Passou-se algum tempo até alguns garotos virem nos tirar do amansador. Um deles segurou os meus braços juntos atrás das costas e um outro fez o mesmo com Teresa. Thomas foi carregado por dois deles, sendo praticamente arrastado no chão.
A medida que nos aproximamos do portão, avistei três toras grossas fincadas frente ao Labirinto. O que me faz perguntar mentalmente o que o plong do Gally estaria aprontando.
Os dois rapazes jogaram Thomas no chão. Teresa e eu posicionadas próxima as estacas, deixando a do meio vaga.
─ Que desperdício!- retrucou Gally me fazendo revirar os olhos.
─ O que você está fazendo é um erro.- me pronuncio calmamente, ele me encara sem nenhuma expressão, sustento o seu olhar sem medo algum. Por que eu teria?
─ Gally, acha mesmo que isso é o certo?- Winston se pronunciou. Pelo menos alguém aqui tem noção da tamanha burrice.
─ É... se eles estiverem certos, talvez possa levar a gente pra casa...- completou Caçarola.
─ Já estamos em casa...- Gally comentou sem desviar o olhar até agora. Eu sabia que ele gostava desse lugar, mas não a esse ponto.- Eu não quero mais ter que riscar nenhum nome naquele muro...
─ Nem vai precisar. Com o tanto de mortes que vai ter, suas mãos vão cansar antes do primeiro momento.- falei firmemente com um certo tom de ironia na voz. O garoto me encarou com o semblante irritado.- Isso aqui não é a nossa casa, Gally. Nós fomos usados e jogados aqui como ratos de laboratório pelos Criadores. Eles irão continuar mandado Verdugos para pegar cada Clareano, um por um.- sussurrei para que somente ele pudesse ouvir. Senti o Clareano que me segurava estremecer.
─ Acha mesmo que nos banir vai resolver alguma coisa?- indagou Teresa do outro lado. Nesse momento, Gally esboçou um sorriso de canto que me fez sentir um certo receio.
─ Quem foi que falou em banir vocês?- perguntou irônico.- Isso aqui é uma oferenda.- declarou como se não fosse nada de mais. Os garotos começaram a nos amarrar nas estacas com pressa, como se aquela fala fosse a ordem dele.
─ O que?? Pera aí... Gally, o que está fazendo?- Teresa o questionou quase entrando em pânico.
─ Acha mesmo que eu ia jogar você e o Thomas no Labirinto depois do quê aconteceu?!- bradou ele.
─ Você é um maluco!!- exclamei irradiando desprezo. Gally nem ao menos se importou, continuou com o blá blá blá. Sem pensar muito, meu pé se chocou contra o estômago do garoto; quando vi, ele já estava no chão se contorcendo enquanto eu o encarava boquiaberta pelo que fiz.
─ Olhem em volta, tudo que construímos foi destruído!! Essa é a única forma. E quando os Verdugos pegarem o que vieram buscar, tudo vai voltar a ser como antes!- paparicou a galinha, sem notar o que fiz.
─ Não escutem ele! Acham mesmo que esse lugar vai voltar a ser como antes?! Os verdugos vão continuar atacando esse lugar até não sobrar um clareano pra contar a história!!- retrucou Teresa.- Vocês ouviram ele, ele é louco!!
─ Gally, me escuta.- supliquei, apelando ao lado emocional, se é que isso existe naquela cuca.- Isso não vai adiantar. Os portões continuarão abertos e os Verdugos irão voltar. Oferenda não irá adiantar coisa nenhuma. Deixa de ser idiota e põe essa cabeça de Mértila pra funcionar ao menos uma única vez!!
─ Cale a boca!!- sua explosão repentina me fez esquivar com o espanto.- Amarrem ele!- ordenou aos outros dois, mas os garotos não se moveram.
─ Não obedeçam, seus idiotas!! Não percebem que ele não bate bem da cabeça??- falei a eles. Sem aviso, Gally avançou em minha direção e agarrou meu pescoço, deixando comprovado; meu pescoço é um imã para as mãos dos Clareanos!!
─ Se você não calar a boca, eu mesmo vou ter o prazer de tirar a sua vida!
─ Você não seria capaz!- ele apertou minha garganta, não me permitindo dizer uma só palavra.
─ Gally, você vai matar ela!!- eu não sabia quem havia dito isso, mas foi bom saber que ainda existia um ser humano que se pensa ali.
