— A Daisy vai ficar muito feliz em te ver. — Dora sorriu para Nathan. — Ela já estava sentindo sua falta.
O rapaz desviou a atenção da gata bem acomodada em seu colo e encarou a senhora.
— Foram só alguns meses, não é para tanto. — Deu de ombros. — Mas vindo da Isy, não me surpreendo, ela é um pouco sentimental demais.
— E você é o completo oposto, não sei como se aguentam. — Dora riu.
— Até hoje eu tento entender, porém acho que é o tempo de convívio. Praticamente fomos criados juntos, o que nos obrigou pouco a pouco a se acostumar com as diferenças. É mais ou menos isso que acontece com os irmãos, não é? Aprendem a se tolerar. — Sorriu, lembrando de Eleanor.
A senhora assentiu.
— Vai deixar ela dormir a manhã inteira? — Nathan olhou as horas.
— Está com pressa?
— Não, não é isso. Só não entendo como as pessoas conseguem dormir tanto.
— Dê um desconto, ela mal dormiu a noite. — A mulher se levantou, chamando o príncipe para lhe seguir.
— Está tão mal assim? — Nathan franziu a testa, começando a se preocupar com a amiga.
— É um resfriado forte, disse que ela não devia sair sem casaco, mas conhece aquela teimosa.
Os dois passaram na cozinha e Dora arrumou uma bandeja com o café da manhã da lady, seguindo para o quarto dela em seguida, com o rapaz em seu encalço.
Uma sequência de espirros lhes revelou que a moça já estava acordada.
— Isy querida, posso entrar?
— Pode. — Uma voz rouca respondeu.
— Eu trouxe alguém que quer te ver. — A mulher entrou no quarto, seguida por Nathan.
— Hyeon! — Daisy arregalou os olhos.
Sem pensar duas vezes, a moça se cobriu completamente, envergonhada pelos cabelos bagunçados e nariz vermelho.
— Pare de drama, já te vi pior — ele brincou, se aproximando da cama, mas ela não se moveu. — Vamos lá, Isy, eu vim para ver você, não um lençol.
— Eu estou horrível — resmungou, abaixando o tecido de forma lenta.
— É, não dá para negar. — Ele apertou os lábios, contendo o riso.
— Veio zombar de mim? — O rosto dela começou a esquentar.
— Estou brincando, você sabe.
— Só te perdoo por que estava com saudades. — Retornou a seu humor habitual, sorrindo para o rapaz. — Deixa eu te dar um abraço.
Nathan se aproximou mais, a contragosto, permitindo que lhe apertasse por alguns segundos.
— Foram meses muito chatos sem sua presença — ela confessou quando se afastaram. — Sentiu saudades também?
— Nem tive tempo de pensar em nada, só queria fazer tudo certo. — Deu de ombros, se acomodando em uma poltrona.
— Ah. — A moça murchou, encarando as mãos.
— Mas — Nathan percebeu e tratou de melhorar a situação —, fiquei imaginando que você iria amar Dalius. É muito bonito e tem flores por todo canto. Até trouxe uma para sua coleção.
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Amor, coroas e papel
Spiritual"Série Redenção: Livro 2" De coisas quebradas pode vir algo muito bom. A vida do príncipe Nathan mudou completamente e agora ele precisa se adaptar ao título de rei de Salun. Enquanto cresce no Caminho do Senhor, o rapaz lida com as responsabilidade...