Capítulo 21- Pensamentos positivos.

1.3K 144 13
                                    

THOMAS

─ Você é um idiota.- Stella sussurrou em meus ouvidos, após se jogar em meus braços com um alívio bem evidente no tom. A sensação de tê-la comigo foi a melhor coisa que senti naquela noite agitada; ela é a melhor coisa que aconteceu comigo nesse lugar.

Enterrei o meu rosto em seu pescoço, esbouçando um sorriso inevitável nos meus lábios. Eu podia sentir seu coração pulsando tão agitado quanto o meu. Ela se preocupou comigo. Assim como eu me preocupei ao vê-la correndo para dentro deste lugar. Mesmo que ainda estejamos presos, eu podia me sentir mais aliviado por saber que agora- mesmo que temporariamente- ela estaria segura.

Uma tosse forçada me faz abrir e arregalar os olhos. Minho nos observava de braços cruzados e com um sorriso debochado no rosto.

─ Não quero atrapalhar o momento, mas, acho melhor continuar.

Sem jeito, Stella saiu do meu colo com as bochechas ruborizadas; eu não estava diferente. Ainda assim eu não conseguia tirar os sorriso bobo do rosto. Sim, eu sou um trouxa por ela!!

Me levantei ao mesmo tempo que ela, mas diferente de mim, Stella caiu novamente soltando um pequeno gemido de dor que me fez ficar alarmado.

─ Stella! Ta tudo bem?- me agachei rapidamente ao seu lado. Ela olhava para o pé com uma mistura de expressões de dor e confusão.

─ O meu tornozelo, dói um pouco.- murmurou fazendo outra careta. Minho pegou seu pé após indicar qual seria. Ele tirou o sapato com cuidado, fazendo logo em seguida alguns movimentos na articulação. Eu observava a situação um pouco apreensivo.

─ Acho que você torceu o tornozelo.- Minho constatou, averiguando-a de forma desagradável, considerando as caras e bocas que ela fazia.- Mas não deve ter sido tão grave, se julgar pela média de sua careta.- Minho lançou um olhar de soslaio a ela, enquanto ela mudava sua expressão para uma de tédio. Sorri anasalado com a interação dos dois, mas ainda estava preocupado.- Acha que consegue andar? Ou a princesa precisa ser carregada?

─ Trolho idiota!- resmungou, enquanto ele ria.- Posso tentar.- Minho logo pôs o sapato de volta, dando sua mão em ajuda no levantar. Dei uma força, segurando-a pela cintura e lhe dando apoio quando se colocou de pé.

─ Se não conseguir, eu posso carregar você.- sugeri com relutância. Embora gostasse de tê-la por perto, tudo o que eu queria é que ficasse bem e não se sentisse desconfortável. Ela assentiu e eu não hesitei nem mais um segundo, pegando-a em meus braços com facilidade.

Stella pareceu meio tensa no começo, mas relaxou aos poucos, passando o seu braço ao redor do meu pescoço; isso me deixou um pouco mais aliviado.

STELLA

Seguimos pelo Labirinto em uma provável direção que o Alby foi deixado. Eu não sabia ao certo se estávamos longe ou perto, sei que corremos bastante e talvez tenhamos que pegar outro caminho, já que a área de onde viemos se fechou- eu realmente não sei o que tô dizendo, só queria fingir que sei de alguma coisa desse lugar.

E o horário. Parece que já se passou tempo de mais, mas também não faço ideia se já passamos da meia noite. Durante todo o trajeto, eu mantinha os olhos no Minho, que seguia na frente; queria evitar olhar para o Thomas, pois não queria cair de seus braços com um dos meu ataques de pânico- seu rosto estava muito próximo.

Em determinado ponto, o balançar da caminhada parecia arrebatador. Foi difícil manter os olhos abertos.

Questionei sobre como seria se outro Verdugo surgisse ao nosso encontro; eu nunca conseguiria escapar, caso acontecesse. Mas ao menos eu seria um sacrifício enquanto eles corriam para se salvar. Pensamentos positivos ótimos.

The Maze: A Single GoalOnde histórias criam vida. Descubra agora