FINAL | PART 1

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         Depois do banho Faith voltou para a sua cama de hospital e virou para o lado. Àquelas imagens tristes não paravam de passar em sua cabeça. Além disso, as dores no seu corpo também eram lembranças da agressão que ela havia sofrido...

— Eu vou falar com o pessoal. – Antônio disse e saiu do quarto em que Faith estava.

Foi em direção a sala de espera. Antônio viu seus amigos e os amigos de Faith. Ele sabia que uma vez que sua irmã soubesse que Faith estava viva, todos saberiam em seguida.

— Ela está bem! Longe de perigo. – Antônio acalmou o pessoal e todos respiraram aliviados. — Ela vai precisar do apoio de vocês, principalmente agora.

Hank entrou na sala de espera com Olívia ao seu lado e chamou Antônio.

— Como Faith está? – Olívia perguntou.

— Ela está bem. – Hank sentiu um alívio que pensou que nunca sentiria. — Ela...eles fizeram coisas, eles destruíram ela.

— Em casos assim as vítimas não costumam aceitar visita de homens, muito menos deixam eles tocarem nela. – Olívia explicou para Voight. — Se ela permitiu você dentro do quarto é porque ela não te ver como uma ameaça no momento.

— Ela vai precisar de terapia. – Hank disse e Olívia concordou.

— Eu posso pegar o depoimento dela se você quiser, ela vai sentir mais confiança com outra mulher ao seu lado. — Ela explicou.

— Ela me falou. – Antônio disse. — Ela me contou tudo que fizeram com ela.

— Eu vou precisar entrar lá e pegar o depoimento dela. –  Olívia avisou. — É melhor você ficar aqui, ela te contou, mas provavelmente ela estava em choque, agora, ela pode sentir vergonha.

— Vergonha? Não é culpa dela! – Antônio falou indignado.

— Homens violaram seu corpo sem a sua autorização, agora? Ela se sente suja e envergonhada, ela vai se culpar, ela vai falar que podia ter lutado contra eles. — Olívia explicou. — Eu sei que é difícil entender, mas confia em mim.

— Tudo bem.

        Deitada no quarto Faith abraçava seus joelhos enquanto lágrimas caiam de seus olhos, ela queria voltar para o banheiro e tomar mais um banho, tirar toda a sujeira que estava em seu corpo.
Olivia bateu em sua porta e entrou no quarto.

— Oi Faith, eu vim aqui para conversar com você...

— Eu... – Faith tenta falar. — Eu não quero falar sobre isso.

— Eu sei. — Olívia segura sua mão a confortando. — Mas eu preciso do seu depoimento, eu prometo que você não vai precisar ir no tribunal ou ao menos chegar perto deles.

— Eu sei que um deles está morto. – Faith disse lembrando quando Antônio atirou da testa de um deles.

— Os outros estão no hospital e vão responder junto com King Lee e o Senador. –Olívia explicou. — Dessa vez eles não vão escapar, tudo bem?

— Tudo bem.


        Severide olhava sua amiga dormir pacificamente. Ele não podia imaginar o que ela estava sentindo.

— Ela vai receber alta amanhã. – Antônio falou do lado do bombeiro.

— Esse tempo todo ela sempre esteve viva?

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