Um amor puro, verdadeiro e intenso. É assim que se pode definir o que Eda e Serkan vivenciaram quando ainda eram jovens. Os dois tinham a promessa de uma vida inteira juntos pela frente. Entretanto, às vezes, nem tudo acontece como se deseja.
Em...
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É realmente estranho como as mudanças podem acontecer tão rapidamente em nossas vidas. Faz um mês que eu estou novamente com Serkan e agora algo ainda mais inesperado aconteceu: seu irmão, que ele passou mais de dez anos acreditando estar morto, apareceu bem na nossa frente.
E, bem, se eu for bem sincera comigo mesma, posso dizer que não consigo definir um único sentimento com a volta dele. Quer dizer, obviamente estou feliz por Serkan ter o irmão de você, e foi visível como ele foi parecendo cada vez mais aliviado a cada minuto que passava na presença de Alp, mas, ainda assim, não consigo evitar de pensar o quanto tudo isso é absolutamente estranho. Serkan foi muito citado, por anos e anos, em revistas e jornais de Arquitetura. Eu mesma, mesmo quando não queria saber nada dele, na época que ainda o odiava e tentava esquecer de sua existência, vi coisas sobre ele. E Alp não construiu tudo o que tem do dia para a noite. Já deveria ter ouvido sobre Serkan. Então, por que não apareceu antes? E por que optou por todo esse mistério?
Entretanto, mesmo com meus questionamentos, tinha algo que eu não podia negar. Eu, Serkan e Alp passamos por uma situação muito estressante e traumática, e eu sei o que isso pode causar em alguém. Entendo o quanto pode influenciar no comportamento de uma pessoa. E, além disso, mais uma coisa não podia ser negada: Alp parecia dizer a verdade. Tinha algo na forma como ele disse tudo que me pareceu sincero e real.
Então, quando ele saiu e me deixou novamente a sós com Serkan, mesmo que dúvidas ainda pairavam sobre a minha cabeça, e acho que ele chegou a ver isso, eu decidi que o que mais poderia fazer era estar ali por ele e protegê-lo. Eu podia não ter certeza de muita coisa, mas tenho sobre uma, a mais importante de todas: nosso amor.
...
Uns dois dias depois da visita de Alp, ele ligou para Serkan, e nos chamou para um jantar. Aparentemente, queria mesmo se reaproximar do irmão, e tinha pressa para isso. Serkan aceitou o convite, e eu cheguei a propor que ele fosse sozinho para aproveitar um tempo com o irmão (sentia que tinha muito o que resolver entre eles), mas meu namorado não aceitou e disse que queria que eu estivesse lá, pois assim se sentiria mais confortável. E é óbvio que eu nunca o abandonaria.
Quando chegamos ao restaurante combinado, no dia seguinte à ligação de convite, Alp já estava lá. Com roupas menos formais do que as que usava naquele dia no escritório, ele parecia um pouco mais jovem, mas ainda assim bem mais velho do que eu me lembrava. E, hoje, mostrava um ar mais calmo e confiante também, com um toque de alegria. Percebi que ver isso ajudou a relaxar um pouco os ombros de Serkan.
Depois de nos cumprimentarmos, sentarmos e fazermos nossos pedidos, começamos a jogar conversa fora. Inicialmente, aquela conversa bem constrangedora de quando você encontra alguém que conhece há muito tempo para apenas se ignorarem, mas que também não tem assunto para manter o papo. Então, falamos um pouco dos negócios em que Alp trabalha, dos nossos ramos na arquitetura e alguns projetos recentes. E, claro, Alp perguntou por sua mãe.
