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17. Um pouco bêbados.

Boa leitura! Não esqueçam de deixar a estrelinha <3

Como alguém inteligente disse antes, toda ação tem uma consequência. E a que os gritos de Jungkook ocasionaram, foi acabar acordado Sonmi.

Ouvindo o choro de criança ressoar pela babá eletrônica, sinto minha cabeça latejar.

O alfa, provavelmente demonstrando culpa, se voluntária. — Vou ir checar ela.

Colocando minha perna na frente dele, quase o faço tropeçar. — Deixa comigo. Mas quando eu voltar, não quero mais ver esse vídeo na TV.

Deixando a advertência no ar, me viro em direção ao quarto da criança, mas antes solto. — Pode abrir uma garrafa de vinho também.

Jk se torna visivelmente mais bem-humorado. — Então, vamos beber?

Exasperado, o deixo sem resposta, indo aquietar o bebê.

Como já era bastante tarde, não custou muito para Sonmi se acalmar e voltar a dormir. Ao lhe ver abraçada em um sapo de pelúcia, feio pra caramba, parecido com aqueles dos muppets, questiono o bom gosto de minha filha.

Como dizia o ditado: " Família não se escolhe, é o destino que dá."

Desligo as luzes e dou um beijinho de boa noite em sua testa.

Ao voltar pra sala, só pude culpar o destino por me dar esse alfa bobão que cantarolava algo, parecendo feliz por poder beber.

...

Com duas taças cheias de vinho, nos encostamos no sofá. A TV ainda estava ligada, mas dessa vez não tinha vídeos antigos.

Olhando pra imagem de lareira falsa, só pude rir.

Jungkook, bebericando o copo de vinho, me perguntou. — E agora, se sente mais quente?

— Completamente sem sentido! Mas, sim. Parece ter ficado bem mais quente.

— Eu disse que ia funcionar. — sussurra ao massagear meus pés que estavam me seu colo.

Aproveitando as sensações, relaxo.

— O vinho está muito bom. — comento e ao sentir suas mãos animadamente percorrem minhas pernas, sabia que teria que terminar logo esse momento de lazer.

— Sim, está realmente doce...

Ao sentir ele deixando um pequeno beijo em minha pele, o atrapalho, batendo com meu pé em seu peito.

— Você sabia que está deveria ser sua punição? Está aproveitando demais para alguém castigado!

Prendendo meus pés, sinto seu peito tremer com uma pequena risada. — Você sempre foi horrível em dar punições.

— Ora seu... - iria lhe confrontar! Mas o ambiente estava bom demais e acabei sedendo as brincadeiras.

...

Ás duas da manhã, lá estávamos nós, na sala, ainda bem acordados. A sobriedade já a muito se fora, sobrando apenas nossos corpos quentes e uma garrafa de vinho vazia.

— Sabia que bons pais não beberiam ao estarem cuidando de crianças?

Jungkook, que estava brincando com os botões da minha camisa, não pode deixar de soltar uma voz abafada. — Eu não tinha ideia disso. Mas como Sonmi está dormindo, posso guardar esse segredo.

Ao ver ele se entreter, abotoando e desabotoando uma fileira toda fora de ordem, soube que o mês de sobriedade no exército o deixou realmente fraco a bebida.

Eu estava mais ou menos sóbrio, acho.

— Ainda somos péssimos pais...— digo sussurrando. — Mesmo ela não sabendo, aconteceu, patife.

— Você é sempre tão voraz com os apelidos. Por que não me chamar amor, ou marido? Outros ômegas fazem isso...

Afundo minha cabeça em seu cabelo, já que ele estava quase todo contra meu peito. — Tente me comparar com outros ômegas de novo, patife.

Sinto o familiar cheiro do shampoo em seu cabelo, ainda assim, não tenho piedade e puxo de leve alguns fios.

Logo ele se rende. — Ugh. Eu estava errado, perdãooo.

Vendo ele alongar as sílabas, um sorriso me escapa. — Bem. Como acho a coragem de admitir seus erros uma ótima qualidade, te perdoarei.

Logo ele fica animado e muda sua trajetória, saindo do meu peito e indo diretamente ao meu rosto. Estando a apenas centímetros de nós beijar, o ouço falar. — Certamente fiz a escolha certa! Os ômegas dos outros definitivamente não seriam tão piedosos quanto você, Ji.

Mordo seu lábio e ele solta um pequeno lamúria de descontentamento. — Eu não acabei de dizer para não me comprar com os outros?

— Mas desta vez era uma coisa boa!

— Continue falando sobre, e amanhã acordará com seu corpo cheio de marcas de mordidas. — solto a ameaça, em um tom fraco, beijando a pontinha de sua boca que eu machucara.

O teimoso alfa se rende facilmente com minhas intervenções e logo se perde, começando outro assunto. — Quando dormiremos?

— Oh... Temos que dormir logo. Amanhã temos trabalho, não?

— Hoje já é amanhã. — me corrige ao olhar o relógio de parede.

— Me surpreende que estando tão bêbado você consiga ler as horas.

— É um de meus talentos. — se gaba.

—Aham, seu charme. — assinto, zombando um pouquinho.

Levantando, coloco os pés descalços no chão frio.

— Vem, vamos voltar ao quarto e dormir lá. — sussurro com minha mão estendida.

E assim, de mãos dadas, chegamos a nossa cama e dormimos de cansaço.