Um amor puro, verdadeiro e intenso. É assim que se pode definir o que Eda e Serkan vivenciaram quando ainda eram jovens. Os dois tinham a promessa de uma vida inteira juntos pela frente. Entretanto, às vezes, nem tudo acontece como se deseja.
Em...
"Eu queria que você pudesse se ver através dos meus olhos
(...)
Contanto que eu tenha você e eu
Viajemos por este mundo como um time de dois
Eu sempre terei tudo que preciso
(...)
Você é tudo que eu preciso
Porque eu quero você e eu, você e eu"
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-Você está me pedindo em namoro, Serkan Bolat? - eu perguntei, tentando brincar, mas morrendo de amor por dentro.
- Ainda não. Esse pedido vai ser mais especial. Combinamos de ir um passo de cada vez, certo? Eu estou propondo só o primeiro passo. Que você confie em mim para irmos juntos em direção ao desconhecido. Para vermos onde isso vai nos levar. E então... vamos tentar?
- E você ainda pergunta? Sim! Sim! Sim! Sei que eu disse que tenho receio, mas eles não envolvem você. É o nosso redor e as coisas que nos cercam. É o mundo fora do nosso mundinho perfeito. Mas, o mais importante para mim é você, Serkan. Que venha qualquer coisa, se eu estiver com você, vai valer a pena.
Eu achei que ele ia me beijar, mas Serkan fez algo que tocou ainda mais meu coração. Ele me puxou para si e me abraçou, bem apertado. O abracei de volta e fiquei ali, sentindo a água ao nosso redor e sentindo o calor de seu corpo. Senti que ele afundou o rosto no meu pescoço e inspirou fundo, como se tivesse aliviado. Ou como se, depois de muito tempo, tivesse finalmente conseguido voltar a respirar. É, eu entendia bem a sensação.
-Se tudo se complicar de alguma forma ou por algum motivo, eu fujo com você pro fim do mundo. - ele disse, com a voz abafada pela minha pele.
- Desde que nós não nos afastemos de novo, eu topo tudo com você. - respondi.
...
Ficamos até tarde deitados na areia da praia, curtindo a presença um do outro e ouvindo o barulho das pequenas ondas que quebravam na areia. Ali, eu sentia a definição de algo que talvez não experimentava de verdade há dez longos anos: paz. Quando o sono começou a tomar conta de mim e Serkan percebeu que eu estava quase dormindo no seu peito, nos chamou para irmos para o nosso quarto.
Tomei um banho para tirar o sal do cabelo e da pele e, enquanto secava meu cabelo, Serkan foi tomar banho também. Provavelmente agíamos como um casal casado há muito tempo. Talvez porque, se tudo o que aconteceu não tivesse acontecido, estaríamos mesmo casados há anos. Mas agora não adiantava pensar no passado, o importante era focar no nosso futuro.
Estava tão absorta em pensamentos enquanto usava o secador que mal notei Serkan parado na porta do closet, me observando. Só quando terminei e me virei para sair, que o vi ali. Perdi o foco por alguns minutos com a visão daquele homem só de short na minha frente. Sim, sim, eu sei, passei a noite vendo ele sem camisa, mas eu nunca me iria me acostumar com a visão.
