Forever

Família

Jordan

Sentado na cama dela, no quarto dela, no apartamento dela, na cidade dela, Jordan soube que era o homem mais feliz do mundo. Não por estar ali, mas, por estar vivo. O que significava que ele poderia estar ao lado dela. Daphne Anika Saito. Agora Roberts. O pouco tempo em que ficaram separados, foi como uma escuridão que assola uma cidade, então quando foi convidado para dar uma palestra na Universidade dela, ele soube que o destino estava dando uma chance para ele e ele não iria desperdiça-lá. Não novamente. Quando ela aceitou o seu pedido de casamento, e de Ethan, ele foi a pessoa mais feliz no mundo. No universo. Tinha plena consciência disso. E agora, vinha a parte mais difícil: contar para os pais deles, mais precisamente, as mães deles.
- Sabe que estamos em uma encrenca, não é? - Jordan fala a Daphne depois de terem feito amor, na noite passada.
- Por que? - ela pergunta sonolenta.
- Temos que contar as nossas mães. - respondo com um sorriso.
- Uma fera de cada vez. - ela responde já cochilando. E agora, neste exato momento, ela estava contando aos pais e pedindo para não contarem aos Roberts. Pelo menos, por enquanto. Jordan queria contar. Era algo importante para ele. Levou tempo demais. Escuto ela voltando e me levanto ansioso.
- Como foi? - pergunto curioso.
- Minha mãe surtou! Ela já está querendo fazer as listas de tudo! Melhor contar logo para sua mãe! - ela aconselha rindo.
- Já vou ligar para ela. - digo pegando meu celular e discando.
- Oi, meu filho. Como está? - minha mãe me cumprimenta.
- Oi, mãe. Muito bem e a senhora? - pergunto.
- Estou bem. Seu pai e eu estamos nos arrumando para sair. - ela fala calmamente.
- Ah sim. Antes de ir, chama o papai e coloca no viva-voz. - peço ansioso.
- Por que? Aconteceu algo? - ela pergunta preocupada.
- Só faz isso, mamãe. Por favor. - digo olhando para Daph, que estava com um sorriso.
- Pronto. - minha mãe fala.
- Oi, filhão. - meu pai cumprimenta do outro lado.
- Oi, pai. Tenho que contar uma coisa a vocês. Esperem até eu acabar de falar. Bom, Ethan e eu não estamos na Inglaterra. Estamos aqui em Los Angeles. Sim, pelo o que estão pensando. Neste exato momento estamos no apartamento da Daph. E ontem a noite pedi ela em casamento e, acreditem ou não, ela aceitou. - concluo rapidamente.
- Aí meu Deus! Jordan! Meus parabéns! Meu menininho vai se casar, Aaron. Temos que organizar tudo! - minha mãe fala enquanto meu pai ri.
- Meus parabéns, JJ. Fico muito feliz por vocês. Dê meus parabéns a Daphne também. Até que enfim, hein? Depois de tanto tempo. - meu pai fala calmamente.
- Sim, pai. Finalmente tudo está entrando nos eixos. - digo com um sorriso.
- Finalmente! Vou desligar, Jordan. Preciso falar com Scar agora! Mas, meus parabéns! - minha mãe fala.
- Obrigado, mamãe! Daph já contou a ela. Tchau, mãe. Tchau, pai. Amo vocês! - me despeço.
- Também te amamos! - meu pai fala. Desligo e puxo minha futura esposa para um beijo.
- É! Não foi tão ruim assim. - falo ainda com meus braços ao redor dela.
- Não tanto quanto esperávamos. - ela fala e me dá um beijo apaixonado.
- Eu te amo! - digo com um sorriso.
- Também te amo! - ela responde com um sorriso.
- Obrigada por existir! - sussurro a beijando.
- Tenho que te contar uma coisa. - ela fala sorrindo ainda mais.
- O que? - pergunto curioso.
- Senta, por favor. - ela fala me empurrando para sentar na cama. Sento na beirada e a puxo para sentar ao meu lado. Mas, se levanta. - Vou chamar o Ethan. É importante para ele também.
- Estou ansioso. - digo enquanto ela volta com meu filho e põe ele sentado ao meu lado.
- Bom, tenho uma coisa para contar a vocês. - Daph fala parada a nossa frente.
- Conta!!! - Ethan pede animado.
- Estou grávida! - mal espero ela parar de falar e já a puxo para um beijo enquanto a rodo no ar.
- Aí meu Deus! Isso é maravilhoso! - digo extremamente feliz.
- Vou ter um irmãozinho? - Ethan pergunta com os olhos cheios de lágrimas.
- Sim! - Daphne responde também com os olhos cheios de lágrimas. Puxamos meu filho para o abraço e ele começa a soluçar.
- Isso é muito bom! - Ethan responde secando os olhos. - Eu te amo, mamãe Daph. - ele fala e sinto Daphne enrijecer e mais lágrimas escorrerem dos seus olhos. Quando a olho, ela está com o maior sorriso do mundo.
- Eu também te amo, meu filhinho Ethan. - ela responde e agora sou eu que estou chorando bastante.
Quando todos enfim pararam de chorar, saímos para tomar café da manhã. Daph contou que desde quando estava no Maine, estava se sentindo meio mal, então foi fazer o exame, que ficou pronto hoje de manhã, antes de ligar para nossos pais.
- Uma notícia de cada vez. - falo tomando um gole de café. Fomos a uma IHOP.
- Sabiam que essa é a primeira IHOP? Foi inaugurada em 1958. - Daphne conta alegremente.
- Uau! Que incrível! - meu filho fala.
- Estava pensando, se for menino, quero que chame Atlas. - Daph diz.
- Atlas? - pergunto olhando para ela.
- Sim. Li É Assim Que Acaba e sabia que quando tivesse um filho, iria se chamar Atlas. - ela responde com um sorriso.
- Está bem. Atlas. E se for menina, quero que se chame Lydia. - digo olhando para Ethan.
- Igual de Teen Wolf?! - Ethan pergunta empolgado.
- Exatamente! - digo com um sorriso e Daph sorri animada também.

