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"Lalisa Pov"

- Tzuyu, eu posso falar com você? - chamei, parada na porta do quarto de Sana, aonde as duas falavam sobre os quadrinhos da menina. Minha irmã, com a testa franzida, se aproximou e me chamou até a sala de jogos, o nosso refúgio favorito.

- Sou toda ouvidos.

- Bom.. é meio complicado.. e constrangedor.. como vou explicar..

- Desembucha, Lalisa, não tenho o dia todo.

- Me ensina a não ser virgem?

Tzuyu parou de brincar com a mesa de sinuca e me encarou, esperei, mas tudo o que veio foi uma alta gargalhada da garota mais velha, que fez as minhas bochechas arderem em vergonha, meu pensamento me xingava e a minha vontade de sumir ainda mais presente, tudo o que eu não precisava era daquilo.

Ela ficou bons minutos rindo daquilo, com os braços abraçando a barriga enquanto lágrimas caiam de seus olhos, estava vermelha de tanto rir e até perdeu o ar com tamanha gargalhada. Eu não deveria ter falado aquilo..

- Esquece - murmurei me levantando e caminhando até a saída da sala, mas Tzuyu segurou o meu ombro, ainda rindo.

- E-espera! Espera - pediu, recuperando a sua voz e o seu fôlego, ela me empurrou de volta até o sofá vermelho de couro, ela se sentou na mesa de sinuca e me encarou - Isso é sério mesmo? Não é nenhuma piada ou algo assim? - neguei, olhando para as minhas mãos - Oh merda, minha irmã vai comer alguém pela primeira vez! Finalmente!

- Não fale assim - repreendi - É desrespeitoso.

- Ok, ok. Quem é?

- Eu não posso falar - Tzuyu espremeu os olhos, me olhou como a nossa mãe nos olhava quando escondíamos algo e depois disso engasgou com o ar, começando a tossir freneticamente.

- Você está ficando com a Jennie?!

- C-como você sabe?! Não! Espera! Ah merda agora já foi.

- Lalisa! Quando eu falei que era pra você comer a namorada do nosso pai, eu falei brincando! Isso é errado!

- Eu sei! Eu sei que é errado! Eu sei!

- Então por que irá fazer isso?!

Abri a boca para responder, mas incrivelmente, não achei a resposta. Eu sabia que era errado, muito errado, mas não conseguia parar, não podia parar agora. Acho que já estava mais compenetrada sobre Jennie do que eu imaginava. Apenas pensar em não poder toca-la, não poder abraçá-la e nem beija-la, já me apavorava, como se o ar sumisse, sempre que eu pensava nisso. Uma dependência mais que normal, surgia em meu coração, e eu não sabia se aquilo era normal, se era bom ou ruim, nunca aconteceu. Era literalmente a minha primeira vez sobre o.. amor? Será que poderia ser denominado assim?

- Ok.. - Tzuyu me puxou para a realidade, voltando a ter o seu ar brincalhão, como sempre teve - Ok, ela falou que vocês irão transar?

- Não. Não exatamente. Ela só falou que mais tarde me quer no quarto dela, pois irá me mostrar algo.

- Meu Deus, não acredito que você vai transar com a nossa madrasta. Isso é tão estranho.

- Pare de enfatizar isso, já estou ficando incomodada.

- O que você sabe sobre sexo, Lisa?

- Que se você não usar camisinha, pode gerar um filho.

- Bom, muito bom. Olha.. espera aí - ela murmurou procurando em seu bolso, no fundo, ela piscou e me jogou uma embalagem - Você vai precisar.

- Por que você tem camisinhas em seu bolso, Tzuyu? Está ficando com alguém?

- Não, não estou ficando com ninguém, mas sempre tenho. Quando você perde a virgindade, ainda mais quando se tem um pau, verá o quão útil será andar com uma camisinha no bolso. Anotou isso?

- Acho que sim.. - murmurei, ainda olhando para a embalagem.

- Cara, ela tem trinta e um anos, então a deixe no controle, ela vai te mostrar o que quer, de preferência, deixe ela por cima, assim você vai entender como funciona.

- Por cima? Por cima da onde?

- Puta merda, ter uma irmã noviça é foda. Por cima, Lalisa! Por cima do seu pau, sua idiota. Ela vai sentar em você, deixe ela fazer isso.

- Ok.. mais alguma coisa?

- Preliminares, não se esqueça disso! Isso ajuda a construir um orgasmos mais poderoso.

- Ok.. e como se faz isso?

- Imagina que eu sou a Jennie - começou, logo fiz uma careta - Calma, sua idiota, apenas preste atenção!

Passei o resto da tarde na sala de jogos junto a Tzuyu, que explicava tudo com calma, como uma verdadeira professora, me dando "ilustração" e coisas do tipo, foi até que engraçado. Um pouco estranho por ser minha irmã mais velha, mas engraçado.

- Agora, pra finalizar - me olhou - Deixe-me ver o tamanho do seu amigo - no mesmo segundo coloquei minhas mãos por cima da calça e neguei, voltando a ficar vermelha - Ah qual é, Lalisa, até parece que eu já não vi esse seu pinto.

- Mostre o seu primeiro - mandei, indicando com a cabeça. Tzuyu revirou os olhos, abriu seu cinto, abaixou sua calça junto a sua cueca, logo após pois a mão na cintura, fazendo pose, enquanto eu analisava.

- Sua vez - respirei fundo e fiz o mesmo, minha irmã espremeu os olhos, se inclinou um pouco pra trás e assentiu - Belo tamanho, da pra fazer um estrago. Da uma depilada nisso aí, Lalisa, se ela resolver pagar um boquete, que seja um boquete digno.

- Cala a boca, Tzuyu. Cala a boca.

Me enfiei no quarto depois de toda aquela experiência, pensei no que estava fazendo da minha vida em começar a se relacionar com uma mulher de trinta e um anos, vulgo, namorada do meu pai. Se antes eu não iria para o inferno, naquele momento eu tive certeza que iria. Sabia de toda a história, sobre você não escolher a pessoa pela qual se apaixona, não mandar em seu coração e nem no seus sentimentos mas.. porra de todas as garotas, logo Jennie? A única pela qual eu não deveria sentir nada.

Não deveria sorrir quando ela risse, não deveria me preocupar quando o seu cenho franzisse ou quando ficasse preocupada com algo, não deveria criar um zoológico em meu estômago ao lembrar da sua boca na minha, não deveria sentir minhas mãos suarem só de pensar nos seus olhos e no seu corpo. Nada daquilo poderia estar acontecendo. Mas estava.

Por que estava?

Por favor, aquilo não deveria ser chamado de amor, não deveria pois, parecia novo, muito cedo, muito estranho, muito intenso. O amor era tão intenso assim? Não me lembro de ser assim, e olha que já gostei de uma menina, a um bom tempo atrás, acho que no oitavo ano? Não sei, mas ela não gostava muito de mim. Acho que por eu ser babaca demais com as pessoas.

Eu havia sido babaca com a Jen, claro que havia, então por que ela ainda queria se aproximar de mim? Não só eu, mas podia ver a sua aproximação com Tzuyu, mesmo o fato sendo a Sana. Eu não entendia ainda, mas gostava de saber que ela me queria por perto. Eu ficaria por perto, o quanto ela quisesse.

Mas acho que estava tudo bem, eu iria aprender com Jennie se realmente estava tudo bem.

...

(Autora on: sinto é dó da Lisa)

A Madrasta (Jenlisa - Satzu G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora