Duplas

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POV: Diego

Após o Guilherme me encher o saco durante toda a semana, dizendo o quanto estava interessado na Gabi, resolvi marcar um encontro duplo, para ele sair do meu pé.

Para convencer a Nina, usei a desculpa da nota máxima da Gabi na recuperação. Não poderíamos não comemorar. Assim, terei o encontro que propus à Nina, e ajudo o Gui a ter o encontro que ele quer.

Liguei para o Guilherme a pouco tempo, e pela primeira vez, vi o cara nervoso para encontrar alguém. Não é como se fosse o nosso primeiro encontro duplo, então, achei hilária sua reação quando descobriu que a Gabi topou ir.

A Nina e eu combinamos de eu passar em sua casa, para buscá-la, e a Gabi aceitou que o Guilherme fosse a buscar em sua casa.

Logo que a Nina abre a porta, vejo que ela está com um vestido preto, curto, e bem coladinho, minha menina, está uma gostosa.

— Boa noite, linda.

— Boa noite, lindo. Já estou quase pronta, espera só um minutinho. - ela fala, indo em direção ao seu quarto, a sigo.

Vejo-a colocar o relógio e seus brincos, e me pede para colocar o seu colar.  — Linda, vamos logo. -digo apressando-a, após ajudá-la a com o colar.

— Calma, lindo. Eu literalmente já estou pronta, só vou pegar minha bolsa. - ela diz meio nervosa.

Já me acostumei com a demora da Nina para se arrumar, mas mesmo assim, gosto de apressá-la, sempre me divirto com isso.

....

Logo que chegamos no barzinho, vi que ela enviou uma mensagem para a Gabi. Essas duas não se descolam. Já que vamos esperar, resolvo conversar.

—Sabe, estou realmente pensando em aceitar a proposta do meu pai, e ir trabalhar na empresa. - digo puxando sua cadeira, para que possa sentar.

— Lindo, acho que você deveria aceitar, é uma grande oportunidade, e você provavelmente vai herdar tudo mesmo. - ela diz dando de ombros.

É estranho saber que a empresa, o motivo do meu pai me negligenciar por tanto tempo, um dia vai estar em minhas mãos. Se não fosse pelo lucro, eu provavelmente colocaria aquela empresa terra a baixo. Só de raiva.

— Lindo?

— Desculpe, estava só pensando na proposta. - digo sentando ao seu lado.

— Não se sinta pressionado, se não quiser, não deve aceitar. - ela diz pegando em minha mão, e de alguma forma, seu calor me conforta. Tudo nela me conforta e me faz a querer cada dia mais.

— Eu quero, mas ser filho do dono, é sempre mais complicado.

— Achei que seria a parte mais fácil. - ela diz rindo.

— Eu quero crescer por mérito, e não por sobrenome.

— Fala com ele, acho que ele vai te entender... - ela fala carinhosamente.

— Boa noite, casal. - diz o Guilherme ao se sentar em frente a gente, acompanhado pela Gabi.

— Já pediram algo? - diz o Guilherme dando um leves tapinhas na mesa.

— Ainda não. - respondo, e logo vejo o garçom passando, aceno falando somente "irmão", e logo, ele vem até nós.

— Vocês pretendem beber algo? - digo olhando para as meninas. E em uníssono respondem se olhando. "Com certeza".

Namorada de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora