ele valia a pena (parte 2)

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— Posso perguntar o que você está fazendo da vida? — Jimin começou, curiosidade escapulindo de seus poros. Era o que ele mais queria saber, afinal, ninguém conseguiu achar as redes sociais do Jeon. — Esteve em Seoul por muito tempo?

— Sim e sim — ele respondeu. — Bem, depois que eu fui dispensado do exército sem nenhuma ligação ou mensagem do meu querido Park Jimin hyung — ergueu uma sobrancelha em direção ao mais velho, que fez um muxoxo em arrependimento e um pedido de desculpas. —, me mudei para Seoul a convite de um primo por parte de mãe. Yoongi hyung era tatuador e pretendia abrir um estúdio com seu amigo, Namjoon hyung e perguntou se eu queria me juntar a equipe.

— Você virou tatuador?! — Jimin arregalou os olhos.

— Não. Bem, ainda não — Jungkook sorriu. — Eles me ensinaram a aplicar piercings. E atualmente é isso que faço. Estou treinando para ser tatuador também, acho que me dou bem nos desenhos até. Então futuramente se você quiser ser minha primeira cobaia.

— Não te dou garantia de nada...

— Você deveria ter um pouco mais de confiança em mim, hyung!

Jimin apertou os olhos, uma duvida surgindo. — Por que de repente você está me chamando de hyung? Desde quando você é respeitoso assim?

Aquilo era verdade. Antigamente, Jungkook só chamava-o assim em outras ocasiões, é... Mais intimas, pode-se dizer. Era sempre Park pra lá ou Jimin pra cá. Jimin não se importava muito com isso, no entanto.

— Oh, está sentindo falta de como eu te chamava, Park? — um sorriso travesso cruzou o rosto de Jungkook e Jimin corou um pouco. — Acho que eu só acostumei por causa do Yoongi e do Namjoon hyung porque eles me batiam quando eu não os tratava com respeito...

— Você sempre gostou de ser um fora-da-lei. Falando nisso, por que parou de pintar o cabelo? Acabaram as cores?

— Na verdade, depois que saí do exército deixei ele crescer normalmente e não tive interesse em descolorir e pintar. Você quer que eu pinte? 

— Não me importo, você fica bonito de qualquer jeito.

Jimin falou como quem não quisesse nada, mas olhou de soslaio para o mais novo, reparando como ele ficara radiante com aquilo. Sentiu-se um pouco aliviado por isso. 

— Falando em beleza, devo dizer que fiquei supreso quando te vi — disse Jungkook.

— Me achou feio.

— Isso nem sequer é uma possibilidade — ele crispou os lábios em indignação. — O loiro caiu bem em você.

— Eu sei, né?! É como se eu tivesse nascido pra ser loiro! — Jimin abriu um sorriso orgulhoso, as bochechas apertando os olhos, formando risquinhos adoráveis demais para o mundo e para Jungkook, que riu junto com ele.

Eles conversaram um pouco mais, sobre como Jimin tinha saído da antiga casa porque seu pai precisou vendê-la para ir cuidar da própria mãe no interior de Busan há três anos e comprou um apartamento para o filho, mais próximo ao centro e da faculdade. Park Jimin contou sobre o estúdio de Lee Taemin, as crianças que eles dão aula e a inspiração para tal feito, já que sua própria mãe era professora de balé antes de adoecer. De alguma forma, Jimin quis dar continuidade ao sonho dela. Jungkook comentou que não era à toa que o Park era tão flexível, ganhando uma cotovelada dele.

Jimin perguntou sobre Hoseok e Jungkook fez uma cara engraçada quando falou que o amigo estava num período meio sabático.

— Quando Hobi hyung foi me visitar, ele acabou se apaixonando pelo Yoongi hyung a primeira vista. E tipo, Yoongi é arromantico e deu a opção a ele de fazerem sexo sem compromisso (por que isso sempre me rodeia, hein?). O tonto do Hobi aceitou e eles não duraram mais de dois meses porque, afinal, um tinha se apaixonado por uma pessoa impossível.

kerosene queen & matchstick king • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora