Eu queria saber em que momento a minha vida virou essa bagunça que é agora, há um ano atrás eu poderia dizer que sou o homem mais feliz do mundo mas agora eu sou apenas mais um perdido nesse planeta que não sabe se vale a pena acordar no dia seguinte.
Essa nem de longe foi a vida que eu tinha planejado com 17 anos quando estava terminando o ensino médio, todos os meus amigos diziam que queriam ser ricos e iriam viajar o mundo inteiro com suas namoradas, eu nunca pedi algo tão grande, meu único desejo era casar com alguém que eu amo e que me amasse também, ter dinheiro suficiente para não deixar faltar nada e poder viajar nas férias, ter filhos e poder ser o pai que os filhos vêem como herói.
E eu achava que seria ao lado de Taeyong que eu conquistaria esses sonhos.
Mas estava enganado.
Claro, namoramos por um ano e nunca tínhamos brigado, sempre fazendo planos para o futuro e imaginando como seria ter o casamento dos sonhos, nos primeiros meses de casados também tinha sido um mar de rosas, eu realmente estava acreditando que meus sonhos estavam se realizando graças a ele.
Mas as coisas mudaram quando mudamos para o centro de Seul, ele começou a trabalhar na empresa do seu pai e eu numa creche cuidando dos bebês, parecia que não tinha como dar nada dar errado já que nos nossos empregos recebíamos o suficiente para viver bem. Mas então, ele começou a chegar tarde em casa, eu me ocupava muito dando cuidado às crianças, algumas até conversavam comigo depois das aulas, Taeyong começou a ter crise de ciúmes toda vez que descobria que eu tinha saído com o meu melhor amigo, Johnny, e ele também tinha suas saídas com um tal de Kim Doyoung do trabalho dele.
E foi assim que eu cheguei onde estou agora, meu único momento feliz no dia era quando passava as tardes com os bebês e brincava com eles, os finais de semana eram horríveis e me sentia um estranho na minha própria casa, eu tinha salvação dessa vida ou estava condenado a passar por isso até o fim da minha vida?
— Onde estava até agora? — Pergunto ao escutar o barulho da porta se abrindo, o relógio marcava 00:56.
— E você se importa? — Taeyong devolve a pergunta deixando suas coisas de qualquer jeito em cima da bancada da cozinha.
— Se eu estou perguntando... — Meus olhos permaneciam fixos na televisão onde passava um programa idiota qualquer, fazia isso apenas para evitar de olhar naqueles olhos que um dia eu tanto admirei.
— Sai com o Doyoung depois do trabalho — Eu escutei o barulho dele abrindo a garrafa de café e suspirei cansado, me levantando do sofá e caminhando até o quarto.
Eu não iria questionar de novo o que eles tinham feito que durou tanto tempo, eu sabia que seria apenas um motivo para ele iniciar uma nossa discussão, eu me deitei e deixei o celular de lado antes de tentar adormecer. Só escutava os passos de Taeyong pela casa já esperando que ele fosse dormir no sofá enquanto via alguma das suas séries favoritas, ele fazia isso com frequência.
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No dia seguinte, eu levantei da cama cedo e tomei um banho quente para começar o dia, troquei de roupa e fui para a cozinha encontrando o Taeyong dormindo no sofá, a mesinha de centro estava uma bagunça e a televisão estava ligada. Eu desliguei a TV, limpei a mesinha e fui fazer o café da manhã, toda manhã fazia café forte mesmo que eu não gostasse, Taeyong bebia toda manhã, deixei o café pronto em cima da mesa da cozinha e fiz torradas e salada fruta para duas pessoas.
Eu comi e depois coloquei as torradas no microondas e a salada de frutas na geladeira, escrevi um bilhete dizendo onde estava a comida de Taeyong e deixei na bancada, e assim, saí de casa descendo as escadas ou invés de ir pelo elevador. Nós tínhamos apenas um carro então eu escolhi ir andando todos os dias para a creche já que não era tão longe, apenas alguns minutos de caminhada.
Assim que passei pelo portão fui cumprimentado pelos outros funcionários e caminhei para a minha sala, uma porta branca escrita com letras coloridas "Prof. Yoonoh", me sentei na minha cadeira e aproveitei os poucos minutos de puro silêncio até as crianças começarem a chegar.
Era uma sensação maravilhosa escutar o "bom dia, tio Jae" de cada pequeno serzinho que passava por aquela porta e vê-los se misturando naquela sala para pegar os brinquedos ou os papéis para pintar.
Uma moça bateu na porta, junto à ela estava um pequeno menino fofo de bochechas grandes e vermelhas e cabelo bagunçado, ele parecia triste.
— Bom dia, professor Yoonoh, hoje é o primeiro dia do meu filho — A mulher diz abrindo um sorriso e eu devolvi me levantando e indo até a porta.
— Pois seja bem vindo, pequeno, tenho certeza que as crianças vão adorar brincar com ele — Falo sorrindo para o menino e depois para a mãe dele — Pode deixar que eu vou cuidar dele muito bem.
— Disso eu não tenho dúvidas — Ela me olhou de cima a baixo e eu quis revirar os olhos mas me contive — Venho te buscar mais tarde, querido — Ela beija a testa da criança e sai andando pelo corredor.
— Então, qual o seu nome? — Pergunto me abaixando para ficar na altura do menino, ele me olhou e vi algumas lágrimas nos seus olhos — Por que está chorando? Não queria ficar aqui?
Ele ficou em silêncio e eu o levei para o meio da sala onde estava as outras crianças, algumas meninas se aproximaram perguntando se ele queria brincar de família mas ele ficou quieto e só andou até a mesinha onde ficava os papéis, giz de ceras, lápis de cores e outras coisas, ele se sentou ali e ficou rabiscando um papel até o horário de ir embora.
Aquele pequeno tinha chamado a minha atenção, não só pelo seu jeitinho mas seus traços me pareciam familiares, mas não conseguia me lembrar quem era a pessoa que parecia tanto com esse menino.
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Fanfic dedicada para:
A minha soulmante mais pitica do universo, Sah_rsouza ♡
E a minha fã 😔✋🏻, littl3_sun KKKKKK brincadeiras a parte, ela é minha seguidora fiel, I Love You <3
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WHITE TULIP // JaeWoo
Fanfic[💍] Jaehyun estava preso em um casamento horrível que não parecia ter conserto, em uma noite resolveu sair para escapar de mais uma discussão com o seu marido, e foi nessa noite que ele esbarrou no bar com Kim Jungwoo, o seu primeiro amor.