02. Limpando a casa.

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Seu alfa, jeon Jungkook, parecia que em vez de morar nessa casa, estava apenas visitando

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Seu alfa, jeon Jungkook, parecia que em vez de morar nessa casa, estava apenas visitando. Isso era algo que seus pais regularmente falavam quando o reprendiam sobre suas escolhas de vida.

Jimin discordava completamente deles. Pois, mesmo seu marido militar apenas vindo pra casa nos dias de folga, eles eram casados e tinham uma filha. Tempo não significava importância.

Ele sabia que o alfa se esforçava tanto para poderem terem uma vida melhor no futuro. Sabia que essa pequena família que formaram era o mais importante para Jeon.

Mas, enquanto estava limpando a geladeira, não pode deixar de pensar no que os pais o avisaram.

Olhou com repulsa pro queijo fedido, que seu marido apelidava de gourmet. Só Jeon mesmo pra gostar daquela coisa francesa e cara.

No começo, Jimin se negou completamente a deixar aquilo em sua geladeira, mas depois de saber o preço que Jungkook pagou, cedeu. Prometeu a si mesmo que faria Jeon virar um rato, pois pelo absurdo de preço, deveria comer todo o produto.

Mas olhando pra prateleira de fundo, o queijo ainda estava inteirinho. Jeon não voltava pra casa a quase um mês, e o queijo fedido parecia finalmente ter vencido.

Jimin, com uma dor no coração, jogou o alimento no lixo.

Não sabia se a dor era por não ver a tanto tempo o marido, ou por não poder mais forçar o mesmo a comer o laticínio.

Sonmi, que estava no chiqueirinho, observava tudo de longe. Mas ao sentir o cheiro do queijo, não pode evitar franzir o nariz.

Não deixando de reclamar, gritou magoada. — Papa!

O ômega, tendo que voltar a atenção pra filha, a vê quase enterrando a cara no bichinho de pelúcia.

— Sonmi é diferente do papai Jeon, né? Minha bebê é limpinha. Pode deixar que quando ele voltar, vamos brigar com ele, ok.

Falou com a filha, a consolando e  mesmo que ela não soubesse o significado da maioria das palavras que ele disse, esta ainda mostrou um sorriso gengival.

Deu um biscoito amanteigado pra ela e deixou a gracinha sozinha, voltando assim para as tarefas.

Finalmente fechando a porta da geladeira, ele dá um suspiro de alívio, por dentro já estava tudo ok.

Mas o lado de fora, uau. Ele lembra que quando comprou o eletrodoméstico, ela deveria ser branca, mas agora ele quase não podia ver a cor dela. Não por causa da sujeira, já que Jimin e Sonmi era bem limpinhos. A culpa era dos apetrechos, a porta da geladeira estava lotada deles.

Os imãs eram extremamente variados, dês de fotos de quando fez a sua viajem de formatura, a uns cinco diferentes telefones de pizzarias. O ômega suspirou, tinha que tirar todos eles, pois a poeira se acumulou embaixo.

O problema dessa tarefa demorar tanto, era pela nostalgia. Ao pegar um imã de cerveja, não pode deixar de lembrar do carnaval de três anos atrás. Bebeu tanto e no dia seguinte acabou acordado em uma cama que nem era sua. Quem diria que seria assim que conheceria seu atual marido.

Rindo pela insensatez que tinha, passou um pano no objeto e o colocou em cima da bancada.

Depois de um tempo, o lado de fora da geladeira estava quase limpo, só restando uns rabisco verdes, ou melhor, um desenho de lagartos. Jimin ficou em dúvida se tirava ou não, tinha prometido a sua filha, que o deixaria pra sempre ali.

Tomando uma decisão, arrancou com delicadeza o papel. Claro, depois de limpar, o colocaria de volta. Sua filhinha não ficaria magoada se não soubesse.

Passou o pano com álcool e rapidamente voltou a grudar o desenho. Riu de si mesmo por ficar tão nervoso, não acreditou que até ficou cuidado a porta da cozinha, com medo de ser pego em flagrante.

— Como uma menininha de apenas um ano ia perceber isso?  

Mas como tinha a boca grande, logo sentiu suas costas gelarem. O choro ressoava pela casa...

— O que foi bebê, que foi? — com a filha no colo, ele tentava acalmá-la.

Entre os choramingos, ela fala. — Papa! — parecia um bebê injustiçado.

Sabendo do que provavelmente se tratava, Jimin a leva pro desenho e com um pouco de culpa na consciência, fala. — Olha lá o desenho, papa não tirou. 

Ainda com as lágrimas escorrendo do rostinho, ela coloca a mãozinha no rosto de Ji. Este que não resiste, e vai logo beijando a mesma. — Papa não vai fazer de novo, ok?

E a criancinha, a contragosto, confiou de novo no pai. Claro, o choro só parou quando recebeu mais uma bolacha.

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