, cara, como anda o plano?

- Bem...eu acho!

- Arthur, por que você não esquece isso? Por que não procuramos outro lugar para construímos a filial? 

- Não, Ronan! Eu já entrei nessa, agora eu vou até o fim...

- Você não parece muito certo disso.

Picoli paralisa por um momento e sente todas as lembranças dos seus últimos dias ao lado de Carla invadirem sua mente. Uma guerra travada se iniciava dentro do empresário, e agora sua grande dúvida era qual lado iria ganhar.

Dança Comigo - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora