capítulo quatro.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
2 MESES DEPOIS
— Comprei isso. — um amontoado de presilhas que pareciam borboletas foram postas na frente do corpo de Harry, sobre o notebook. Seus dedos pararam de teclar. — Lembrei de você, ontem, no shopping. Fleur disse que iria gostar. Você gostou?
— Você sempre faz isso. — segurou o plástico entre os dedos, alternando entre Malfoy e as presilhas. Deus, isso não deveria ser tão frequente. Por que a irmã dele achava que ele gostaria? E por que ela estava certa? — As boinas, os bonés e agora isso.
— É charmoso. — e a maneira como ele disse aquilo fez com que fosse a sua palavra favorita do momento. — Em você.
— Não. Não é isso, é? Estou começando a achar que tem alguma coisa errada no meu cabelo. É isso, não é?
— 'Arry. É uma pergunta simples, vamos lá. Você... — o francês repetiu, doce. Doce. Deus, tão doce que Harry sentiu os próprios olhos pesando. Ele apertou a distância cruel que havia entre seus rostos, soprando quente em seu queixo. — ...gostou do presente?
Harry recuou, conseguindo quatro ou cinco centímetros de segurança. O que era bom. Muito bom. Com as mãos meio suadas e frias, empurrou a bochecha alheia. — Não vou usar.
— Não esperava que fosse. Pelo menos, não aqui. — foi direto para o refrigerador. — Leve-as para minha casa, sim? Carina vai gostar.
— Hoje? — esperou não ter soado ansioso demais. — Porque não tenho mais nada. Corrigi todas os testes, fiz alguns relatórios e meu único plano se resumia a dormir por dez horas.
— Seja babá por essa noite. Eu preciso de alguém e Fleur precisa de uma folga. — ele o fitou enquanto tudo fluía rápido demais em sua cabeça. Ele não recusaria, mas não pôde deixar de pensar que Draco precisava que alguém ficasse com as crianças.
Porque era uma sexta-feira e ele podia se divertir um pouco.
— Claro. — concordou. Não era esforço nenhum cuidar deles por algumas horas. Ele precisava encontrar um bom motivo, de qualquer maneira. Meio que sentia falta das crianças, mas ele não conseguiu sorrir. — Eu adoraria.
— Tudo bem.
Ele fitou Harry por mais tempo do que o usual, um sorriso costumeiro no canto dos lábios. Tinha feito a barba e o rosto parecia tão suave que seu desejo era tocá-lo por horas a fio. Saber se tinha ou não o cheirinho de loção ou o perfume forte ganhava era quase questão de vida ou morte.
Quando fisgaram um momento silencioso e esquisito, seus olhos azuis tinham a porta como alvo.
— Você prefere levá-los daqui ou passar na sua casa primeiro?
— Huh? — voltou à realidade.
— Scorpius e Cassiopeia. Você quer levá-los? Ainda não sei isso é uma boa ideia, peça que eu fique e eu terei uma desculpa para ficar.
Fique. Fique. Fique. Era aquilo que Harry gostaria de dizer. Muito.
— Tente se divertir um pouco, você merece isso. — ao invés disso disse, meio tenso e verdadeiro. Ele merecia mesmo. — A peça foi um sucesso.
— Você viu a cortina antecipada descendo antes do fim do ato? Genial. O garoto parecia tão perdido, espero que tenham gravado. — ele riu, murmurando um baixo "pobre garoto" e não pegou um pouco da salada como de costume. Ele olhou e ignorou.
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Roma & Julio | Drarry
Fanfiction[CONCLUÍDA] Tudo está okay na vida de Harry. Ele é um professor de Inglês pacato do Ensino Fundamental, até que Draco, o novo professor francês de Artes Cênicas, entre em cena. drarry!au | +18 | harry!mpreg | draco!francês. • Obra original por hsmpr...