Alguns meses depois...

Atlas veio ao mundo no dia 18 de maio, às quatro e quarenta e três da tarde, numa quinta-feira chuvosa. Ele nasceu no Maine, assim como o irmão mais velho. Fiquei ao lado da Daphne o tempo todo durante a gravidez. Ela ficou dois meses só em Los Angeles, antes de decidir se mudar para Inglaterra e ir morar comigo e Ethan. Ela conseguiu um emprego na mesma Universidade que eu e quando estávamos no final da gestação, pedimos um afastamento e viemos para o Maine. Ethan ficou com a senhora Elizabeth até uma semana antes de Atlas nascer. Não nos casamos ainda, pois com tanta coisa nova, esperamos o bebê nascer antes.
- Ele é sua cara. - Daph fala com o bebê nos braços. Ela está no quarto já, com o pequeno Atlas no colo, que está dormindo a sono solto.
- Posso pegar ele um pouco? - pergunto com o coração explodindo de felicidade.
- Claro que sim. - ela responde e me entrega nosso filho.
- Oi, meu amor. É o papai. Seja bem-vindo ao mundo Atlas Corrigan Roberts! - digo olhando para aquela coisinha tão pequena, mas que era responsável por tanto amor. Atlas tinha o meu cabelo preto e os olhos azuis de Daph. De acordo com ela, nosso filho era realmente parecido com o Atlas Corrigan mesmo.
Ethan estava ao meu lado e com os olhos brilhando de emoção. O ajudo a segurar o irmão e ver meus dois filhos juntos, é uma sensação indescritível. Eu os amo tanto.
- Eu te amo, Atlas. Prometo que vou sempre cuidar de você. - ouço Ethan sussurrar para o irmão e dar um beijo em sua testa. Olho para Daph, que está chorando com um sorriso.

Dois dias depois disso, estou com Daph, Ethan e Atlas no carro, indo para a casa dos meus pais, onde todos nos esperam. Está tocando Only Love Can Hurt Like This da Paloma Faith no rádio e Daph está cantando baixinho.
- Eu te amo. - digo apertando sua mão.
- Também te amo! Muitão! - ela responde com um sorriso travesso. Estaciono e corro abrir a porta de Daph. Ajudo ela a descer e depois vou pegar o pequeno Atlas. Ethan está de mãos dadas com Daphne quando subimos a escada e abro a porta.
- Oi, meu filho. Que lindo o pequeno Atlas. - minha mãe fala carinhando a bochecha do meu filho mais novo.
- Oi. - Daphne cumprimenta minha mãe, meu pai e os pais dela.
- Oi, minha filha. Você está linda. - a Sra. Saito senta ao lado da filha. Meu pai e o Sr. Saito cumprimentam Daph e Ethan, e vão para o meu lado. Me sento no sofá ao lado da minha futura esposa e Ethan ao meu lado. Passamos a tarde toda com nossa família e depois de jantarmos, coloquei Atlas para dormir. Ethan e Daphne estavam comigo. Estava tudo perfeito.

Oi, meus amores.
Espero que gostem. Eu amei.
Beijos,
Jeice Dias.