Linda

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POV: Nina

Quando chegamos perto da festa, sinto meu olhos arderem ainda mais, e percebo que não vou conseguir ficar. Pego minha bolsa de fininho, e decido sair.

-Está tudo bem? -O Matheus me pergunta olhando primeiro para o Diego que está ao lado da avó que pediu uma foto com ele.

-Estou sim.-respondo me afastando um pouco.

Ele coloca meus cabelos atrás da orelhas e diz -Quem está bem, não chora.

-Por favor, não conta para ninguém. Só quero ir para casa. -digo e sinto uma lágrima quente em meu rosto.

-Deixa eu pegar minhas coisas que te acompanho.

Espero ele se afastar e começo a andar mais rápido, definitivamente não preciso de mais problemas. Tiro minhas sandálias e as seguro nas mãos, coloco minha bolsa embaixo do meu braço e sigo o caminho.

Nesse momento, sozinha no meio do caminho, me permito chorar, me permito soluçar e o nó da minha garganta pôde finalmente sair. Sinto meus pés doerem mas não é um grande incômodo, vejo um clarão na rua e percebo que tem um carro vindo. Olho fixamente e percebo que é um carro preto. Não sei se torço para não ser o Diego, ou torço para não ser um maluco qualquer.

O carro desacelera ao meu lado, Diego abre a porta. -Nina, por favor sobe no carro.

-Não! -respondo com a voz embargada.

-Por favor, está de noite, não faça loucura.

Não respondo e ele continua: -Seus pés devem estar doendo, o caminho é longo.

Não respondo.

-Nina, se você não subir na porra do carro, eu vou te carregar nas costas. Eu não vou te deixar nessa rua escura.

Paro de andar e ele para o carro, entro coloco o cinto e fico quieta sentindo minhas lágrimas continuarem a escorrer.

-Podemos conversar?

-Não, não agora- respondo.

....

Chegamos em casa, subi diretamente para o nosso quarto e quase consigo deixar o Diego para fora.

-Porra Nina, fala comigo. -ele entra e bate a porta.

-Falar o que? Você que tem que me falar algo, ele falou que te viu ontem, ontem Diego e você não me falou nada.

-Eu não sabia se precisava...

-Não minta para mim. -Digo apontando o dedo para ele.

-Nina, eu juro que não foi na maldade.

-Diego, eu não ligo se foi na maldade ou não , eu quero saber a porra da verdade... -me sento para tirar a sandália.

Ele pressiona o polegar e o dedo do meio nas têmporas e diz: -Eu fiquei com... medo.

-Claro, você só pensou em si mesmo e na porra desse acordo que fizemos. -Lanço a sandália para longe.

-Não, Nina... sim, eu pensei sobre o acordo mas...

-Mas o quê? Ficou com medo de eu me jogar aos braços do Luan? -Respondo incrédula, me levantando da cama novamente.

Diego dá de ombros. -Eu não sabia como você iria reagir.

-Eu enfrentei ele, espero que tenha reparado que minha decepção foi com você- aponto o dedo para ele novamente- por você me esconder aquilo.

-Nina, me desculpa.

Rio ironicamente -Foi por isso que me deu o vestido? Par recompensar a culpa de não me falar nada?-Digo limpando minhas lágrimas.

-O quê? Não, eu te dei essa porra desse vestido -ele aponta para o vestido-  por que vi como olhou para ele aquele dia.

-E por que se importa, se isso é só a porra de um acordo que estamos fingindo muita merda e enganando a todos. - Digo me encostando na parede mais próxima.

Ele se aproxima, pega no meu rosto e limpa minhas lágrimas com seus polegares. -Porra, Nina. Você não entende? - ele encosta sua testa na minha. -Eu quero ver você feliz, eu quero te deixar feliz. -ele pausa- porra, eu me importo com você, de verdade...

