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"Tzuyu Pov"

- Porque você é a porra de uma retardada, eu juro que se você morresse, Lalisa, eu ia até o inferno atrás de você! Eu juro que eu ia!

- É, eu também te amo, Chou Tzuyu.

- Vai se foder, pega esse seu amor e enfia ele no meio do seu c-

- Está bem, já chega vocês duas.

Jennie me cortou, colocando a bandeja de sanduíches e sucos na nossa frente, Lalisa a olhou incrédula, pois agora, com a dieta, a garota não poderia comer tais coisas, e a sua "comida" favorita, cujo o sanduíche de Jennie, não estava na lista alegando que ela poderia comer.

- Me desculpe, Lili, mas você precisa seguir a dieta.

- E eu vou ter que tomar sopa?!

- É gostosa, Liz, mamãe sabe fazer uma comida muito gostosa! Come pra você ficar bem logo!

- Você não colocou brócolis, não é?

- Não, amor, não coloquei brócolis, fique tranquila. Sannie, me ajude a levar essas caixas para fora, vou iniciar a minha hortinha.

- Eu levo, preciso passar em casa pra pegar algumas roupas pra essa drogada.

- Drogada é você.

- Eu não me droguei o suficiente ao ponto de quase morrer, sua imbecil.

- Mas se drogou o suficiente pra não ter um cérebro, hermafrodita.

- Chega! Eu vou deixar as duas de castigo! - mostrei a língua para Lisa que revidou com um dedo do meio, voltando a tomar a sua sopa.

Mas eu estava feliz com aquilo, ela estava bem, estava conseguindo se alimentar, ainda sentia um pouco de dor ao caminhar, mas estava voltando ao normal com a nossa ajuda. Não havíamos pisado em casa des da sua saída do hospital que ocorreu a mais ou menos um mês atrás, estávamos na casa de Jennie, que era bem mais confortável do que aquela mansão sem graça alguma. Era muito mais aconchegante, legal, e divertido está ali, não digo só por estar com Sana, mas também com Jennie, que cuidava de nós como uma mãe, claro que ela tinha os seus cuidados especiais com Lisa, já que agora eram "namoradas" como minha irmã dizia. Mas a relação em si de nós quatro.

Éramos uma grande família, e eu acho que a minha mãe ficaria feliz em ver o quão feliz estávamos.

- Esse é o endereço?

- É sim, pode falar que são as flores da Jennie Kim, passei hoje de manhã para acertar o valor com ele, e amanhã irei organizar a vendinha. Acho que em pouco tempo posso abrir a minha floricultura.

- Pode deixar, iremos ajudar com tudo, tenha um bom trabalho, Jen!

- Obrigada! Não esqueça do remédio da Sana, está em cima da geladeira! E não mate Lalisa ouviu!

- Ela que me irrita! - ela negou dando um beijo no topo da minha cabeça e saindo do carro em direção a cafeteria na qual era balconista e garçonete.

A casa estava silenciosa quando entrei, subi diretamente até o quarto de Lalisa, peguei uma mochila e comecei a separar algumas de suas roupas que eu sabia que eram suas favoritas, brinquei com Louis e coloquei comida em seu pote, lembrando de perguntar a Jennie se poderia levar o pequeno felino para sua casa, já que Kuma e Kai já se davam tão bem com o gato amado de Lalisa.

- Chou Tzuyu - dei um pulo com a voz grossa de Oliver atrás de mim, coloquei a mão no peito e respirei fundo, tentando trazer a alma de volta ao corpo - Aonde estava? E cadê Lalisa?

- Ah, lembrou que você tem duas filhas - ri amargamente - Caso você não saiba, Lalisa teve uma overdose, quase morreu, foi para o hospital e agora está sendo tratada.

- Como assim, Lalisa teve uma overdose?! Conta essa história direito!

- Como se você se importasse, não é? Aonde esteve todos os dias em que Lalisa ficou trancada no quarto? No qual ela não estava se alimentando, e apenas se entupido de remédios?! Não era você que veio com a história de "vou parar de viajar para cuidar das minhas filhas"? Então aonde você estava quando a sua filha mais nova quase morreu?!

- Eu estava trabalhando pra dar uma vida melhor a vocês duas!

- Uma vida melhor? Uma vida melhor, Oliver? Ter luxo dentro de uma mansão é melhor que a vida da sua filha?! Uau, como você é dinâmico, não é?

- Traga Lalisa, iremos embora nesse final de tarde - então eu gargalhei, gargalhei o mais alto que consegui.

- Embora? Embora pra onde?

- Rússia, já reservei a nossa passagem, estou abrindo uma filial lá, será um bom recomeço para nós.

- Recomeço? Recomeço do que caralho? Do seu chifre? Ou da quase tentativa de assassinato que a sua ex impôs? Não há nenhum recomeço pra mim ou pra Lalisa, estamos bem.

- Você está com a filha dela, não está? Por isso não quer ir.

- Não ousa envolver a minha namorada nesse assunto.

- Vocês estão com ela - assentiu - Vocês alugaram uma casa pra ela, por isso que todos os meses o valor cai sobre o banco, como eu não percebi isso..

- Estava tão ocupado com o seu império, que não percebeu que as suas filhas estavam indo atrás da felicidade, felicidade esse que você nunca proporcionou a nós.

- Eu vou cancelar todos os cartões, quero ver como irão ajudar aquelas duas.

- Tarde demais, Oliver. Jennie e eu já compramos a casa com o NOSSO DINHEIRO. Você não pode fazer nada em questão.

Ele ficou calado, então eu empurrei a mochila para longe e peguei as malas de Lalisa, decidindo naquele segundo que nunca mais voltaríamos para aquela casa, pedindo perdão a minha mãe, mas querendo socar aquele cara até que o seu nariz estivesse fora do lugar. Oliver apenas me encarava, com os braços cruzados enquanto eu alcançava as medalhas de Lalisa, as quais haviam sobrado sobre o seu ataque de raiva tempos atrás. Coloquei Louis na caixa de transporte, deixei tudo em um canto e segui até o meu quarto, peguei o máximo de roupa que a mala suportava, alcançando apenas itens muito importantes.

- Sempre foi isso que quis não é? Se ver livre de nós duas. Eu sei o quanto pagou para abortar Lalisa, e abortar a mim também, mamãe chorava todas as noites me contando isso, então a minha raiva de você não é apenas sobre a sua ignorância como pai, e sim sobre o mostro que você se tornou por conta do dinheiro. Pois bem Oliver Chou Manoban. Você está livre agora.

Eu cuspi na sua cara com toda a minha raiva e com toda a minha saliva. Carregando o carro com as nossas malas e jogando todos os cartões no nome dele no chão, de qualquer forma, tudo já havia acabado. Enrolei na rua até que desse a hora que Jennie estivesse em casa, voltei e bati na porta duas vezes, ela logo abriu, sorriu mas se assustou, olhando para as malas e para a caixa transportadora de Louis.

- Você aceita a sua namorada, a namorada da sua filha e um gato como novos moradores da sua casa? - ainda sem reação, e surpresa, Jennie riu, se abaixando e pegando uma das malas.

- Estava demorando para trazer Louis, venha, me ajude com o jantar.

- Lisa, pinto pequeno! Moramos aqui agora!

Agora sim, éramos uma família.

A Madrasta (Jenlisa - Satzu G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora