Terra no Pote de Achocolatado

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          Depois de deixar Chaeyoung na cama, Jihyo se agacha, para ver se a garota precisava de algo. Enquanto Chaeyoung se cobria, como um neném, Dahyun se sentava na cama, ao lado dela e Nayeon e Jeongyeon estavam de pé, observando tudo. Claro, Jeongyeon estava mais... "impaciente".

          — Você quer alguma coisa, Chae? — Jihyo pergunta, acariciando seu cabelo.

          — Antes de eu morrer eu gostaria de tomar um copo de leite com achocolatado. Ou... achocolato puro. — Dá um sorriso amarelo.​

          — Vou preparar então. — Jihyo sorri fraco antes de se colocar de pé de novo.

          — Obrigado, Jiji. Te amo. — sorri de orelha à orelha e vira pro canto.

          Jeongyeon tosse e acaba soltando "sem querer" um "Puxa saco", se referindo à Chaeyoung.

          — Também te amo, meu amor. Meninas, você podem ficar de olho na Chae? Caso ela precise de mim, é só mandar mensagem.

          Nayeon e Dahyun assentem que sim e Jihyo prevê que Jeongyeon irá lhe seguir. Ela então assente de volta e abre a porta do quarto, seguida por Jeongyeon. Ambas saem do quarto e fecham a porta. Antes de começarem a andar, Jihyo olha para Jeongyeon, lhe triturando.

          — Eita... Ao invés de me olhar assim, que tal irmos para um quarto e você me punir de verdade? — oferece, tentando desviar a tensão.

          — Se eu fizer isso, você 'tá ferrada, Jeongyeon. — Franze o cenho.

         Jihyo começa a andar pelo corredor e Jeongyeon a segue, ainda com as palavras de Jihyo na cabeça. Ao chegar na sala, Jihyo vê as meninas conversando e ao vê-la, elas param imediatamente e quase todas dão um sorriso amarelo.

          — Sobre o que vocês estavam conversando? — pergunta diretamente.

          — A-ah... nada... — Momo responde.

          Jihyo respira fundo, parecendo não acreditar e vai até a cozinha, onde já era seu destino. Ao chegar perto de um balcão, ela olha para Jeongyeon. A garota tenta disfarçar que estava olhando para a bunda da garota mas é meio notável que seu rosto queimou.

          — Reparou que as meninas estavam meio estranhas? — releva o que acabara de ver, perguntando o que estava em sua cabeça.

          — É-é... meninas? — Coça a nuca.

          — Jeongyeon! Não é possível que você seja tão desatenta! — Pisa mais forte no chão.

          — É... vamos me chamar de desatenta... — Solta um suspiro.

          — Eita, d.r.! — um cochicho pode ser ouvido atrás da porta.

          — Ei, vão cuidar da vida de vocês! — Jihyo emburra, dando uma bronca.

          — Vão cuidar da vida de vocês! — alguém a remeda e parece ir embora logo em seguida, pela sombra através da porta, e Jihyo julgava ser Mina pela voz e a audácia.

          Jihyo balança a cabeça e suspira, levando a mão até o pote de achocolatado no balcão. Ao abrir, a garota dá um pulinho. Havia terra no pote de achocolatado.

          — Meu Deus, colocaram terra no pote de achocolatado! — diz com a boquiaberta.

          Jihyo olha para Jeongyeon, parecendo ter visto uma cena de crime, mas a loira estava segurando a risada.

          — Vai interrogar cada uma delas? — pergunta.

          — De uma vez só. — Franze o cenho.

          Jihyo pega o celular e digita uma mensagem no grupo apenas dela e das meninas. Enquanto Jeongyeon observava de trás dela.

          — Todas na sala de estar. Agora.

          Como Jihyo sabia que mesmo sendo doidas, elas não desobedeceriam a "mamãe". Em cinco minutos, Jihyo sai da cozinha e encontram as sete garotas na sala, parecendo estar em um interrogatório oficial da polícia. Chaeyoung, como estava "doente", estava com a coberta e um termômetro na boca.

          — Jeongyeon... — Jihyo diz, fazendo um sinal para a garota se sentar.

          — O que? Eu também? — Aponta para si mesma, mas sabia que Jihyo não iria mudar de ideia. — Argh... — resmunga, indo em direção às outras meninas e se sentando com elas.

          — Okay... Quem foi que pôs terra no pote de achocolatado?

          O silêncio mais absurdo se forma na sala, como se alguém respirasse em falso seria jogado na toca dos leões. Ou na toca da Jihyo, que era bem pior.

          — Vou perguntar de novo, de maneira audível. Quem foi que pôs terra — grita — no pote de achocolatado — grita.

          Todas as meninas olham para Chaeyoung, porque era óbvio demais.

          — Nem vem. Eu 'tava doente e lá em cima. Tinha duas garotas olhando para mim! — chove argumentos.

          — Que sexy! — Sana diz, rindo.

          — Que o quê!? — Chaeyoung pergunta, confusa.

          — A-ah... nada, nada! — Dahyun interrompe, antes que Chaeyoung perdesse sua inocência. O que era muito fácil, com base nas pessoas que ela vivia.

          — Okay... — Jihyo pensa por um segundo — Momo. — Seus olhos se viram para a loira, que estava roendo as unhas.

          — Que foi? Eu 'tava com fome! — tenta justificar.

          — Mas, por que terra? — Nayeon pergunta.

          — Achocolatado é industrializado e engorda. Terra é natural. — explica, sem parecer que ela comeu tudo sozinha.

          — Você já viu alguém comer terra? — Nayeon grita enquanto arregala os olhos e Mina segura a risada.

          — Deve ter síndrome de pica. — Mina diz.

          — Síndrome de pica? — Jeongyeon pergunta.

          — É vontade de comer coisas não comestíveis, tipo pedra, tijolo e até jiló. — Mina explica.

          — Mas pica não é aquela parte do corpo que... — Chaeyoung começa a descrever tudo que "aprendeu".

          Após algumas palavras de Chaeyoung, todas as meninas a olham. Algumas estavam boquiabertas e algumas segurando o riso.

          — Ugh... que nojo! — Mina parece ter um gay panic junto com gargalhadas.

          — Chaeyoung, onde aprendeu isso? — Jihyo pergunta.

          Todas as garotas olham, imediatamente, para Sana.

          — Ãhn... essa garota vive pegando escondido meus livros de biologia. — Balança a cabeça, olhando para baixo e tentando não rir. De jeito nenhum. — Danadinha...

          Jihyo suspira fundo e pensa em sua cabeça fica martelando "Não posso matar nenhuma delas. Não posso matar nenhuma delas. Não posso matar nenhuma delas..."

          — Okay... estão liberadas. Da próximas vez... tentem não colocar terra no pote de achocolatado. — dá ênfase ao falar a palavra terra — E... nem "roubar livros de biologia".

          Todas as garotas suspiram aliviadas e voltam para onde estavam antes. Jihyo acaba por pegar outro pote de achocolatado na despensa.

ㅤ꒰. 𝕋𝕨𝕚𝕔𝕖 𝕖 𝕒 ℚ𝕦𝕒𝕣𝕖𝕟𝕥𝕖𝕟𝕒 . . ✮ * .Onde histórias criam vida. Descubra agora