Ele solta meu rosto, fecha os olhos, pressiona suas têmporas e quando os abre, olha para mim timidamente. Nunca o tinha visto dessas forma. Sinto seus olhos me consumirem. Sinto a eletricidade do quarto me atingir.

Chego mais e mais perto e consigo sentir sua respiração se misturando a minha, ele avança mais um pouco encostando seus lábios nos meus e sinto sua lingua pedindo permissão e eu logo cedo. Ele me pressiona contra a parede enquanto nos beijamos, sinto seu corpo cada vez mais colado o meu, e logo sinto sua ereção em mim.

Ele me levanta e prendo minhas pernas ao redor do seu corpo, ele se move ainda me segurando e se senta na cama e o sinto ainda mais, rebolo um pouco enquanto ele beija meu pescoço e começa a abrir o zíper lateral do vestido, logo ele me vira e me deita na cama, para ficar por cima de mim, e por um segundo me olha fixamente e volta a me beijar, primeiro minha boca, meu rosto, meu pescoço, meu ombros.

Eu me levanto um pouco e ele começa a puxar meu vestido, fazendo-o descer pelos meus ombros.

-Está sem sutiã Catarina?

-O vestido não me permitiu usar. -respondo timidamente.

-Bendito seja.- diz ele rindo.

Levanto a parte inferior do meu corpo para que ele possa puxar o vestido, que sai tranquilamente, chuto com meus pés e começo a desabotoar a camiseta que ele está usando, ele a tira rapidamente, e sinto necessidade de sentir seu corpo. Ele volta a beijar meu pescoço até chegar em meus peitos que se enrijecem, sinto sua lingua quente, e sinto coisas que nunca tinha sentido antes. Ele continua me beijando até chegar a minha calcinha. Se levanta de cima de mim, tira a calça rapidamente, pega algo em sua mala e volta para sua posição. Rio com a velocidade que ele faz isso.

Ao voltar, ele me olha e murmura: -Você... já...?
Aceno positivamente, ele dá um sorriso, e sinto-o tirar minha calcinha bem devagar.(bendita seja a Gabi e seu saquinho de cetim).

Isso está sendo uma tortura, quero senti-lo dentro de mim. De repente, sinto seu polegar tocar no meu ponto sensível e minhas costas se arqueiam, me olhando fixamente ele coloca dois dos seus dedos dentro de mim, e me observa abrir um pouco a boca, pela surpresa do movimento, seguro nas cobertas e sinto-me pulsar.

Ele me olha e diz: -Você ficou pronta rápida.

-Você está me torturando.-Digo em uma especie de gemido.

Sinto sua resposta no momento em que ele pega a camisinha, fecho meu olhos para tentar me aliviar e sinto seu peso por cima de mim novamente. Abro os olhos e seu rosto está perto do meu, sinto-o e me arqueio para sentir mais e ele entende minha necessidade e nesse momento.... o sinto por inteiro. Arfo, reviro os olhos, me perco. Em movimentos lentos iniciais e depois mais rápidos, me seguro nas cobertas para não desmoronar ali mesmo, involuntariamente me arqueio mais um pouco, ele acelera ainda mais e logo sinto que vou explodir, e o faço. Minhas pernas fraquejam.

-Isso, linda-é a única coisa que ele diz.

E percebo que ele está chegando ao clímax, coloco minhas mãos sobre suas costas e acabo o arranho em quanto ele se movimenta, e ele chega lá, se arqueado um pouco para trás.

Por fim, me dá um beijo na testa e se retira gentilmente de dentro de mim, pega a camisinha e a lança no chão do quarto. Deita-se ao meu lado, e sei que não temos forças para mais nada. Me aninho nele, e sinto sua respiração em meu pescoço, ele passa o braço por mim.

-Amanhã ainda temos que conversar. -Digo.

-Amanhã, linda, deixa para amanhã. - Ele me dá um beijo na cabeça e eu fecho meus olhos enquanto sorrio. Gosto de ser chamada de linda... e assim, apago.

Namorada de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora