A TESTEMUNHA

D O I S

Dois meses se passaram. Faith estava naquela casa seguindo uma rotina monótona, Ela já estava cansada de ficar só dentro daquele apartamento. Gostaria de sair e conhecer Chicago.

Talvez o Antônio me deixe trabalhar.

Com o pouco contato que teve com Antônio Faith percebeu que ele era fechado e não falava sobre si, o que tornava a convivência ligeiramente desagradável.

     Antônio chegou em sua casa e encontrou a mesma imagem de sempre. Faith sentada em seu sofá pulando os canais, ela lhe parecia entediada.

— Faith, eu trouxe o jantar. – Antônio põe a sacola em cima da mesa da cozinha.

— Ahhhhh...Eu vou comer mais tarde. – Faith diz sem olhar para Antônio mantendo seus olhos fixos na televisão.

— Como foi seu dia? – Antônio perguntou da cozinha guardando as cervejas que havia comprado.

— Bom...– Faith continuou surfando os canais da televisão.

     — Diaz o que está acontecendo? – Antônio perguntou de forma abrupta.

— Se passaram dois meses e tudo que eu faço é ficar trancada nessa casa. Eu estou ficando louca! – Faith elevou a sua voz e expos tudo o que ela estava sentido para fora. O detetive ficou assustado com sua reação.

Nesses dois meses ele nunca havia visto Faith com raiva e, apesar do momento, ele estava achando ela extremamente atraente.

    — Olha, eu só preciso trabalhar e viver minha vida, eu sei que estou em perigo mas eu prometo me cuidar. – Faith se jogou no sofá e suspirou. — Eu preciso fazer algo.

  — Tudo bem. – Antônio se deu por vencido. Talvez trabalhar aliviaria a tensão e nervosismo que ela sentia.

— Mas com uma condição. – Disse Antônio.

      — Qualquer coisa! – Faith pulou feliz.

— Eu vou escolher o lugar em que você irá trabalhar!

— Tudo bem, por mim! – Faith concordou indo até a cozinha onde sentou ao lado de Antônio. — Eu até prefiro assim, me sentiria mais segura.

      Antônio olhou para a mulher sentada ao seu lado que sorria ao ver que ele tinha comprado sua comida favorita. Se perguntava como ela viveu todos esse tempo sozinha, sem ninguém para cuidar e mantê-la segura.

        Na manhã seguinte Antônio entrava no batalhão cinquenta e um a procura de sua irmã Gabriela Dawson e a encontra  conversando com sua nova parceira Silvye Brett. Sua irmã estava lidando com a perda de sua melhor amiga Shay, que trabalhava com ela na ambulância.

— Ei, Gabby! Gabriela abriu um sorriso ao ver seu irmão ali. — Preciso de um minuto com você.

— Ei, Antônio, deixa eu te apresentar minha nova parceira paramédica. Sylvie esse é meu irmão e detetive Antônio Dawson. – Antônio cumprimenta Sylvie. — Antônio essa é minha nova parceira.

— Um prazer te conhecer Antônio.  Sylvie deu um sorriso amarelo e Antônio apenas acenou com a cabeça. — Eu vou checar as medicações.

— Então, o que precisa você falar comigo?  Gabriela pergunta após Silvye se afastar.

   — Eu estou abrigando uma testemunha na minha casa e ela está cansada de ficar lá dentro. Gabriela o olhou confusa sem entender o que ele havia falado.

— Eu explico depois. – Disse Antônio

     — Certo. – Respondeu Gabriela.

   — Quero saber se você pode deixar ela trabalhar no Molly's.– Gabriela ainda o olhava confusa.