— Isso é uma péssima ideia! — Isabelle levantou de seu lugar, em choque. — Daisy Mary Thomas, você não vai fazer isso.
— Vou sim. — Isy prendeu seu precioso colar, tocando no pingente de flor e lembrando instantaneamente do dia que o ganhou, um presente do amigo que não parava de povoar seus pensamentos.
— Isy, vamos com calma, que tal repensar e...
— Qual o problema, hein? Está parecendo a Agatha com aquela conversa esquisita. Não me diga que pensa igual?
— Sim, penso exatamente igual. Precisa tomar cuidado para não se machucar. — A loira deu alguns passos em direção a amiga. — Espere o Nathan falar com você, o que acha?
— Não quero esperar. — Balançou a cabeça. — Qual o problema de dizer a ele o que sinto?
— Por que é ele quem precisa tomar a iniciativa, imagina quão ferida vai sair disso se for rejeitada? — Isabelle segurou os ombros da moça tão querida para ela.
— Isso é bobagem, não vai ser assim. — Abanou a mão no ar.
— Está bem, vamos imaginar que ele diga que sente o mesmo, que tipo de homem é esse que não tem coragem de expor seus sentimentos e lhe propor um compromisso? E pelo que eu conheço do príncipe, covardia não parece ser o caso dele, ou estou enganada?
— É claro que não. — Daisy abaixou o olhar por um segundo. — Ele pode não saber como dizer.
Belle soltou o ar, pensando como persuadir a amiga cega pela paixão.
— Ouça-me, Isy, sabe que te amo e não te pediria para desistir disso se fosse algo bom.
A lady ergueu a cabeça, encontrando os olhos desesperados da amiga.
— Tenho que ir. — Afastou-se, caminhando até a porta do quarto.
— Pelo amor de Deus, o que está acontecendo com você? — Ficou entre ela e a saída. — Por favor...
— Já tomei uma decisão, pode aceitar e me deixar em paz? — Desviou da loira e deixou o cômodo.
— Ah, meu Deus, tenha piedade. — Belle suspirou, seguindo a moça para fora da casa.
A loira passou pela amiga e foi embora, orando para que nada do que sua mente imaginara se tornasse real.
— Por que elas tem que ser tão exageradas? — Daisy se perguntou, o olhar perdido nas árvores que passavam do lado de fora da carruagem. — Vai dar certo.
Foi o caminho inteiro repassando o que queria dizer, mas duvidava que lembrasse de tudo na hora.
Desceu no Palácio e logo estava seguindo pelos corredores estranhamente longos naquela ocasião.
— Pode entrar. — Ouviu, após dar algumas batidas na porta do escritório de Nathan. Adentrou o cômodo. — Ah, oi, Isy! Não esperava te ver.
— É, quis fazer uma surpresa. — Ela riu, tentando não ficar nervosa. — Está muito ocupado?
— Um pouco. — Fez uma careta. — É urgente?
Analisou o caso. Se não falasse naquela ocasião, provavelmente não teria mais coragem.
— Sim, é urgente.
— Então sente-se e me conte. — Indicou a cadeira a sua frente.
— Pode não ser assim? Parece que quero tratar de negócios — brincou.
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Amor, coroas e papel
Spiritual"Série Redenção: Livro 2" De coisas quebradas pode vir algo muito bom. A vida do príncipe Nathan mudou completamente e agora ele precisa se adaptar ao título de rei de Salun. Enquanto cresce no Caminho do Senhor, o rapaz lida com as responsabilidade...