Juntas Novamente

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          — Vocês... vão... se... assumir... agora! — Puxa ambas até o andar de baixo pela orelha.

          — Tá obrigando elas a sair do armário, Jiji? — Mina debocha.

          — Você, shiu! Vamos, falem, falem! — Cruza os braços, deixando as meninas meio desconcertadas.

          — Hã... nós estamos juntas... — Momo diz, desviando o olhar para o lado.

          — Ah, que novidade! — debocha novamente.

          — Mina! Vou perguntar uma vez só... alguém vai implicar com isso ou as duas podem ser gays em paz?! — Olha para todas com raiva. Cansada daquela situação. E quem seria o louco de contrariar a Park?

          Ninguém fala nada, apesar de Sana levar a mão ao coração.

          — S-Sana... Você está bem? — Tzuyu a olha preocupada.

          — Claro... Nem vou chorar agarrada no meu ursinho, não. Relaxa! — Se levanta, com a mão debaixo dos olhos.

          — Ain, não aguento mais. — Dahyun se joga no sofá.​

          ...

          Depois de um tempo, já era noite e só Mina estava na sala acordada, jogando um vídeo-game um tanto... peculiar.

          Então Momo desce as escadas, parecendo cansada. Assim, que vê Mina no sofá, ela se senta em seu lado.

          — Tá fazendo o que acordada? — diz matando alguns... não dá para deduzir o que era aquilo.

          — Tô sem sono... E você? Vai ficar jogando isso aí? — Aponta pra tela.​

          — Melhor do que ficar trepando como todas vocês.

          — Hum... Ai, eu preciso conversar, sabe? — Mina continua jogando. — A Dahyun, ela... ela não quer ter nada comigo. Eu acho ela tão perfeita mas ela insiste em esperar o casamento. Daí eu sempre digo que na primeira vez, a gente ia fazer se ela não tivesse tomado um banho de perfume, mas ela diz que foi um erro e que ela estava possuída. — tagarelando. — Eu não sei mais o que fazer, acho que vou acabar casando só pra ficar com ela... — E Mina continua jogando. — ... Não vai dizer nada?​

          — Tenso, e... bom apetite! — diz, sem tirar os olhos da tela, prevendo que Momo ia se entupir de comida agora.

          A loira bufa e vai pisando forte até a cozinha. De lá, sai com um pote e uma concha de sorvete, levando-a pro quarto. Com certeza ia comer e assistir anime a noite toda.

          ...

          De manhã, a maioria das meninas já estavam na mesa do café da manhã, enquanto Jihyo ainda o preparava.

          — Carai, tudo eu nessa casa... — murmurava.

          — Ei, meninas... — Chaeyoung chama todas para cochichar. — Ontem eu vi a Sana fazendo uma coisa muito estranha.​

          — Que novidade, né? — Dahyun cochicha de volta.

          — Não precisa falar assim... — Momo diz.

          — Vai defender sua ex?! — altera um pouco a voz.

          — É sua ex também! — diz brava.​

          — Ei, prestem atenção aqui! — Chaeyoung franze o cenho e chama a atenção delas novamente. — Ela tava deitada na cama com a mão dentro da calça e fazendo umas... coisas estranhas... — Faz uma cara de nojo.​​

          — Ah, ela estava fazendo aquilo! — Mina entra na cozinha, já começando a rir.

          — Credo, Mina! Parece até um fantasma! — Dahyun reclama, tomando um susto.

          — Fantasma não, vampira, baby! — Sorri pegando uma maçã.

          — Ela se acha uma vampira, mas não passa de uma pernilonga! — Momo debocha, ainda com raiva do que rolou à noite, vendo Mina a remedar.

          — Espera, espera aí... O que é... "aquilo"? — Chaeyoung pergunta curiosa.

          — A-ah, Chae... O que acha de ver se a Nayeon já acordou? — Tzuyu desvia o assunto, sabendo que poderia gerar algum tipo de trauma na criança se deixasse as outras responderem.

          — Ok... — Se levanta. — Mas depois vocês me explicam, né? — Se vira, toda iludida.

          — Claro! — Tzuyu sorri.

          Chaeyoung sorri de volta e sobe para os quartos.

          — Nunca mais vão tocar no assunto, né? — Momo pergunta, pegando uma torrada.

          — Não mesmo! — Jihyo responde.

          — E o cafezinho, minha patroa? — Mina termina sua maçã.

          — Não enche, Minari! — Revira os olhos.

          — Você tava ouvindo? — Dahyun franze o cenho.

          — Infelizmente, sim. Vocês vão traumatizar essa menina... — Serve o café.​

          — A menina tem vinte e dois anos, Jihyo. — Momo já estava no quinto cacho de uva.

          — Mesmo assim! Ela não tem idade! — Se senta na mesa também.

          — Ou será que é porque ela é anã? — Mina diz, arrancando gargalhadas das meninas.

          — Ei! — Dá uma bronca, mas acaba rindo também.

ㅤ꒰. 𝕋𝕨𝕚𝕔𝕖 𝕖 𝕒 ℚ𝕦𝕒𝕣𝕖𝕟𝕥𝕖𝕟𝕒 . . ✮ * .Onde histórias criam vida. Descubra agora