Dúvidas

247 20 61
                                    

POV: Nina

— Você deveria ficar aqui pelo menos mais um pouco. - Diz o Diego, pegando minha mala para colocar em meu próprio carro.

— Acho que para um começo, uma viagem já foi tempo o suficiente.  - digo rindo, enquanto procuro as chaves do carro em minha bolsa.

— Como começamos ontem, tecnicamente a viagem não conta como tempo juntos. - ele mostra um sorriso presunçoso.

— Nem tenta, Diego. Não quero dar um passo maior que a perna. - Jogo minha bolsa no banco passageiro e vou em direção ao outro lado do carro.

Ele pega na minha cintura e encosta suas costas no carro, me puxando para junto dele.

— Diego, por favor, os seus pais devem estar por perto. - repreendo-o.

— Não aja como se eles achassem que somos inocentes. - ele fala e dou um tapa em seu ombro.

— Mas não temos que ser dois sem vergonhas! Já me despedi deles, não quero ficar fazendo hora aqui. - tento me desvencilhar dele, mas ele começa a me dar beijos no pescoço até chegar em minha boca, nos beijamos, mas ainda estou com um pouco de vergonha de alguém nos ver.

Interrompo o beijo e me desvencilho — Agora preciso realmente ir. - ele solta minha cintura e leva suas mãos às minhas e joga a cabeça para trás. — Já que insiste. - ele diz e me solta.

No momento em que entrei no carro, ele se apoiou na janela do lado passageiro: — Aquele encontro, pode ser hoje à noite? - ele dá um sorrisinho.

— Amanhã temos aula, preciso descansar. Podemos deixar para o fim da semana? - pergunto devolvendo o sorriso afim de convence-lo.

Ele revira os olhos, se afasta da janela: — Você está me torturando, de novo.

Dou uma piscada como resposta, e dou partida no carro.

....

POV: Diego

Não estou me sentindo muito bem, no momento em que a Nina saiu daqui de casa percebi que estava observando o carro dela até o perder de vista. Não sei direito o que isso significa, mas não me parece bom porque no momento em que tive que encarar minha casa novamente, parei de sorrir.

— Filho, sabe o que é engraçado? - pergunta meu pai no momento em que entro em casa.

— Não - respondo seco e continuo andando com minha mala na mão.

— Você e a Catarina no início da viagem pareciam dois estranhos, sem intimidade, contato, e já agora no fim, unidos como nunca. - ele dá um sorriso presunçoso e arqueia uma sobrancelha.

Engulo seco e me viro para ele — O que você está insinuando? - pergunto-o calmo.

— Nada, só estou fazendo uma observação que acabou saindo em voz alta. - ele me olha fixamente.

Oh pai, você que nunca presta atenção em mim, logo agora, resolveu observar minha relação??

— A gente tinha brigado, e ela não estava muito afim de ir, mas acabou indo e no fim deu tudo certo. Mas alguma coisa?  - Questiono tentando me manter sereno.

— Para mim não faz muita diferença, foi só uma observação. - ele diz dando de ombros e coloca as mãos nos bolsos da frente de seu short.

— Estava prestando atenção demais para algo que você não liga. - digo pegando a mala que eu havia apoiado no chão e indo para o meu quarto sem olhar para trás.

Entrando no meu quarto, vejo que ele está super organizado e limpo, definitivamente não foi o modo em que o deixei, fecho minha porta, abro minhas janelas para sentir um pouco do vento. Estou cansado, mas não vou dormir para não perder meu sono da noite, me sinto um pouco sujo por conta da  viagem, então resolvo tomar um banho.

Namorada de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora