QUATRO

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   Faith chegou exausta de mais um expediente no molly's. Colocou sua bolsa em cima da mesa que ficava ao lado de sua cama e, no quarto, se deixou cair na cama.

— Au! – Ela colocou a mão em sua cabeça ao sentir algo duro, Faith se levanta e ver uma embalagem de celular em cima de sua cama.

— Uau! Um iPhone. – um celular muito caro. Ela pensou.

— Gostou? – Antônio estava encostado na porta com uma calça jeans e uma camisa regata, Faith tentou não reparar em seus músculos, mas eles estavam ali à mostra.

— Sim. Ela sorriu agradecida.

— Obrigado. Faith se aproximou de Antônio e o abraçou.

Antônio a abraçou segurando sua cintura e o aperto de seu abraço acendeu algo em seu corpo que Faith sabia o que era mas que nunca havia sentido com ninguém, nem mesmo com Severide.

Antônio a liberou de seus braços contra a sua vontade, ele não queria que Faith pensasse que ele era algum pervertido ou algo do tipo. Havia também a questão dela ser seu trabalho, procurar os bandidos que sequestrou ela e outras mulheres fazia parte de seu trabalho ele precisava lembrar-se disso e não poderia se envolver com ela.

Era tudo muito complicado.

— Então, eu preciso ir ao trabalho. Faith franziu o cenho estranhando o horário.

— Tem comida na geladeira. Antônio tira vinte dólares de sua carteira e entrega a Faith.

— Para caso precise de algo.

— Sabe... – Faith senta na cama e cruza suas pernas. — Eu trabalho, eu tenho meu dinheiro. Faith mostrou uma nota de vinte que Antônio a deu em seus dedos.

— Além do mais, são o que? – Disse ela olhando o horário no relógio em seu braço esquerdo. — Duas da manhã?

— Eu sei. – Antônio disse atrapalhado, as pernas morenas e deslumbrantes de Faith estavam tirando sua atenção. — Eu sou um detetive Faith, não existe hora de trabalho, quando eles me chamam eu vou. – Antônio guarda a carteira em seu bolso.

— Quanto ao dinheiro, é apenas força do hábito.

— Então eu vou aceitar. Ela levanta e sai em direção ao banheiro. — Até amanhã Antônio.


    Chegando na delegacia Antônio encontra seus amigos e companheiros de trabalho Halstead e Ruzek de cara fechada um para o outro, ele pensou em perguntar o que estava acontecendo mas preferiu não se intrometer.

— Alguma pista sobre o caso da Faith? Hank Voight seu chefe perguntou. — Eles estão lá fora e estão planejando o próximo passo, precisamos achar esses caras.

— Pode deixar chefe. – Burgess respondeu. — Nos já sabemos que eles não saíram de Chicago e que o nome do homem que comanda tudo é conhecido por King Lee.

— Quando eu estava trabalhando disfarçado King Lee não apareceu por lá. – Antônio continua. —Joseph era sempre quem dava as ordens. Antônio aponta para  a foto do homem loiro com uma cicatriz no rosto que estava no quadro.

— Eu estava fora quando eles sequestraram Faith.

— Tudo certo, Antônio você vai voltar a trabalhar disfarçado de novo. — Antônio não gostou daquela ordem, quem ficaria com Faith?

— Tenta descobrir alguma coisa.

— Quem ficará com Faith? Antônio perguntou e Voight o olhou desconfiado.

— Burgess e Hailey irão ficar de olho nela. Antônio se sentiu mais aliviado por não precisar  deixar ela sozinha.

— Ruzek ligue para o seu informante e tente descobrir algo.

Halstead olhou para Ruzek e o mesmo o ignorou  e mandou uma mensagem para seu informante.

Antônio encostou em sua cadeira e colocou suas mãos em sua cabeça e respirou fundo, sua respiração alta chamou atenção de Burgess que já suspeitava que Antônio tinha uma queda por Faith.

—  Está... Tudo bem? – Burgess pergunta.

— Ela vai ficar bem, vou ter certeza disso. –Antônio olhou para sua parceira confuso. — Eu sei Antônio e eu vi.

— Viu o quê?

— A forma que você olha para ela. Eu não acredito em amor à primeira vista, mas, com você isso aconteceu, não negue pra mim.–Antônio fechou os olhos. — Não se preocupa, eu não vou contar para ninguém. – Burgess beijou seus dedos mostrando que o segredo dele estava salvo com ele. — Mas se você me permite dizer, eu acho que você deveria tentar.

— Obrigado.

    O sol estava clareando as cortinas do quarto de Faith que dormia tranquilamente em sua cama, seu expediente no Molly's começava só as três da tarde deixando sua manhã livre.

Antônio entra em seu apartamento e ver que  tudo estava quieto. Ao perceber que Faith ainda dormia, foi em direção ao banheiro, tomou um banho demorado para relaxar seu corpo e sua mente. Ele enrola a toalha em seu corpo e sai do banheiro em direção a cozinha para pegar algo para comer antes de ir dormir, mas para ao ver Faith com um blusão, provavelmente dele, tentando pegar a caixa de cereal que estava no armário na prateleira de cima, suas pernas estavam a mostra e toda vez que ela fazia a menção de tentar pegar o cereal  a calcinha de renda e a polpa de sua bunda ficavam à mostra.

Faith sentiu um corpo atrás dela e seu corpo estremeceu, ela sabia quem estava atrás dela, o seu perfume era inconfundível.

— Precisa de ajuda? – Antônio sussurrou em seu ouvido e depois pegou cereal e entregou para Faith.

— Obrigada.– Faith agradeceu com a voz trêmula.

Faith virou seu corpo e não conseguiu disfarçar o desejo ao ver Antônio apenas de toalha. Antônio a prendeu no balcão e passou a mão em sua cintura e em seguida sua mão foi direto em sua bunda.

— Se você quiser que eu pare agora é a sua chance de falar Faith. – Faith gemeu como resposta e Antônio entendeu como um sim. — Ótimo. – Antônio a pegou no colo e a levou para sua cama. — Você não sabe o quanto esperei por esse momento.

— Menos fala e mais ação por favor...– Faith disse enquanto arrancava a toalha de sua cintura.

— Tão romântica...

     Faith acordou e sorriu ao ver o detetive deitado ao seu lado, olhou o para o relógio que marcava duas e meia da tarde e logo deu um pulo da cama.

— Merda eu estou atrasada! – Correu para o banheiro tomou o seu banho e vestiu a primeira roupa que estava fácil de vestir em seu guarda-roupa.

— Pode me levar? Eu estou mega atrasada.

— Claro. – Antônio se vestiu, pegou as chaves de seu carro e sua carteira. — Está pronta?

— Sim. Argh!

— Herman vai me matar! – Faith disse entrando no carro. Antônio apenas achava graça.

— Não rir, eu odeio levar bronca.

— Tudo bem! – Antônio levantou as mãos em rendição.

— Você vai chegar no horário. – Ele deu um selinho em Faith. — Prometo.

— Tudo bem. — Faith sorriu

Antônio havia se permitido viver o romance que ele tanto havia tentado se afastar, ele sabia que havia muitos obstáculos  a serem vencidos para poder viver esse romance e um do seu  principal obstáculo seria seu Chefe. Hank Voight poderia ser o próprio diabo quando ele queria. E era isso que Antônio mais temia.

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