Capítulo 18

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"Oh você sabe, você sabe

Você sabe que eu jamais pediria para você mudar

Se a perfeição é o que você está procurando

Então apenas continue a mesma

(...)

Porque você é incrível

Do jeito que você é"

Eu reconheceria sua voz em qualquer lugar do mundo, não importa quanto barulho tenha ao redor

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Eu reconheceria sua voz em qualquer lugar do mundo, não importa quanto barulho tenha ao redor. Uns dois passos depois que virei no corredor que dava para o meu escritório/camarim, eu o ouvi me chamando. 

Era ele. As batidas do meu coração se acelerando e a sensação de que borboletas levantavam voo no meu estômago provavam isso. E a forma como ele disse meu nome mostrava que ele tinha descoberto que eu era ela. 

Não tinha para onde fugir.

Me virei para sua direção. Tinha certeza que minha expressão revelaria surpresa por vê-lo ali. Não ali na boate, porque eu sabia que ele estava aqui. Eu tinha dançado pensando nele. Estava surpresa por encontrá-lo parado na entrada do corredor da administração da boate. Nunca pensei que ele apareceria aqui. 

E isso fez uma dúvida surgir na minha cabeça. Por que Serkan veio a Touch hoje? 

-É você. - ele disse. 

E eu sabia a que ele se referia. Só não conseguia interpretar muito bem a expressão no seu olhar. Mas ele não desviava os olhos dos meus. 

E essa não era uma conversa para se ter aqui. 

-Deixa ele passar, Bruce. Vamos conversar lá dentro. 

- Tem certeza, chefinha? - Bruce, um dos meus funcionários mais antigos aqui da boate, e amigos mais próximos, me perguntou. 

Percebi que agora ele e Serkan se encaravam com cara de poucos amigos. A cena era quase cômica. 

-Tenho sim. Eu o chamo, se precisar. - e, olhando pra Serkan, continuei - Vamos, Serkan. 

Fomos até meu escritório. Abri a porta para que ele entrasse e depois entrei. Por um momento tomei consciência que vestia apenas um robe de seda preta e o top e short que tinha usado para dançar por baixo, mas não me importei. Afinal, Serkan já tinha visto mais do que qualquer um nessa boate. E, em alguns dias, estaremos compartilhando um quarto no Caribe. 

Mesmo assim, notei seu olhar percorrendo meu corpo quando eu me apoio do braço de uma das poltronas que ficam na sala. E gostei disso. Bastante. 

-Sim, eu sou ela. - eu disse, quebrando o silêncio que havia se formado entre nós. 

Serkan ainda estava em pé, mas imitou o meu gesto e se sentou no braço da poltrona que ficava à frente da que  estava. Agora, menos de dois metros separavam nós dois. 

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