𝕤𝕚𝕩𝕥𝕪- 𝕖𝕚𝕘𝕙𝕥

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Matt: todos nós esteve mandando cartas, você realmente não recebeu, Akira? - franziu o cenho.

Akira: às cartas... Eu nunca recebi nenhuma, a não ser da misaki. - minha cabeça começou a trabalhar, eles estavam mentindo ou realmente às cartas não tinha chegado em mim.

Emma: Draken, você mentiu! Sempre falando que tinha entregado às cartas, mas na verdade nunca entregou. - seus olhos se encheram de lágrimas, mordeu os lábios. - você mentiu!

Ela começou a chorar. Draken arregalou os olhos, seus olhos se encheram de lágrimas.

Draken: é claro que eu mandei, eu não menti! Eu nunca iria mentir pra vocês e nunca, nunca, deixaria um amigo na mão. - limpou seus olhos.

Emma: então, é verdade? - perguntou cessando o choro, ele assentiu dando um pequeno sorriso.

Eu continuava ali, parada. Alguém não deixou às cartas chegarem em mim, isso me destruía.

Sora: você está bem, né? Sabe que sempre seremos seus amigos. Mesmo você não querendo ser minha irmã. - limpou suas lágrimas que estavam no canto de seus olhos.

Hina: a gente não parou de pensar um dia sequer em você, você sempre vai e será nossa amiga. - deu um sorriso simpático e confortador.

Todos eles transmitiam sinceridade em seus olhos, eles estavam falando a verdade.

Meus olhos se encheu de lágrimas, mordi meu lábio inferior. Eu tinha que desabafar, pelo menos uma vez.

Akira: pessoal... obrigada. Mas, eu não estou bem. - os sorrisos que antes estavam em seus rostos, desapareceu.

Takemichi: como assim? Ei, estamos com você.

Akira: eu sei. Eu passei anos da minha vida escutando vozes, dos nossos pais, Sora. - olhei pra ele. - era como um gravador estragado, me dizendo toda vez nos meus sonhos pra mim me matar.

Comecei a tremer, lágrimas escorriam em meu rosto sem parar.

Akira: eu fui forte. Eu só quero paz. Eu perdi duas amigas que eu fiz, aos poucos eu tô perdendo tudo ao meu redor. - meu coração batia descontrolado. - eu carrego uma maldição nas costas, e tô perdendo tudo. Então, por favor! Fiquem longe de mim.

Todos estavam chorando.

Matt: para de falar isso, não é verdade. Você não vai fazer nada, não é? - perguntou tentando acreditar que eu não iria fazer tal coisa.

Akira: eu quero viver, mas ao mesmo tempo quero morrer. Eu quero a paz, e ela nunca chega pra mim. Vocês não entendem? Eu quero viver sem culpa, quero morrer pra encontrar a paz.

Sora: não! Para de falar isso! - seu desespero era nítido.

Akira: Sora, desculpa ter falado todas aquelas merdas pra você. Eu amo tanto você, vocês foram ótimos amigos.

Me virei de costa correndo com todas às forças que eu tinha. Meu peito subia e descia sem parar.

Hoje é meu aniversário de 26 anos, e eu quero terminar com isso, não quero presenciar mais essa data.

Então é por isso que eu vou cometer a coisa mais temida, o suicídio. Espero encontrar a paz aonde seja.

Corri por todas às ruas de Tokyo, chorava sem parar, meu coração explodindo dentro do meu peito.

Cheguei na ponte pênsil de Tokyo, fui pra ponta passando por de baixo das barras de ferros. Me segurando nelas, eu escutava gritos das pessoas que estavam passando por essa ponte.

Eu iria pular, eu quero.

- você realmente vai fazer isso?

Me assustei me virando rapidamente, ele estava ali mais sério que nunca, keisuke.

Akira: por favor vai embora, keisuke. - comecei a chorar mais ainda.

Ele caminhou calmamente se apoiando na barra de ferro, olhando para o horizonte.

Keisuke: me dói pensar em perder você, eu estava pensando em quão feliz você ia ficar assim que me visse chegar. Mas, eu te encontrei antes. - virou seu rosto me olhando, seus olhos marejados foi de partir o coração.

Keisuke: eu te amo tanto, e não conseguiria ver você partir. - limpou a lágrima que escorreu.

Akira: eu só tô cansada, de tudo. - comecei a controlar a minha respiração.

Keisuke: eu vou sempre estar com você, eu quero. - foi chegando lentamente até mim. - eu quero ter uma família com você, eu quero passar todos os natais com você. Eu quero ter filhos com você, Akira. - estendeu sua mão. - vamos superar tudo, só que juntos.

Eu agarrei sua mão, ele me ajudou a sair da beirada da ponte. Primeira vez eu estava sentindo uma pequena paz.

Ele colocou suas mãos em meu rosto aproximando seu rosto do meu, fazendo nossos rostos ficarem próximos.

Keisuke: eu amo você, verdadeiramente, completamente e honestamente. Eu amo você! - concordei assentindo várias vezes.

Meu mundo parou, não consegui ouvir mais nada, nem as vozes das pessoas. Ele... havia me beijado.

Eu... amo você, verdadeiramente, completamente e honestamente, keisuke.

Continua...

911 -  𝗍𝗈𝗄𝗒𝗈 𝖱𝖾𝗏𝖾𝗇𝗀𝖾𝗇𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora