Prólogo

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Concentração/Ilha do Arraial, ano 2009
Entre o clímax e o desfecho da batalha final Valente, o viajante do futuro, o salvador da humanidade enfrenta o Sócrates reptiliano, o verdadeiro cérebro por trás dos crimes dos mutantes. E num golpe fatal, combinando seus poderes mutantes com os da lendária Pedra Filosofal e a poderosa espada sagrada Excalibur, Valente determina a vitória da humanidade sobre o povo lagarto.
- Pelos poderes da espada sagrada da justiça, a espada das lendas, e pelos poderes da Pedra Filosofal, o símbolo da sabedoria, eu comando agora o fim do Cérebro Reptiliano.  AHHH!
Valente acerta em cheio o Sócrates.
- Adeus Cérebro Reptiliano! - diz Valente.
- Vocês acham que me venceram né? Mas não. Outros reptilianos disfarçados de humanos continuam vivendo no planeta. Até o fim eles vão tramar para que a humanidade seja destruída. Não há outro modo de salvar esse planeta. A humanidade vai ser destruída pelo seu próprio comportamento. Raça de predadores e exterminadores.
Sentindo os efeitos dos ataques, o Cérebro começa a vacilar em suas palavras.
- Tenho cinquenta mil anos e sinto que estou morrendo agora... sinto.. morrendo por causa de mutantes miseráveis, cobaias revoltadas; minhas criaturas me matando, matando seu próprio criador. 
- Nosso Criador é Deus, Nosso Senhor. - diz Ágata, a menina águia.
- Foi um anjo no céu. - dizia Valente, descendo da levitação. - Que fez com que as experiências com os humanos produzissem seres com poderes como os nossos.
- Poderes suficientes para salvar a humanidade e não deixar que destruam nosso planeta. - diz Ágata.
Logo depois Sócrates morre.

Em um lugar longe dali, alguém sente que a Chefia Oculta tinha sido derrotada, junto com todo o povo reptiliano.
- Não sinto mais a aura do Sócrates. Os humanos venceram. - diz um homem de cicatriz no rosto, com cabelos curtos e negros. Um reptiliano disfarçado de humano.
- E o que isso significa? - pergunta uma mulher loira de olhos escuros como a noite.
- Significa que nossa missão foi um fracasso. - diz outro homem, belo e jovial.
- MALDIÇÃO! - grita um homem vestido como um deputado rico e bilionário.
- E agora? Com nossa raça extinta, com os nosso líderes Juli e Sócrates mortos, o que podemos fazer? - diz o homem de cicatriz.
- Vamos esperar. - diz outro, bonito, porém ameaçador. 
- Esperar o que? - diz o homem de terno rico.
- Existe uma criança que pode mudar nosso destino, mas no momento ela ainda não nasceu. O filho de Maria Mayer e Marcelo Montenegro. Ele será um mutante muito poderoso, além dos limites dos mutantes classe alta. E por causa de seus poderes, ele poderá ser manipulado facilmente para nossos propósitos. - diz o homem belo e ameaçador.
- Qual o seu plano? - pergunta o homem de terno.
O homem belo e ameaçador dá um sorriso de canto macabro. Aquele grupo inteiro era nada mais que reptilianos disfarçados e, com desejo de vingança.

16 anos mais tarde, 20 de novembro de 2020 
ONG Caminhos do Coração/Rio de Janeiro
- Era este o lugar? Onde eles estarão agora?
Um jovem aparentemente bonito estava nas ruínas da ONG Caminhos do Coração. Seus olhos eram semelhantes aos de Maria Mayer, bem como seus cabelos, que eram loiros. Apesar disso ele tem a genética de Marcelo Montenegro. O que tudo indicava o que ele era. Seu nome era João Gabriel Montenegro Mayer, um mutante classe alta.
- Aí estão vocês. - diz João.
João estava dias procurando a ONG para lembrar um pouco de sua história. Assim como a Maria, também tem poderes de absorção, o que leva em conta seu aspecto. João tinha uma absorção diferente da mãe e de sua prima Samirinha.
João continua a vagar pelo Rio quando dois homens aparecem.
- João Montenegro Mayer? - diz um deles.
- Quem são vocês? - pergunta João.
Os homens chegam mais perto dele.
- Não se atrevam. Eu não quero machucar vocês. - diz João.
Isso porque, apesar de ser nível alto, João tinha uma personalidade estranhamente anormal, fato que o fez se separar dos pais ainda quando pequeno.
Os homens avançam na direção do mutante. João se defende, disparando um campo telecinético, derrubando um deles. Mas o outro o agarra.
- O QUE?
João é atacado com uma seringa contendo a Zacaritta, droga inventada pela Dra. Julia para neutralizar o gene mutante, consequentemente seus poderes. Neutralizado, João desmaia.

