Capitulo 132

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Lupe: Hola.

Anahí: Lupe é a Any tudo bem?

Lupe: Oi Any, tudo sim e você? Ta chorando?

Anahí: No, eu to bem, meu pai ta ai?

Lupe: Sim, eu vou passar pra ele. Um beijo.

Henrique: Oi meu amor. Que saudades.

Anahí – chorando: Pai eu preciso de ajuda, por favor, liga pra minha mãe.

Henrique – preocupado: Que foi princesa? Aconteceu alguma coisa com ela, com a Mari?

Anahí: Não! Me ajuda! Eu quero que elas venham pra cá. Elas e você, com a Lupe e a Lolinha, eu preciso, a Mari precisa. Eu não quero ficar longe por mais tempo. - Ela explicou a conversa com a mãe, e ele ouvia paciente. Ela se sentou nas pernas, na grama e continuou contando.

Henrique: Você sabe o quanto sua mãe ama isso aqui, eu e a Lupe pensamos em ir pra capital mesmo, pela Lola, sabe pra ela crescer e ter educação nos melhores colégios, como você.

Anahí: Então, por favor, adianta essa mudança pai! Eu morro falando com a Mari pelo telefone, eu quero ter minha irmã por perto, pra ajudar ela como eu fazia antes, pra cuidar dela, eu não consigo mais ir com tanta freqüência e isso me mata, ela me liga chorando pedindo. E tem a Lolinha, eu quero que ela cresça e saiba quem eu sou, não que se lembre só quando me ver.

Henrique: Amor, fica calma. - Pediu ao ouvir ela fungar.- Eu vou conversar com sua mãe.

Anahí: Agora? Liga agora, eu falei agora e a Mari ta irredutível dessa vez.

Henrique: Eu vou ligar, e falo pra ela, vamos dar um jeito nisso.

Anahí: Obrigada.

Henrique: Eu te amo, ta? Não chora que eu fico triste.

Anahí: Te amo pai. To com muita saudade.

Henrique: Eu já te ligo ok? - Ela confirmou e desligou.

Anahí: Por favor, meu Deus, me ajuda, eu só quero isso, eu juro que nunca mais peço nada na vida.


Ela ficou esperando aflita com o telefone na mão, as primas lá dentro tentavam ver, mas ela estava de costas deixando lágrimas silenciosas cairem. Dulce ligou a TV pra não ficarem de chatas espionando e darem privacidade a prima, de lá não se escutava nada. Anahí ainda tinha esperança de o pai conseguir, e voltar a viver com a irmã. Depois de minutos o telefone tocou.


Anahí: Pronto! - Enxugou o rosto e controlou o choro.

Marichello: A próxima vez que seu pai me ligar pra falar disso, eu vou ficar sem te atender ouviu bem? Por mais que sinta saudade e te ame, eu fico sem te atender e ainda corto o celular da Mariana pra vocês aprenderem a não fazer as coisas pelas minhas costas.

Anahí - começou a chorar de novo: NÃO MÃE! Mãe por tudo que é mais sagrado, não! - Atropelava as palavras. - Não faz isso! A gente não fez nada pelas suas costas, ela não sabe de nada.

Marichello: Sabe que eu sei. Aprontaram e planejaram pra ligar pro seu pai e me convencer, mas se deram mal. Façam mais uma vez que eu vou virar a mãe mais chata do planeta.

Anahí: No... Mamãe eu to suplicando, eu ajoelho, eu vou ai e te peço de joelhos, ajoelhada no milho. Vem, vem e me traz ela, a gente vai ser muito feliz eu prometo. Nós três.

Marichello: Você que escolheu Any, não posso fazer nada.

Anahí: NÃO! Eu nunca escolhi ficar longe.

Marichello: Sua irmã vai falar com você. E o aviso foi dado.

Mariana: ANY! - Ela também chorava. - Por quê? Você pediu direito?

Anahí: Me desculpa. - O choro intensificou ao ouvir a irmã chorar. - Ela não quer, não ouve.

Mariana: EU NÃO QUERO MAIS MORAR NESSE FIM DE MUNDO! EU QUERO FICAR COM VOCÊ QUE DROGA NINGUÉM PENSA NA MINHA FELICIDADE?

Anahí: Mari não fala assim. - Soluçou. - Eu tentei, eu vou tentar mais daqui um tempo.

Mariana: E agora? Daqui a um tempo não! Tem que ser agora se não eu nunca vou conseguir!

Anahí: Eu prometo meu amor, eu juro pra você que eu vou continuar tentando.

Mariana: Eu não quero mais que ninguém me prometa nada! Você deve ter tentado igual da outra vez, ficou com medo de brigar e desistiu. Você não me quer ai, você não é a mesma Any, você não liga mais pra mim como antes, agora acho que você se acostumou a ficar longe e não quer perder sua liberdade.

Anahí: É MENTIRA! Eu quero sim e você me machuca falando isso.

Mariana: Ótimo, porque eu já estou machucada, não vou mais ser um peso na vida de ninguém. Tchau.

Anahí: MARIANA NÃO DESLIGA! NÃO FALA ISSO!- Já tinha desligado, - QUE MERDA! - Gritou e tacou o celular no chão, ainda bem que era grama alta e não foi quebrado. Segurou a cabeça com as mãos. - Que merda - Sussurrou e se afogou no próprio choro.


Agora só ela ia saber a dor que sentia escutando aquelas coisas da mãe e da irmã. Escutar que ela quem escolheu se afastar, que não queria a irmã. Sentia o ar faltar e o chão sumir. Dessa vez ela pensou que pudesse conseguir de verdade, durante a noite tinha pensado em tantas coisas pra fazerem juntas, fizera tantos planos.

Subitamente é amor - AYA Onde histórias criam vida. Descubra agora