Jordan
- Jordan? - Daphne pergunta surpresa.
- Solta ela. - peço friamente a Mason.
- E se eu não soltar? - Mason pergunta sorrindo perversamente. Dou um passo a frente fazendo com que Daphne fique encostada em meu peito. Sinto o calor dela. Sinto ela tremendo. Aquilo para mim basta. Mason é um ano mais velho do que eu, mas sou uns bons quinze centímetros maior que ele.
- Se não a soltar, bom, isso está fora de questão. Vou fazer com que solte. Por bem ou por mal. - digo olhando nos olhos dele. Ele a solta e eu puxo ela para trás de mim. - Se você tocar nela novamente, se falar, pensar ou simplesmente sonhar, eu acabo com você, Mason. Você não me conhece, mas, saiba que eu conheço você. Conheço tipos como você. Meu último aviso, fique longe dela, ou coisas ruins acontecerão a você. - o ameaço. Viro as costas e pego na mão de Daphne. Ela estava tremendo, com a roupa suja de bebida. - Vamos! - digo suavemente a ela, que concorda com a cabeça.
- Vai! Pode ir mesmo! Eu não gosto de você, Daphne. Você é muito mimada, filhinha de papai! Tudo cor de rosa na sua vida. Pode ir! Arrumo mulheres de verdade. - Mason grita debochado. Olho para Daphne, ela está com os olhos arregalados de vergonha e decepção. Nem dou por mim, quando me viro e dou um soco na cara de Mason. Ele cai no chão, desorientado.
- Eu avisei, Mason. Não é para falar com ela. Coisas ruins iriam começar a acontecer. - digo friamente olhando para ele que está rolando na grama. O olho esquerdo dele está fechado com sangue escorrendo. Não me importo. Ele merece! Pego na mão de Daphne e a levo até o carro de nosso avô, Lorenzo. A coloco no carro e a tiro dali.
- Como? - ela sussurra quando paro em um semáforo.
- Como o que? - pergunto olhando para ela que treme. Tiro meu casaco e dou a ela que veste.
- Obrigada. Como veio parar aqui em Cambridge? Como soube que eu estava aqui? Como? - ela pergunta curiosa.
- Bom, eu vim de trem. Quando acordei hoje, por volta das uma da tarde. Desci e fui falar com minha mãe. Perguntei por você e ela disse que já havia vindo para cá. Então eu falei para ela que viria também. Estava com uma sensação muito ruim. Então, peguei o trem das duas e vim. Cheguei as cinco. Você estava fora. Graças a Deus! Quando chegou em casa para tomar banho e se arrumar, eu estava em meu quatro, tomando banho e me arrumando. Por isso os nossos avós estavam estranhos. - respondo com um sorriso, colocando o carro em movimento novamente.
- Entendi. Agora entendi porque eles estavam estranhos. Mas, como sabia onde eu estava? - ela pergunta com uma sobrancelha erguida. Sério, como ela consegue?
- Mandei mensagem para Evie e Izzy. Elas sabiam e me ajudaram a entrar. Mas, elas se atrasaram um pouco porque George estava atrasado. Vim seguindo o carro deles. Quando cheguei, vi Mason com aquela garota. Eu ia dar uma surra nele, mas, você apareceu. E viu. E aquilo partiu meu coração. Então, ele agarrou seu braço e aquilo eu não suportei. Ninguém toca assim em você, Daph. Você é perfeita. Incrível! Tinha que ser tratada como uma princesa. - respondo apertando o volante com tanta força, que os nós dos meus dedos ficam brancos.
- Eu odeio ele. Odeio ele com todas as minhas forças. - ela fala com lágrimas nos olhos.
- Eu vou acabar com a vida dele. Eu juro. - prometo a ela.
- Como? - ela pergunta.
- Ele está fazendo estágio de engenharia em um lugar que o dono é amigo do meu pai. Vou pedir a ele para falar com o cara. Notícias assim correm, Daph. Mas, vou falar para ele não falar que você foi traída, vou pedir para falar que o Mason não é confiável e que está andando com um pessoal de péssima índole. - falo olhando para ela.
- Obrigada, Jordan. Não sei o que faria se você não estivesse aqui. - ela fala chorando. Paro o carro e puxo ela para um abraço.
- Pode chorar, Daph. É bom desabafar. - digo alisando os cabelos dela. Depois de uns vinte minutos ela para de chorar e me olha com os olhos vermelhos.
- Quero ir embora. - ela pede.
- Claro. Já volto a dirigir. - digo pegando o volante.
- Não. Quero ir embora da cidade. Hoje! Quero voltar para casa. - ela pede fungando.
- Tá bom. Iremos sim. Iremos embora. - digo voltando a dirigir. Encosto em frente a casa de nossos avós. Desço e a ajudo a descer. Entramos. Nossos avós estavam na sala.
- O que houve? - vovó pergunta séria. Conto tudo a eles e falo que vamos embora ainda hoje. Subimos e enquanto Daph toma um banho e troca de roupa, junto minha mala e a dela. Vovô e eu colocamos no carro e saímos novamente. Eles nos levam para a estação de trem e saímos no trem das dez horas.
Mandei mensagem para meu pai para ir nos buscar na estação às uma da manhã.
- Amanhã vai ter uma confraternização da Universidade. Você quer ir comigo? - pergunto a Daphne, quando descemos na estação. Ela olha para mim com os olhos meio confusos. Ela veio dormindo a viagem toda.
- Meu pai me falou mesmo. Acho que não vou. - ela fala suspirando.
- Por favor. Vem comigo. - peço a ela, com um sorriso.
- Está bom, Roberts. Eu vou. - ela fala. Meu pai estava parado junto com tio Ren na calçada. Entramos no carro do meu pai e vamos para casa. Desço e Ren e Daphne se despedem de nós, entrando no carro do pai dela. Ela promete me ligar assim que chegar em casa.
- Fez bem, Jordan. - meu pai fala assim que entramos para dentro de casa e trancamos.
- Obrigado, pai. - respondo cansado.
- Sua mãe me contou a conversa que tiveram. - meu pai fala com um sorriso.
- Aí, pai. Ela contou? - pergunto envergonhado.
- Sim. Contou. Então, você está gostando da Daphne? - ele pergunta direto.
- Acho que sim, pai. - respondo com um sorriso encabulado.
- Trate ela bem. - meu pai avisa.
- Pai, se ela quiser ficar comigo, vou tratar ela como a princesa que ela é. - digo olhando para ele.
- Perfeito! - ele responde com um sorriso. Me despeço dele e subo para meu quarto. Na conversa que tive com minha mãe, Emma, e Ben, contei a eles que acho que estou me apaixonando perdidamente e profundamente por Daphne. Eles riram e falaram que já sabia. Que só eu não sabia. Entro em meu quarto, tomo um banho, ponho uma roupa confortável e me jogo na cama. Espero Daphne me avisar que chegou, desejo uma boa noite a ela e durmo profundamente.
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Forever
Teen FictionJordan James Roberts, é o filho mais velho de quatro irmãos. Quaterback do time de futebol americano, um dos componentes do time de natação e um bom aluno na escola. Não que ele passe o tempo todo estudando, mas, consegue se sair bem nas matérias, a...