Come with me - SATZU

Capitulo vinte e sete - Volta?

Oi, posso explicar o sumiço. Faculdade, apenas isso que tenho a falar. Tá difícil, mas voltei (pelo menos por um tempo).

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Sana saiu do hospital, indo direto pro prédio do centro. Passou por todos os seguranças, sem se importar com as reclamações. Abriu a sala de Jo Kwon, assustando o mesmo, que estava em pé olhando a janela.

- Quem te deixou entrar?

- Preciso pedir permissão, por acaso? - Sana abriu o armário de bebidas, puxando a garrafa verde. - Não foi o senhor que me deu a permissão de entrar aqui quando quiser? Não precisa me esconder mais nada, já sei de tudo mesmo. - Minatozaki pegou dois copos, colocando os dois na mesa. Encheu os copos, virando seu copo. - Pensei que, talvez, eu poderia encontrar um amigo no meio de toda essa merda que você criou!

- Olha... eu continuo sendo o líder daqui...

- Você é líder pra quem exatamente? Não pode me matar, né? Ficaria muito óbvio. 

- Certo... - Jo Kwon encostou na mesa, praticamente sentado. Ele cruzou seus braços, suspirando. -  Aconteceu algo?

- Conhece meu pai?

- O seu pai? Por que isso do nada?

- Conhece ele?

- Sim.

- Meu pai é alcoólatra?

- Como eu saberia? 

- Como conheceu ele? Como ele era? Me fala o que lembrar.

- Falou com sua mãe sobre o seu pai?

- Como sabe?

- Ah, imaginei só.

- Fala, agora.

- Certo, vou falar o que sei. Não cheguei a falar muito com seu pai depois da explosão, pra falar bem a verdade. Na época eu ainda era nada. - Jo Kwon bebeu um pouco de seu copo. - O que sei do seu pai é que ele é igual a você. Não só de aparência, mas de jeito. Ele bebia sim, não sei se chegava a ser alcoólatra, mas nós três... bebíamos, fomos a vários lugares. Seu pai conhecia cada ponto da Coreia.

- Três?

- Ele, Minjun e eu. Nós três éramos amigos, colegas, junto com outros dois soldados. Inseparáveis. - Jo riu baixo, bebendo mais um pouco. - Mas com a explosão, seu pai foi colocado pra uma missão em Incheon. Nunca mais tivemos tanto contato depois daquilo.

- Você e meu pai eram amigos? - Sana sentou na cadeira, colocando mais bebida em seu copo. - Por que nunca te vi? Não lembro de você antes do dia que cheguei aqui.

- Porque eu não saia do quartel, eu era novato. Seu pai já tinha experiência. Ele é uns seis anos mais velho que eu, mas ele falava muito de você. "Ai que a Sana aprendeu a andar", "A Sana aprendeu a falar papai", "Ela me deu um desenho". Ele era um babão. Por isso que deixei vocês virem pra cá mesmo com lotação máxima. 

- Por que me tratou como uma desconhecida se era tão amigo do meu pai?

- Por que eu te trataria como conhecida? Confesso, você cresceu demais e não parece mais aquela garota que chegou aqui com onze anos, eu não te reconheci direito quando realmente te vi. Mas não quero te tratar como preferência, não vejo necessidade disso.

- Mas você era amigo do meu pai!

- E que que tem? Nos separamos, Sana. Não adianta voltar.

- Eu... eu não lembro dele. Não desse jeito de alcoólatra.