Quando acorda, ele se vê em lugar estranho.
- Onde estou?
- João Montenegro Mayer. Seja bem vindo. - diz um homem, forte, com cabelos grisalhos, vestindo uma roupa alienígena. Uma roupa de soldado reptiliano.
- Quem é você? E o que quer de mim? - pergunta João.
- Seus dotes são apreciáveis, meu jovem. Fato que me fez levar até você. - diz o homem.
- Por favor. Só me deixa encontrar meus pais. - diz João, apelando. Seus braços e pernas estavam amarrados a correntes de grafeno, um mineral 500 vezes mais forte que o aço, e um dos mais duros encontrados na Terra.
- Calma meu caro, nossa situação é mais delicada que a sua. Nosso povo praticamente foi extinto por causa de sua maldita raça, que se voltou contra nós. O viajante Valente destruiu nosso líder, e nosso melhor guerreiro Órion. O que desejamos basicamente... É vingança. - diz o homem, que pelo tom era um reptiliano disfarçado.
- E por que você recorreria a mim? - diz João.
- Sei que você é um mutante com grandes problemas psicológicos por causa de seus poderes. E é por isso que preciso de você. Sei que você pode absorver a mente das pessoas, e quero que você pegue os meus desejos mentais. - diz o homem.
- Eu não...
João sente dores estranhas em sua mente.
- Vamos meu caro, limpe seu consciente. E me absorva. - diz o reptiliano.
- Eu não... Eu não vou...
- Você não tem saída. - diz o reptiliano.
João ouve vozes estranhas.
"Crie, crie uma nova era."
"Seja o executor."
"Lute João, lute contra esse mal."
- NÃO! - grita João.
O jovem perde o controle de si mesmo e é tomado por outra personalidade sua. Uma mais fria.
- Chega de humanos e mutantes! AAAHHHH!
Ele quebra as correntes de grafeno, cria um vórtex usando suas mãos e de repente algo acontece.
O tempo é distorcido, a realidade é alterada, o cenário é como se fosse de uma dimensão paralela. As construções que fazem parte da história como o arco do Triunfo, o Cristo Redentor, as pirâmides do Egito, a Catedral de São Pedro... tudo desaparece. A natureza é contaminada, as águas da Terra ficam esverdeadas, o céu azul perde sua cor para uma mais fraca, o tempo fica mais seco, o sol perde seu brilho no planeta.
- Isso, isso.
- AAAHHH!
A Terra se transforma, num cenário pós-apocalíptico.
- Enfim. Essa é a Terra que queríamos.
Os reptilianos (antes extintos) tomam conta do planeta, enquanto os humanos e os mutantes desaparecem em 70%.
- Venham reptilianos e tomem conta do Planeta Água. Nossa vingança apenas começou.
João abaixa a cabeça.
- Meu nome é Armagedon. Um reptiliano, que determina o início da era reptiliana, graças a João Montenegro Mayer. - diz o homem.
João se sentia sozinho, mas ironicamente maléfico. Ele "perde" sua humanidade e instaura um período de trevas na Terra, período esse conhecido como a Era Reptiliana. 

Música Berço Esplêndido - Ecliptyka
O chão está tremendo
Nós temos medo de voar
Não temos pra onde correr
Não temos onde nos segurar!

A nação já foi cegada há tempo
Há tempo não somos livres!
É frustrante ver quanto fomos corrompidos!

Pra sempre estaremos sem ver a verdade
Deitados em berço esplêndido...
Quero me fechar, me manter longe de tudo!

Quero viver, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim
Queremos crer, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim

Eu não quero rir da minha própria vida
Eu não quero sentir que não sou capaz!
Não podemos deixar nosso mundo nas mãos de quem
Pensa em si mesmo e não vê que somos um!

Quero viver, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim
Queremos crer, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim

Quero viver, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim
Queremos crer, poder sentir
Que tudo foi só um sonho ruim

Mutantes: Sonhos de um futuro perdido/Glórias de um passado lembradoOnde histórias criam vida. Descubra agora