Assustada, Faith abre seus olhos e olha o ambiente ao seu redor. Sentido seu corpo doer ela põe a mão no chão para tentar levantar. Sente algo molhado... Faith olha suas mãos cheias de sangue e se assusta, de quem seria esse sangue?— Graças a Deus você não morreu. — Severide diz ao ver Faith olhando suas mãos confusa. — King Lee atirou em você e eu fiz o meu melhor para tentar estancar o sangue.
— O - o - que — Faith tentava falar, mas não conseguia. — Eu, eu sinto. Faith gemeu de dor. — Muito.
— Não, Faith. — Severide deu leves tapinhas no rosto de Faith ao vê-la apagando de novo. — Fica comigo, tudo bem? Você não tem direito de morrer, eu te amo!
— Não você não ama! – Sua voz saiu fraca. — Você...– Faith respirou fundo. — Ama Anne, minha irmã.
— Faith, fique comigo! — Severide gritava.
— Hm... — Faith abriu seus olhos e olhou para o amigo que estava assustado. — Eu estou aqui, só estou cansada.
— Tenta ficar acordada! — Faith fechou os olhos de novo e Severide deu tapas leves em sua bochecha. — Faith! Fique comigo!
Anne estava sentada na sala de interrogatório assustada. Passaram horas desde a primeira vez que ela foi interrogada e eles não conseguiram tirar nada dela, ela preferia ir pra cadeia do que ver seu pai ferido mesmo Severide correndo perigo.
Parecia egoísmo da parte de Anne mas algo dentro dela sabia que King Lee não faria nada para machucar Severide, ele não era o alvo dele e sim Faith. Mesmo se arrependendo por ter levado os dois para a gaiola do leão Anne precisava de uma garantia que seu pai não corria perigo e ela contaria tudo para eles. Ela já sabia como escaparia da prisão, e no final tudo ficaria bem.Antônio desceu do carro e escutou gritos vindo da casa, rapidamente ele pegou sua arma e olhou para Voight.
Voight deu o sinal para ele entrar, Antônio entrou na mesma casa em que Faith foi resgatada com Halstead dando cobertura, Hailey e Ruzek entraram pelos fundos.—LIBERADO! — Ruzek gritou da cozinha.
Antônio não encontrou ninguém dentro da casa, Halstead escutou de novo os gritos e chamou Antônio apontando para o porão da casa.
Severide estava tentando manter Faith acordada mesmo ela desmaiando algumas vezes, ele conseguiu fazer um curativo com sua camisa para impedir que o sangue saísse.
— Faith. – Severide dava três tapinhas em seu rosto sempre que percebia que a morena iria perder a consciência. — SOCORRO! — Severide gritou mais uma vez com a esperança de que alguém fosse ajudar.
— Severide? — Halstead desceu as escadas ainda com sua arma apontada fazendo Severide levantar seus abraços. Ao ver que era o Halstead que estava ali o bombeiro finalmente conseguiu respirar fundo.
— Ela precisa ir para hospital o mais rápido possível.
Antônio paralisou ao ver Faith deitada no chão do porão sujo com sangue em sua volta quase inconsciente. Era a segunda vez.
— Ela não tem condições de esperar uma ambulância. Severide disse exasperado. — Ela perdeu muito sangue.
— Eu vou levar ela no meu carro. – Antônio olhou para Halstead já sabendo o que o amigo iria falar e o ignorou indo em direção a Faith
Antônio pegou Faith no colo escutando a ela gemer, o policial subiu as escadas encontrando Ruzek, Hailey e Voight.
— Eu vou levar ela para o med. – Antônio avisa e Voight não o deixa passar. — Ela não pode esperar a Ambulância!
— Você sabe o protocolo, Antônio!
— Então o quê? – Antônio grita. — Eu deveria deixar ela morrer? — Mesmo não concordando Voight da passagem para Antônio passar.
Antônio coloca Faith deitada no banco de trás e entra no carro. Tudo que ele pedia era para que Faith aguentasse mais um pouco. Ele esperava que não fosse tarde de mais.
Severide olhou suas mãos cheias de sangue, preocupado com a amiga. Severide tentou sair da casa em que foi feito refém.
— Você não pode sair daqui. — Severide olhou incrédulo para Ruzek que bloqueava sua passagem. — Porquê?
— Você precisa ir pro Med, cara. Ruzek explicou e Severide encostou na parede. — Você está muito machucado e provavelmente a adrenalina está inibindo sua dor.
— Eu sei. – Severide disse derrotado. — Eu só estou preocupado...
— Com a Faith? – Ruzek perguntou e Severide confirmou. — Não se preocupe Antônio está com ela.
— Eu disse que a amava. — Severide disse e Ruzek olhou para o bombeiro surpreso. — Eu disse que a amava e sabe qual a pior parte?
— Não. – Ruzek respondeu.
— Ela não é a pessoa que eu amo, pelo menos, não desse jeito. – Ruzek franziu as sobrancelhas confuso. — Anne é a pessoa que eu amo. A mesma pessoa que tentou me matar.
— Tudo vai se resolver! Não quebra sua cabeça com isso, cara. – Ruzek tentou confortar o bombeiro. — A ambulância chegou.
Gabby saiu da ambulância correndo enquanto Silvye pegava as coisas. Ao ver Severide ensanguentado Gabby soube que algo ruim havia acontecido com seu amigo.
— Severide, o que aconteceu? A paramédica perguntou olhando para o sangue em sua mão.
— Não é meu sangue. – Severide disse. — Faith levou um tiro, ela vai ficar bem, eu acho. – Severide abaixou a cabeça. — Eu espero.
Gabby e Silvye começaram a examinar o bombeiro que tinha uma de suas costelas quebradas e uma contusão na cabeça.
— Você precisa de uma tomografia só por precaução. — O bombeiro deitou na maca e foi colocado dentro da ambulância a caminho do med.
Boden chegou como um furacão na delegacia e viu Anne chorando sentada em um dos bancos.
— Você estava ajudando um traficante? Boden perguntou incrédulo. — Anne, por quê?
— Porque ele disse que iria te matar pai. – Boden abraçou a filha. O comandante, mesmo sabendo dos erros de sua filha, não podia dar as costas para ela. — Eu fui egoísta! Eu reconheço pai! Eu mandei os dois para lá. Eu sei que não deveria.
— Shiiii! – Boden consolava a filha. — Está tudo bem.
— Não, Pai! Não está! – Anne disse aos prantos. — Severide nesse momento deve me odiar e Faith está morta, eu vi a foto.
— Nos vamos ao hospital procurar saber se os dois estão bem. Anne concordou. — Nós ainda temos muito o que conversar Anne.
— Eu sei.
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A TESTEMUNHA
FanfictionFaith Diaz teve seu destino mudado ao por seus pés em Chicago. Sozinha e em perigo, ela vai precisar da proteção de um Detetive da polícia de Chicago para manter-la segura.