Bônus: Paris..

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Alexander Lightwood-Bane point of view

"Eu vejo o para sempre em seus olhos, eu me sinto bem quando vejo você sorrir.." — Dandelions (Ruth B.)

O céu estava quase totalmente escuro, quando chegamos em Paris, ou como dizem por aí, cidade da luz.

Estamos hospedados no The Peninsula, um dos hotéis cinco estrelas com vista para a Torre Eiffel, escolhido a dedo por Magnus, é claro. 

Ficava em uma ótima localização, as atrações próximas incluíam o Arco do Triunfo, Gallery-Musée Baccarat e La Tombe du Soldat Inconnu.

Eu já havia vindo até Paris quatro vezes em meus 425 anos, pela primeira vez com os Mikaelson, uma vez sozinho, onde morei aqui por alguns anos, e está sendo a segunda vez com Magnus. 

Na época em que eu vim sozinho, em 1800, digamos que eu não estava.. Muito bem psicologicamente. 

Foi aqui em Paris onde eu conheci o Theo, ele foi a última pessoa com quem eu me envolvi, antes de Magnus, aliás, Theo morreu no dia em que eu conheci Magnus, na caça aos vampiros.

Eu estava em uma fase ruim e ele me ajudou a sair dela, eu serei eternamente grato por isso, não éramos apaixonados e nem nada do tipo, vivíamos um tipo estranho de amizade colorida que durou por mais de 20 anos, ele era um bom vampiro. Quando eu decidi ir para Mystic Falls a pedido de Klaus em 1821, Theo foi comigo e bem, terminou do jeito que terminou.

Ele morreu nos meus braços, com uma estaca enfiada no coração.

No mesmo dia de sua morte, eu conheci a luz da minha vida, a razão do meu viver, a pessoa que eu sabia que era o que eu estava procurando há 200 anos e enfim, havia encontrado.

Quando os meus olhos pousaram em Magnus, nada e nem ninguém importava mais, todas as pessoas com que eu já tinha me envolvido antes, sumiram como pó e sombras na escuridão e apesar dele ter sido um vampiro nervosinho e mal agradecido naquele dia, eu sabia que ele era a minha metade.

E bem, eu não estava errado.

— Posso saber o que o meu delicioso marido está pensando? — Senti braços desnudos, molhados e fortes, me abraçarem por trás e um rosto afundando nas minhas costas, inalando o meu cheiro.

Virei-me e quase gemi com a deliciosa visão de Magnus nu, olhei por todo o seu corpo descaradamente. Não fazia nem uma hora que havíamos chegado no hotel, quando entramos na nossa suíte, Magnus disse que iria tomar um banho e eu fiquei divagando e perdido nos meus próprios pensamentos, enquanto eu olhava a vista na varanda.

— Eu estava lembrando da época que eu morei aqui em Paris e.. O que foi, amor? — Ergui as sobrancelhas e fiz uma expressão confusa, quando Magnus rapidamente fechou a cara e cobriu o seu corpo com um roupão, contive o impulso de protestar.

— Nada, fica aí com as suas lembranças de Paris, lembranças de uma época onde eu não existia e tinha um certo alguém na sua vida.  — Sentou-se na cama, cruzou os braços e fez bico.

Senti vontade de rir, mas me contive, eu tinha amor pela minha vida. Magnus sabia sobre o Theo, é claro que sabia, ele sabia sobre todos os acontecimentos da minha vida, antes de eu conhecê-lo.

Eternal Love  (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora