18. Pesadelo.

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Aviso:  O capítulo está no ponto de vista do JK, espero que gostem :-)

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Aviso:  O capítulo está no ponto de vista do JK, espero que gostem :-)

Eram cinco da manhã, um horário normal para quem era matutino e seguia a risca uma sessão vigorosa de treinamento físico. Mas eu não acordei naturalmente.

Acordei assustado.

Minha pele estava molhada de suor e meu coração acelerado. Com os olhos nublados, tento respirar fundo e me acalmar. O pesadelo, em vez de chamado assim, poderia ser descrito como velhas lembranças.

Na época, eu era só um adolescente, mas naquele dia perdi toda a arrogância.

Minha família, em prantos, olhava uma carta dada por um jovem alfa. Este que usava um uniforme militar, o mesmo que seu irmão mais velho receberá uns meses atrás ao se alistar.

Logo a cena mudou e eu encarava um caixão vazio, vazio de alma e de corpo, pois ainda continha algumas fotos de meu irmão já tão destemido e uma bandeira. Um trapo que representava meu país e como aquilo significou que meu irmão honrou seu lugar de nascença.

As pessoas proclamavam que um alfa tinha que ser alguém forte, um apoio para os outro e eu queria ser assim, mas naquele dia só sentia raiva.

Tentei ao máximo não perder o controle de meus feromônios em um ambiente tão solene, mas quando pai fez um discurso, dizendo que mesmo sentido a dor de perder um filho, achava que o mesmo tinha feito o certo e que iria sempre ser lembrando por todos como um herói.

Meu corpo tremera e tentei ao máximo não cair no chão. Com a cabeça abaixada, as lágrimas escorriam.

Eu não conseguia sentir orgulho de Junghyun. Só queria que meu irmão tivesse ficado em casa, tivesse sido egoísta e que acima de tudo, não fosse um herói.

Quando entrei pro ensino médio, meu pai recebeu o diagnóstico de câncer. Foram dois longos anos de batalha, mas às vezes nem o alfa mais forte pode vencer essa doença. Eu sofri.

Não aguentando a responsabilidade de ser o homem da casa, o único sobrevivente masculino da família, eu não fui nada responsável. Minhas notas só iam de mal a pior, nunca fui muito inteligente mesmo e isso se sobressaiu ainda mais quando comecei a cabular as aulas.

Minha mãe entristecia cada vez mais devido à ligação de alma que tivera com meu pai, eu vi nos olhos dela que ela queria acompanhá-lo, mas ainda se forçava a ficar ao meu lado, me aconselhando a ser um bom homem. Bem, eu não fui. Me tornei um pequeno gângster, batia em outros adolescentes e corria atrás de uma luta.

Completando meus dezoito anos, minha mãe acreditou que eu já era adulto o suficiente, mesmo que meus punhos estivessem sempre cheios de sangue e eu ainda batesse a porta do quarto. Ela me deixou uma carta e assim, eu enterrei o último membro da minha família.

Gastei todo o dinheiro que deixaram, não era tanto, mas gastei ate o último centavo. Alguns meses depois, vendi a casa, doei tudo para um hospital e me alistei no exército. Eu não tinha expectativas de vida, mas não tinha coragem de me matar.

Passei os próximos quatro anos lá, sem sair nenhuma vez da guerra. Sem folga, eu recebia ordens e desviava de balas, às vezes até atirava.

E esse inferno continuou, até que te conheci e entendi o que era lutar pra proteger. Finalmente senti orgulho de mim mesmo.

<3

— Jungkook? Por que você tá aí parado? Ainda não acordou? — uma voz sonolenta chega em mim.

Olhando pro meu ômega, dou um sorriso fraco ao contar. — Tive um pesadelo.

Ele se enrolou mais nas cobertas, quase enterrando a cara no travesseiro. — Foi sobre a época de escola? Eu sempre tenho desses. Se alguém te incomodou, apenas me diga o nome. Vou me transformar num fantasma e atormentar o sonho desse desgraçado.

Vendo sua boquinha maldosa, não posso me conter e o beijo. — Ninguém podia se meter comigo. Eu era o alfa entre os alfas.

— Aham, sei. — fala, como se dúvidase de mim.

— O quê? Você não acredita que eu sou um alfa forte?

— Forte e com um tremendo coração mole.

— Tenho este apenas por você. — digo, bem melosamente e ele logo bufa.

Mas eu sei que é só para esconder a vergonha.

— Sabe? Mesmo se eu tivesse pessoas que eu odiasse, eu nunca deixaria você entrar no sonho delas! Elas não merecem ver tal anjo.

Ele puxa o travesseiro que estava atrás de mim e agarra.

— Jungkook, sai daqui. Não tô te aguentando mais.

O vendo querer voltar a dormir, me movo para fora da cama. Meu dia iria começar.

Notas: Obrigada por chegar até aqui, se gostou do cap, não esqueça de deixar a estrelinha <3

Agora vocês sabem um pouco mais sobre o passado do JK, tadinho. Que bom que agora ele tem o Jm e a Sonmi. :-)

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