TRÊS

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    Antônio chegou no distrito logo depois de deixar Faith para mais um dia de trabalho no bar, Faith parecia mais feliz desde que começou a trabalhar.

O detetive entrou na área da inteligência e sentou em sua mesa. Botou suas mãos na cabeça. Achava que estava ficando louco mas não sabia porque estava se sentindo louco.

Literalmente não fazia sentido.

— Ei, Antônio. – Ruzek sentou à mesa ao lado.

— Como está a mulher que você está abrigando?

— Está...– Antônio olhou para o lado para observar se não havia ninguém. — Eu acho que eu estou ficando maluco.

— O que você quer dizer com isso? – Ruzek perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Faith é... – Antônio desiste de falar ao ver Voight na escada. — Deixa pra lá.

Antônio se levanta e segue Voight até sua sala fechando a porta atrás dele.

— Como está a garota? – Perguntou Voight.

— Está bem. Ela está trabalhando no bar da minha irmã.

Voight era um detetive que não demonstrava muito suas emoções e suas feições geralmente eram as mesmas, mas, dessa vez Voight o olhava desconfiado.

— Trabalhando?

— Ela estava cansada de ficar dentro do meu apartamento. – Voight ainda olhava Antônio desconfiado.

— Ela está segura trabalhando no Molly's .

— Eu confiei em você para deixar ela segura, Antônio. – Voight levantou de sua cadeira e ficou frente a frente com Antônio.

— Não se apegue a ela, ela é a origem da nossa investigação, eu confiei a segurança dela a você porque confiava que você não se envolveria com ela.

— Não há envolvimento algum! – Foi a resposta de Antônio. Mas, no fundo, ele sabia que estava mentindo.

— Ótimo!

— Você vai colocar ela em perigo Adam! – Voight e Antônio escutaram a voz de Jay Halstead.

Ela confia em mim e eu nunca colocaria ela em perigo! Adam gritou de volta.

Voight e Antônio saíram da sala e viram os parceiros de trabalhos brigando. Antônio segurou Adam e Voight entrou na frente de Jay.

— O que raios está acontecendo aqui? –Voight perguntou nervoso. Ele odiava quando seus detetives brigavam. Adam empurrou Antônio e Jay apenas o olhava com fúria.

— Vão esfriar a cabeça!

   Faith estava organizando a cerveja que havia acabado de chegar no bar enquanto Gabby e Otis discutiam sobre quem ficava bêbado primeiro. Às vezes Severide vinha antes do bar abrir para ficar conversando com Faith, ela também já havia ido visitar o batalhão cinquenta e um e conheceu o resto dos bombeiros que trabalhavam lá.

— Faith! Severide está aqui. Gabby gritou do bar.

— Olá! Achei que estivesse de plantão hoje. – Faith abraçou Severide.

— Eu estou. – Severide apontou para o rádio em seu ombro.

— Vim ver como estava. – Severide se apoia no balcão. — Sabe, fica difícil falar com você quando você não tem um celular.

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