Capítulo 30- Eu fiz isso com eles?

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O loiro me puxou pelo braço, me guiando para fora da cozinha do Caça. Ele me fez andar pela Clareira enquanto contava coisas aleatórias na tentativa de me fazer esquecer dos meus pensamentos. Mas a verdade é que era difícil. Todo e qualquer questionamento que se passa em meu cérebro fica girando ali como um carrossel, sem saber quando ele vai parar. É confuso.

Ele me levou até a pequena árvore, onde seria fácil de me fazer relaxar.

─ Tenta pensar é algo que te faça esquecer do Labirinto.- o encarei com uma expressão de sarcasmo.

─ Nós somos cercados por ele, como poderia esquecer?- franzi o cenho.

─ Só faz o que digo garota!- esbravejou ele com uma autoridade surpreendente.

─ Ai.- me arrumei melhor na forma com estava sentada e suspirei.- Ta...

Tentei pensar de forma positiva; eles encontrariam um saída, e nada aconteceria. Pensei no que ouvi no amansador e em como Thomas tinha essa certeza; tão certo quanto eu mesma... Quando menos esperei, meus pensamentos vagaram para o último sonho sonho que tive.

"─ Eu quero ir para o labirinto.- falo ao me aproximar daquela mesma mulher. Ela estava de costas para mim, em frente a aquela mesma janela de vidro.

A mulher deu uma olhada rápida para mim; me aproximei e permaneci ao seu lado. Aquilo foi se desfazendo até eu estar em outro lugar...

─ E se... Eu ir para o labirinto?- murmuro receosa. Eu sabia que o Thomas nunca aceitaria, mas seria o único jeito.

─ Nem brincando! Stella, aquele lugar é perigoso.

─ Sim, mas eu sei me cuidar!

─ Sabe?- fez uma careta, recendo um tapa na cabeça na hora.

─ É claro que sei, pois sou "inteligente e determinada"- forço uma voz grossa- Você mesmo disse lembra?

─ Olha, Stella, sei que você quer arrumar um jeito de ajudar eles, mas é perigoso dessa forma e eu não aprovo isso.- o mesmo fala totalmente sério.

─ Mas não há outra forma, Thom.- levo a mão no queixo e fico pensativa- Pelo menos eu acho que não.

─ Aí, viu só!? Você nem tem certeza do que está fazendo.

─ É claro que tenho, e eu vou fazer isso! Eu preciso.- suspirei ao baixar a cabeça- Eu não aguento mais ver eles sofrerem, não tenho ideia do que fazer para ajudá-los. Ir para um labirinto pode ser a única forma.

Thomas segurou meu queixo me obrigando a olhar em seus olhos.

─ Acho que não irei fazer você mudar de ideia nunca, não é?- nego como um olhar triste. Ele suspira ao abrir um sorriso, pequeno, mas é um sorriso. Thomas leva seus braços ao meu redor- Não concordo. Acho isso loucura. Mas... Eu estou aqui, por você.- Thomas continuou me abraçando, com seu rosto apoiado em minha cabeça, me permitindo sentir o calor de seu corpo por um longo tempo. Embora eu saiba que ele ainda não concorda, ouvir essas palavras vindo dele me fez sentir grata por tê-lo ao meu lado."

Abri os meus olhos no mesmo instante. Eu sei o motivo pra estar aqui.

•••
THOMAS

Minho e eu corremos durante um tempo no que ele chama de Círculo Interno. A medida que avançávamos, as paredes tomavam uma forma diferente; o caminho se tornava mais espaçado, eliminando a sensação de vários corredores. Logo chegamos numa área, onde estava demarcado por um grande 4, pintado de vermelho em uma parede. Depois 5, área 6, e enfim a 7.

The Maze: A Single GoalOnde histórias criam vida. Descubra agora