𝕤𝕚𝕩𝕥𝕪

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Novembro.
05/11/2030.
Sexta -feira.

— oque você era da minhas filha? - o homem que estava ao meu lado perguntou, enquanto eu encarava as duas dentro dos caixões. - sou o pai delas.

Soltei um suspiro olhando para o homem.

Akira: éramos amigas. - coloquei as mãos nos bolso olhando novamente para os caixões.

— que bom que elas tinha pelo menos uma amiga, fico feliz. - disse ajeitando sua gravata e eu assenti concordando.

Ele saiu junto com uma mulher e duas crianças.

Levei minha mão até o rosto da nix, tirando a mecha do seu cabelo que havia caído em seu rosto.

Akira: estou indo embora, um dia nos veremos novamente. Obrigada por estarem comigo até o fim. - sorrio colocando as mãos no bolso saindo do lugar onde estava acontecendo o velório.

Doi sempre ver as pessoas indo embora da sua vida, isso faz com que eu fique me perguntando quando que vai chegar minha hora.

eu tô vivendo no fundo do poço. Onde eu sempre vejo todas as pessoas na minha vida se afundar.

Olhei para o céu vendo tudo nublado, vai cair uma grande tempestade essa noite. Vou caminhando para o estacionamento onde eu tinha deixado o carro.

À uma rua antes do lugar onde era o velório, vi que tinha uma farmácia perto e fui em direção a ela. Entrei na farmácia indo até o caixa.

— boa tarde. - o homem do caixa me olhou.

Akira: remédios de dor de cabeça. - digo vendo ele ir procurar o remédio, soltei um suspiro. - quero um que tenha efeito fraco, por favor.

— assim não vai passar a dor de cabeça. - colocou duas caixas de remédios em cima do balcão.

Akira: remédios fortes me dá sono, e eu não quero dormir. - digo dando um sorriso fraco tirando o dinheiro do bolso lhe entregando.

— Ok, fique bem! Uma sacola? - perguntou e eu neguei.

Peguei o a caixa de comprimido e coloquei dentro do bolso do casaco que eu vestia.

Akira: Obrigada. - dei um aceno virando de costa indo embora.

— de nada! - escuto antes de sair da farmácia.

E de novo essa sensação de vazio, sem saber oque fazer. Começou a cair pingos de chuvas e todas as pessoas correndo, outras colocando suas mercadorias para dentro de seus mercados.

Sinto meu cabelo voar com o vento que batia, a brisa fria, pingos fortes batiam no meu rosto. A tempestade começou.

Vou caminhando calmamente até chegar no estacionamento, entrando no carro secando meu rosto todo molhado.

Peguei a caixa de comprimido abrindo ela tirando a cartela que havia dentro, peguei um comprimido e coloquei dentro da boca engolindo com ajuda da água que tinha dentro do carro.

Liguei o carro dando partida saindo do estacionamento, começei a andar sem rumo.

...

Estava com o carro estacionado em frente da casa da misaki, já era noite e ainda a tempestade se fazia presente no céu. Sai do carro trancando as portas.

Caminhei até a porta tocando a campainha,         que logo em seguida abriu.

— Akira?! - Misaki  havia atendido a porta. Ele estava me olhando assustado. - você está bem?

Akira: sim. - puxei todo o ar tentando respirar, meu nariz havia entupido por causa da minha gripe que piorou.

Cheguei perto dela abraçando a mesma que ficou assustada, deitei minha cabeça em seu ombro. Ela retribuiu o abraço passando a mão no meu cabelo molhado.

Misaki: o quê aconteçeu? - perguntou.

Akira: nix e moi morreram. Não quero conversar agora, tá bom?

Misaki: Ok.

Continua...



911 -  𝗍𝗈𝗄𝗒𝗈 𝖱𝖾𝗏𝖾𝗇𝗀𝖾𝗇𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora