Capítulo 24- Um Idiota.

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Deixei as moletas caíram com o susto repentino.

Ouvir a voz do Thomas poderia ser considerado um alívio para mim, pois significaria que eu não estava sozinha, correndo o risco de encontrar outro Clareano psicopata; mas na realidade eu senti o completo oposto disso. Meu coração passou a dar batidas rápidas no peito, e eu pude sentir uma onda eletrizante me percorrendo por conta de um simples e bendito sussurro. Engoli seco pensando que na verdade não era tão simples assim.

Eu podia até sentir suas respiração quente na ninha nunca.

Eu não soube como reagir a tudo isso, muito menos sabia distinguir se era bom ou ruim. Não faz tantas horas assim que eu percebi os meus sentimentos por ele, e agora, quis correr sim dali, com medo desse sentimento, mas ao mesmo tempo não queria. E tudo só piorou quando me vi de frente a ele, me perdendo nos olhos mais fascinantes que eu já vi; eles tinham aquele mesmo brilho da primeira noite, quando enfim criei coragem para falar; quando o conheci como o verdadeiro Thomas.

─ Acho que deixei a garota faladora sem palavras.

─ Thom!- o repreendi quando enfim recuperei meu raciocínio.- V-você... você me assustou.- gaguejei? Gaguejei. Mas seria impossível falar corretamente assim; desviei o olhar.

Me senti estranhamente intimidade e sem jeito. Ele deu uma leve risada fazendo-me olha-lo novamente.

─ Desculpa. Só não queria que você corresse assustada, ou que caísse de repente.- murmurou fazendo-me lembrar do seu primeiro dia.- Você é famosa por isso. E eu descobri da melhor forma.- perdi tudo enquanto encarava aquele sorriso tão lindo a minha frente; já disse que eu poderia ficar admirando essa maravilha por horas sem sessar?- Alias, o que ta fazendo aqui na floresta?

─ Er... eu queria falar com você.

─ Deixa eu adivinhar...- Thomas fitou o alto como se pensasse muito bem para adivinhar a resposta certeira.- É sobre o Labirinto?- me olhou com o mesmo olhar. Mordi os lábios antes de espreme-los em um sorriso reto, fitando sua camiseta azul desbotada.- Hum... E por que você acha que as respostas de que precisamos estão lá?

─ Tenho meus motivos para acreditar nisso.- sorri sabendo que ele é o motivo.- E que a nossa saída existe, de verdade.- Thom franziu as sobrancelhas com minha última fala.

─ Quer dizer que ela não existe?

Opa, pera, eu disse isso??

─ Eu não disse isso!!- rebato meio nervosa. Óbvio que o Thomas era inteligente de mais para acreditar. Se Minho descobre, ele me corre atrás.

─ Não com essas palavras.- ele riu humorado. Ele ta mesmo achando graça do meu desespero momentâneo??

─ Olha esquece o que eu disse, ta legal?! O Verdugo que você matou, é isso que você pretende ver não é? Com certeza deve haver algo nele.- falo pensativa. Na minha cabeça tudo fazia total sentido, só não sei como.

─ Bem, esse é meu plano.- disse ele.- Mas se você diz que não tem uma saída, então porquê está tão convencida disso?- seu sorriso zombeteiro voltou me fazendo crer que sua pergunta não passava de uma provocação.

─ Thomas!!- dei um tapa leve em seu ombro o que quase nos desequilibra, já que ele deu um pequeno passo para trás; devo destacar que suas mãos ainda estavam em volta da minha cintura,

Ele nunca me soltou, pois eu não conseguiria me equilibrar. O que era bom e bom, já que eu gosto e eu tô apoiada num pé só.

E daí se eu tô me aproveitando da situação?! Se fosse tu faria o mesmo!!

The Maze: A Single GoalOnde histórias criam vida. Descubra agora