PELO OLHAR DELA

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- olá a todas... me chamo Malú tenho 26 anos, sou modelo e mãe de um menininho lindo! Sou casada com Deni a mais ou menos 5 anos.

- e como você se sente sobre isso Malú?. A mulher pergunta.

- eu estou bem, eu acho que a vida se baseia nisso, nas fases, altos e baixos eu amo o meu marido sem dúvida quer dizer eu senti ciúmes do meu ex mesmo casada, eu acho que não poderia chamar de ex, nunca colocamos nome no que tínhamos, foi só uma noite até eu descobrir que ele estava com a outra namorada, mas essa superou bem soube que está casada e já tem dois filhos.

- e quanto a você?

- eu? Bem... o que eu poderia dizer de mim né, melhor impossível!

- eu sei Maria da Luz que não é fácil passar por um momento assim mas...

- Maria da Luz? Nossa! Não escuto esse nome a muito tempo, o padre da igreja onde eu morava me chamava assim, acho que vou visitar ele hoje tem tempo que não me confesso.

- tente não mudar de assunto está bem?

Fico em silêncio.

- o luto é algo difícil de lidar. Ela diz

- luto? Não estou de luto? Que isso! Meu marido só está. Ele só está.

- morrendo... ele está morrendo.

- é. Ele está morrendo. Digo com uma voz vaga.

- como foi saber da notícia?

Flashback:

Chego no hospital junto com minha mãe e Michael, Deni é levado direto pra sala de exames, fico agoniada sem notícias por 2 horas.

- Malú, calma!. Michael diz.

- a culpa é toda minha. Digo

- não Malú, não é.

- a culpa é toda minha. Repito.

- por que?

- os sinais, ele reclamava de dor de cabeça e eu nem fui correr atrás disso, tava me importando mais com você e suas namoradas do que com o meu marido e agora ele vai morrer.

Michael me abraça forte mas me solto dele e vou até minha mãe, eu não queria misturar as coisas.

Escutamos passos vindo em nossa direção, uma mulher baixa e gordinha de jaleco branco chega para nos dar uma ótima ruim... ou uma notícia boa.

- sou a doutora Rottman, sou a neurologista do hospital.

- o que houve com ele? Como ele está?

- ele ainda está sedado, fizemos alguns exames e o melhor a fazer é deixar ele descansar pra amanhã.

- o que tem amanhã?. Pergunto com um nó na garganta.

- acompanhem até minha sala.

●●●

Era fria, era gelada, tinha um ar de morte por toda a sala, eu estava aflita, a cara da médica não estava muito boa, ela pegou os exames de uma gaveta e as colocou na parede e começou a falar:

- isso é uma TC. Tomografia do crânio.

- você examinou a cabeça dele? Tem algo de errado?. Perguntei, Michael não tirava os olhos de mim, ele estava tão preocupado quanto eu.