─ Ainda duvida?- Gally o ignorou. O olhar do garoto parecia estar ao ponto de lançar chamas em mim. Nunca o vi tão sádico. Gally estava fora de si, e naquele momento eu senti mais pena do que medo.- Ótimo!- ele me soltou. Suguei todo o ar que podia para meus pulmões, em meio a tosses secas; isso dói bem mais do que eu lembrava.- Eu disse pra amarrarem ele!! Agora!!
Os garotos se entreolharam por segundos, resolvendo que seria melhor obedecer, após ver a ótima ameaça que ele fez; mas no momento em que os garotos se agacharam para pegar o Thomas, ele despertou de seu sono falso, golpeando os garotos de forma rápida.
Gally tentou ir em direção a ele, mas Minho o impediu pondo um facão em seu ombro, com uma boa ameaça no olhar de que ele seria capaz de tudo. Newt acertou outro garoto que também ia ao ataque e Teresa chutou entre as pernas do que estava próximo a ela; Caçarola cortou nossas cordas me dando enfim a liberdade e Chuck veio correndo com algumas armas em mãos e todos nos juntamos na frente do Labirinto.
─ Você tá bem?- Newt colocou a mão no meu ombro, com um olhar parecendo culpado. Thomas também se aproximou com o mesmo olhar, querendo examinar meu pescoço.
─ Eu estou bem.- assegurei pegando em sua mão.- Acho que meu pescoço é um belo ímã para o a mão de clareanos.- lancei um sorriso palhaço na intenção de amenizar a preocupação dos dois.
─ Stella, eu...
─ Ta tudo bem, Thom.- sorri para conforta -lo.
Nós nos reunimos na frente do Labirinto. Thomas lançou um olhar de quem mataria quem passasse em sua frente para Gally, como um aviso de que ele não devia se aproximar.
─ Vocês são cheios de surpresas, não é...?- comentou Gally irônico.
─ Não precisa vir com a gente... mas nós estamos indo!- afirmou Thomas.- Se alguém quiser vir, é a última chance!!
─ Não escutem ele! Ele tá tentando assustar vocês.- revirei os olhos.
─ Não sei se você reparou, mas todos a sua volta estão assustados.- rebati- Esse lugar não é mais seguro, muito menos casa!! Mas parece que você é o único que não entende isso.
─ Prefiro me arriscar lá fora, do que passar o resto da vida aqui! Pelo menos lá temos escolha. E vamos sair daqui!!- completou o moreno.
Os garotos ficaram pensativos, talvez apreensivos, se entreolhando como quem busca alguma opinião. Logo alguns começaram a ceder, caminhando em nossa direção; de pouco em pouco foram passando para o nosso lado.
─ Desculpa Gally.- retrucou Jeff ao passar por ele. Quase todos vieram, mas alguns ainda ficaram do lado dele.
─ Acabou, Gally.- afirmou o Thomas.
─ Boa sorte com os Verdugos!- disse por fim, com um sorriso irônico.
─ Vamos!- gritou Newt, fazendo todos seguirem em frente.
Dei uma última por toda a Clareira, em cada canto, lembrando dos momentos que tive ali; eu poderia não sentir falta desse lugar, mas sentiria saudades desses momentos, que eu espero nunca esquecer. Depois olhei para eles pensando no quanto são tolos por decidir ficar.
Então segui atrás dos outros, sem olhar para trás.
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Helloooo!!
Ta acabandoooo!!
E eu não tô acreditadooooo!!
Não sei se aguento......
(Assunto sobre outro livro)
Só pra comentar aqui com vocês...
Tô escrevendo um livro novo- dois, na verdade, se considerar o segundo livro "The Maze".
Esse será uma fanfic sobre Crepúsculo. Eu tô um pouco animada até. Já escrevi 5 capítulos; ta caminhando. Ainda não sei quando foi começar a publicar, mas provavelmente não será antes do segundo livro "The Maze". Enfim, só mesmo avisar, caso vocês se interessem, ou gostem, desse mundo de Crepúsculo.
Se quiserem ficar por dentro, é só me seguir pra saber quando vai sair.É isso! Até o próximo capítulooo!!
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The Maze: A Single Goal
Fanfic{Livro 1} Após acordar em um claustrofóbico cubículo sem suas memórias, Stella se encontra cercada por uma dúzia de rapazes desconhecidos, todos presos em um ambiente cercado por altas muralhas. A situação é desesperadora e misteriosa, mas sua adapt...