Capítulo 13

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NARRADORA

As mãos de Arthur seguravam fortemente a cintura de Carla, e por mais que tentasse arranjar forças para se afastar, a intensidade que via nos olhos do empresário a prendia cada vez mais à ele, o tornando uma prisão impossível de escapar.

- O q-que você está fazendo aqui a essa hora?

Diaz murmura nervosa quando finalmente consegue se afastar um pouco,  e rapidamente abaixa a cabeça tentando fugir do olhar de Arthur.

- Ainda fugindo de mim, marrentinha?

- Eu...não estou fugindo de ninguém...e...quer saber?! Eu vou embora, já está tarde, tchau! 

A dançarina se vira para ir embora mas novamente sente as mãos de Picoli a puxarem de volta.

- Não vai embora, vai partir meu coração assim!

O loiro provoca fazendo biquinho e por um momento o olhar de Carla recai para os lábios do empresário, não conseguindo evitar o desejo de sentir o gosto de seu beijo mais uma vez. Rapidamente Diaz afasta esses pensamentos e volta a caminhar em direção a sua casa, percebendo que agora estava sendo seguida por Arthur.

- O que você pensa que está fazendo?

- Estou acompanhando a senhorita! É muito perigoso uma moça tão linda andar sozinha tarde da noite.

- Eu não preciso que voc...

A jovem ao menos consegue terminar de falar e sente sua bolsa ser puxada com força por um ladrão que havia aparecido correndo, a fazendo gritar assustada. Rapidamente Arthur começa a correr atrás do homem e consegue o parar, iniciando uma briga para recuperar a bolsa. O empresário dá um soco no bandido conseguindo recuperar o objeto, mas logo é surpreendido ao sentir outro soco em seu nariz o fazendo cair no chão enquanto via o ladrão fugir correndo no mesmo momento em que Diaz se aproximava dele desesperada.

- M-Mas que diabos deu em você? Olha o que ele fez com o seu rosto.

Carla corre em direção à Arthur e se ajoelha de frente para o homem que continuava caído no chão.

- Ai, Ai, Ai! 

Picoli geme de dor ao sentir a mão da jovem tocar a área machucada, e mesmo dolorido o loiro não consegue evitar um pequeno sorriso ao ver a preocupação estampada nos olhos de sua marrentinha.

- Você está todo machucado, isso foi uma loucura!

- Pelo menos consegui sua bolsa de volta.

Carla o encara incrédula, sentindo um sorriso bobo se formar em seus lábios logo em seguida.

- Vem, vamos fazer um curativo nesse nariz!

A dançarina declara o ajudando a se levantar, não demorando a iniciar uma lenta caminhada enquanto segurava o empresário.

- Para onde estamos indo? 

A jovem para de andar encarando intensamente os olhos esverdeados à sua frente, ao mesmo tempo que sentia a luta entre sua razão e sua emoção se tornar mais feroz há cada segundo.

- Para a minha casa.                               

[...]

O tempo se passa em um piscar de olhos, mas Carla ainda não acreditava que estava mesmo fazendo aquilo. Após dias tentando afastá-lo, ali estava ela entrando com Arthur em sua casa. A dançarina o coloca sentado no sofá e não demora a procurar o kit de primeiros socorros, voltando logo em seguida e parando em sua frente. As mãos de Diaz delizavam delicadamente por seu rosto limpando todos os machucados enquanto sentia o olhar do empresário queimar sobre si. A jovem tenta ao máximo evitar o desejo que sentia de beija-lo toda vez que encarava sua boca, e assim que termina os curativos suspira pesadamente ainda sentada em sua frente ao homem.

Dança Comigo - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora