Um amor puro, verdadeiro e intenso. É assim que se pode definir o que Eda e Serkan vivenciaram quando ainda eram jovens. Os dois tinham a promessa de uma vida inteira juntos pela frente. Entretanto, às vezes, nem tudo acontece como se deseja.
Em...
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Todos olhavam para nós, esperando o nosso beijo. Olhei alarmada para Serkan e o peguei me encarando também. Eu tinha dito que nosso acordo não envolveria beijos. Não podia ter. Mas como sairíamos dessa situação?
-Vamos, gente! É só um beijo, o que que custa? - Agatha disse, no microfone, rindo toda feliz.
Serkan se aproximou de mim para sussurrar no meu ouvido:
-O que faremos?
- Nosso acordo não envolve beijos, Serkan. - eu respondi, engolindo em seco.
Não estava nervosa porque eu não queria que acontecesse, mas sim porque eu queria. Desesperadamente.
-Eu sei. E é por isso que eu não vou te tocar, a não ser que você me permita. Então, você decide o que faremos.
Vi nos olhos dele que ele dizia a verdade. Nosso próximo passo estava em minhas mãos.
Olhei mais uma vez ao redor e vi que todos ainda olhavam ansiosos para nós. Não tinha escapatória e, para dizer a verdade, eu não queria escapar.
Olhei novamente para Serkan, e então coloquei as mãos em seu rosto e o puxei para mim com tudo. Colei nossos lábios e ele não hesitou nem por um segundo antes de corresponder ao beijo. Senti uma de suas mãos ir para as minhas costas e a outra apertar de leve minha cintura. Sem resistir, aprofundei o beijo e a forma como sua língua explorou minha boca deixou claro que nada mudou nesses dez anos.
Ele ainda me tira do chão. Ele ainda consegue me fazer sentir tudo ao mesmo tempo. Ele ainda me faz derreter enquanto me reconstrói com um único toque.
Dez anos e nada mudou. E foi aí que eu entendi que nunca mudaria também. Sempre seríamos nós. Na juventude, na vida adulta ou até quando eu já fosse bem velhinha. Só ele podia me fazer sentir assim.
Porém, nosso beijo acabou rápido demais quando os aplausos das pessoas ao redor me trouxeram de volta a realidade. Me afastei de Serkan, mas mantive uma de minhas mãos em seu peito, com medo de que, se não me apoiasse em algo, acabaria caindo. Não confiava muito na força das minhas pernas agora. Talvez percebendo minha situação, Serkan permaneceu com seu braço ao redor da minha cintura também. Olhei novamente ao redor e todos pareciam satisfeitos com nosso beijo.
-E viva o amor! - disse Anthony, levantando sua taça em nossa direção.
Todos gritaram vivas e aplaudiram felizes. Entrando no clima, também bati palmas, tentando ignorar tudo que ainda se revirava dentro de mim. Porém quando meus olhos encontraram o de Serkan, percebi que ele ainda não havia se movido nem um centímetro e continuava me encarando fixamente.
