13.

509 53 8
                                    

S/N COLLINS,
narrativa.

Bocejo mais outra vez, enquanto observava adolescentes dançando quase que colados uns nos outros. A festa na pedreira parecia nunca acabar, já estava quase escurecendo e os adolescentes não pareciam cansar de dançar, nadar e beber como eu.

Segundo algumas pessoas, as festas do ensino médio são tipo; uma das melhores, são demais! Você tem bebida de graça e várias pessoas bonitas ao seu redor. E bem, depois de participar de uma delas, eu realmente acho que não faço parte delas.

Quer dizer, tem gente bonita e tem bebida de graça, mas, continua entediante. Eu pensava que seria como nas festas dos filmes de adolescentes, mas na verdade não é não.

Estava sentada em uma pedra com os pés mergulhados na água gelada da pedreira. O resto do grupo parecia estar se aprontando para logo irmos para casa, aliás, umas das coisas que a festa me proporcionou foi me aproximar dos amigos de boris e eles são divertidos, posso dizer.

— Oi! - Uma garota de cabelos escuros grita, pelo som da música estar muito alto.

Quando reparei em quem era, vi que a conhecia. Era Millie, do terceiro ano, ela era meio popular e eu a via passando no corredor algumas vezes na troca de aula.

— Oi, Millie - Respondi, sorrindo simpática. — Posso ajudar em alguma coisa?

— Tem um amigo meu querendo ficar com você, sabia?

Oh.

Eu não imaginava isso, na verdade. Ela deve ter percebido minha surpresa, já que soltou uma risada nasal.

Eu já não era BV, lembro-me de ter perdido em um verdade ou desafio com um garoto que gostava no oitavo ano. Foi uma terrível experiência. Mas não recebia muitas dessas perguntas, então ainda me deixava surpresa.

— Sério? Quem é? - Perguntei, curiosa.

Millie fez um gesto com a mão, chamando alguém para cá, imaginava ser o tal amigo e eu estava certa. Logo o garoto estava bem em minha frente, me lançando aqueles sorrisos sem mostrar os dentes.

Louis Partridge. Eu conhecia ele, era do terceiro ano também e claro, não podia mentir, ele era bem bonito.

Eu beijaria ele com toda certeza e bem, assim que o garoto se sentou ao meu lado, ele não foi demorado em atacar meus lábios.

Louis beijava muito bem. Nossas línguas pareciam estar em perfeita sincronia e sua mão em minha cintura me deixava arrepiada algumas vezes, mas de alguma forma, algo não parecia encaixar.

De repente, eu começava a imaginar Boris no lugar de Louis, me perguntava se ele me proporcionaria essa sensação se me beijasse, ou se seria melhor. De qualquer forma, aqueles pensamentos foram o suficiente para eu terminar o beijo por ali.

Louis sorria para mim quando nossos lábios foram distanciados, acho que indicava que ele havia gostado, então. Eu também gostei, mas bom, não era ele.

Ele ficou do meu lado em silêncio por um tempo, mas logo disse que precisava encontrar Millie.

E assim fiquei naquela pedra, com os pensamentos daquele beijo presos em minha mente.

— Pensando muito, hein - Me assustei com a voz que se aproximou de mim, sentando do meu lado. Ele riu com meu susto. — Desculpe.

E lá estava ele, com seus cachos ainda úmidos e com pouca definição, vestindo uma camisa um pouco maior que ele. De algum jeito, ele parecia mais atraente do que antes.

library girl,  BORIS PAVLIKOVSKYOnde histórias criam vida. Descubra agora