No dia seguinte, consegui acordar no horário e não chegar atrasado ou com fome na creche, assim que me sentei na cadeira a porta foi aberta e vi Seoyun e o pequeno Hayan, esse que veio correndo na minha direção com um sorriso no rosto e dando pulinhos.
— Vim mais cedo pois tenho algumas coisinhas para resolver hoje cedo — Seoyun conta sorrindo para mim — Beijinhos Hayan, tchau professor Yoonoh.
— Tchau, mamãe — O pequeno fala acenando para ela e se vira para mim esticando os braços na minha direção, estava pedindo colo.
— Posso saber qual o motivo da sua animação, Hayan? — Pergunto o colocando sentado no meu colo e beijando a sua testa.
— Queria muito contar, mas não posso titio — Ele fez bico mas depois riu como uma criancinha travessa — Você vai saber logo logo.
— Que menino misterioso, não devia fazer isso comigo, pensei que fôssemos amigos.
— E nós somos, tio.
— Então me conte o que é, por favor.
— Não posso, titio, eu prometi que ia guardar segredo e se eu falar vou ficar sem bolinho da mamãe — Ele virou o rosto ao ver as menininhas entrando na sala e saiu do meu colo — Vou brincar tio, se quiser pode vim também.
Ele se juntou as meninas e foram brincar, as outras crianças chegaram e logo a sala estava a mesma bagunça de sempre, como eu amo. Fiquei sentado pensando no que Hayan havia falado, o que esse menino havia aprontado? Sua mãe parecia bem sorridente hoje também, ela tem dedo nessa história? Oh Deus, criança quando apronta já podemos esperar por absolutamente qualquer coisa.
Meu celular vibrou e vi a notificação de mensagem do Jungwoo, não queria parecer ansioso mas não pensei antes de tocar na notificação na mesma hora.
"Oi Jae, eu estou com saudades, podemos sair juntos hj? Se quiser eu te busco no trabalho, quero recompensar esse tempo que fiquei sumido :)"
Eu pensei um pouco e por mais que estivesse um pouquinho chateado por ter perdido a atenção dele sabia que ele não tinha culpa nenhuma, como Taeyong disse o Jungwoo pode simplesmente estar aproveitando a companhia de um amigo que não vê há um tempo, não tem nada de errado nisso, não é?
O respondi dizendo que topava e não demorou para responder com um coraçãozinho, deixei o celular de lado e voltei a prestar atenção nos pequenos, esses que continuavam falando alto e rindo de qualquer coisa, Hayan não estava diferente, estava rindo muito enquanto via sua amiguinha tentando desenhar um coelho.
Mais tarde, as crianças foram saindo e eu arrumei um pouco da sala antes de sair, me despedi dos outros professores e funcionários e assim que pisei os pés no lado de fora encontrei Jungwoo encostado na sua moto. Ele usava uma regata branca e uma calça jeans preta, estava arrumando o cabelo já que alguns fios estavam caindo nos seus olhos.
— Oi, Jungwoo — Me aproximo e ele me olha com um sorriso grande no rosto.
— Oi, Jae — Ele me puxa para um abraço — Estava pensando em irmos no novo parque de diversões que chegou, o que acha?
— Eu adorei a ideia — Ele subiu na sua moto e eu na garupa, dessa vez não sentia mais tanta vergonha de estar abraçando a cintura de Jungwoo, na verdade queria estar assim sempre com ele.
O parque de diversões não era tão perto e eu até gostei de saber disso porque significa que ficarei mais tempo abraçando e sentindo o seu perfume doce. Assim que parou a moto no estacionamento, ele segurou a minha mão e me arrastou para dentro do parque.
— Em qual brinquedo quer ir primeiro? — Ele pergunta.
— Podemos ir... carrinho bate-bate? — Ele concordou e fomos juntos até o brinquedo. Foi engraçado já que a nossa volta só havia crianças e adolescentes, e mesmo que estivéssemos passando vergonha eu não me importei com o que os outros estavam pensando pela primeira vez, meu foco estava no sorriso e na risada contagiante de Jungwoo.
Depois de um brinquedo e outro, o pior veio, Jungwoo escolheu que iríamos na casa dos horrores e me assegurou que não teria nada de assustador lá já que essas casas nunca são assustadoras de verdade, mas ele mentiu.
Um fato sobre mim é que quando criança passei por uma situação não tão legal e que me fez ter um medo absurdo de palhaços, não conseguia nem ao menos ver uma foto sem sentir as minhas pernas bambas e começar a suar descontroladamente. Tinha tantas pessoas na casa dos horrores que acabei me perdendo de Jungwoo e preso em uma das salas, estava escura e só tinha dois adolescentes comigo, não sabia se fazia parte da atração ou não mas a porta não abria de forma alguma e aquilo começou a me assustar.
E ficou ainda pior quando uma risada ecoou no cômodo e um homem vestido de palhaço todo ensanguentado – de sangue falso, claro – saiu da escuridão segurando uma faca, os adolescentes começaram a gritar de susto e eu travei ao lado da porta, fechei os olhos e comecei a contar até 10 mas na minha cabeça só se passava aquela risada e podia sentir meu peito doer cada vez mais.
Minha última visão antes de desmaiar foi a porta sendo aberta e a voz de Jungwoo me chamando, e por fim, eu apaguei e já não ouvia ou via mais nada.
♡
Jaehyun 🤝 Eu
Fobia de palhaços
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WHITE TULIP // JaeWoo
Fanfiction[💍] Jaehyun estava preso em um casamento horrível que não parecia ter conserto, em uma noite resolveu sair para escapar de mais uma discussão com o seu marido, e foi nessa noite que ele esbarrou no bar com Kim Jungwoo, o seu primeiro amor.