NARRADORA,
narrativa.Quando o selar de lábios é separado e os olhares de ambos se cruzam é inevitável conter o sorriso que estampa em seus rostos e sem delongas, os jovens juntam os lábios mais uma vez, colocando a língua desta vez.
S/n desceu suas mãos dos cabelos ao rosto de Boris, segurando-o com ternura, enquanto Boris firmava suas mãos na cintura da garota com delicadeza. Era algo meigo e tímido e parecia certo, os lábios macios de S/n nos de Boris era definitivamente algo certo, as línguas se encaixavam em um ritmo perfeito.
Aquilo tudo parecia perfeito.
Pela falta de ar, os dois se afastam lentamente, mas não completamente, S/n ainda conseguia sentir o hálito quente de Boris em sua boca e se não fosse pela falta de ar já teria grudado seus lábios de novo.
Boris sentia que seu coração poderia parar de bater de tão disparado que ele se encontrava. Era um misto de sentimentos que nunca imaginou sentir por alguém, a euforia era tamanha e era incrível, ele queria continuar sentindo isso por ela.
Boris queria continuar sentindo seu coração disparar assim que S/n se aproximasse, queria continuar sentindo o cheiro doce que a menina exalava e o gosto de ameixa que seus lábios tinham.
— Eu gosto de você - Boris murmura, contra a boca de S/n, ainda meio ofegante. — Muito.
O sorriso involuntário que se formou nos lábios de S/n foi incontrolável, ela baixou a cabeça para tentar disfarçar, mas foi em vão.
— Também gosto de você, Boris. Muito.
Dois adolescentes sorrindo igualmente bobos pelo sentimento recíproco que sentiam, era aquilo que acontecia no momento. Era engraçado, mas ao mesmo tempo era bonito. Não demorou muito para os dois unirem os lábios novamente, mas dessa vez de uma forma mais intensa e quente.
Boris pousou uma de suas mãos na coxa de S/n, massageando por ali. Enquanto sua outra mão se encontrava na cintura da Collins, apertando o local sem força o suficiente para não machucar. S/n tinha suas mãos rodeadas no pescoço de Boris, arranhando de leve sua nuca, causando arrepios pelo corpo do mais velho.
O Pavlikovsky desceu seus lábios para o pescoço de S/n e foi trilhando uma sequência de beijos por lá, percebendo como aquilo estava mechendo com a garota quando a mesma tombou sua cabeça para trás, então continuou, evidentemente, deixando beijos pelo maxilar, pescoço, ombro.
Imediatamente, S/n puxou Boris para si novamente, tomando os lábios do cacheado ferozmente e rapidamente suas mãos adentraram a camiseta de Boris, tocando no abdômen dele. Mas não durou por muito tempo, pois acabou sendo interrompida por seu telefone tocando, repetitivamente.
Ao ver o "Pai" na tela de seu celular o coração de Collins erra uma batida, em razão de que seu pai só a liga quando é realmente necessário.
— Boris! Boris, é meu pai - A garota exclama, fazendo o garoto parar o que estava fazendo imediatamente.
— Ele sabe que você está aqui?
— Não exatamente - Murmura, coçando a nuca. S/n solta o ar que sequer tinha percebido que prendia e então aperta o botão verde, atendendo a ligação.
— Oi pai - Sua voz vacila, podendo entregar todo o jogo.
— S/n, estou te mandando mensagens o tempo inteiro e você não visualiza, cara! Me deixou preocupado.
— Desculpa pai, sério mesmo, meu celular estava no silencioso.
Ela escuta um suspiro do outro lado da linha.
— Tudo bem, sem problemas, S/n - Ele dizia em um tom que era o oposto de "sem problemas". — Você vem pra casa hoje, né? Ta na Max?
S/n respirou fundo, sentindo suas mãos suarem. Ela nunca fez questão de mentir para seus pais, a confiança deles sempre foi sua prioridade e por mais que ela estivesse apreensiva em dizer que estava na casa de um garoto, não iria arriscar a confiança de seu pai.
— É... Na verdade, não.
O silêncio na outra linha começou a deixar S/n incomodada, ela sabia que seu pai não era bobo.
— E onde é que você está, S/n? Você por acaso foi mesmo ao jogo da escola?
— Fui, óbvio que eu fui, mas eu vim para a casa de um amigo quando o jogo terminou, eu esqueci de avisar.
— Amigo? - O tom de voz desconfiança era evidente e isso deixou S/n com um pouco de medo.
— É, amigo.
— Tá, a gente conversa em casa, não enrola, por favor.
— Não vou, beijos, te amo! - A ligação é encerrada em poucos segundos e S/n consegue respirar normalmente por um tempo.
Boris segurava o riso desde quando escutou a palavra amigo e imaginou o que o pai de S/n faria se descobrisse o que eles faziam a alguns minutos atrás, na "amizade".
— Boris, para! - S/n o repreende quando percebe os lábios espremidos do cacheado, tentando conter o riso.
— Desculpa, amiga.
— Nossa, você é um grande idiota - Boris gargalha tombando a cabeça para trás, enquanto S/n sorria negando com a cabeça. — Tenho que ir, já está tarde.
— Que pena - Boris choraminga dramático, enquanto S/n ri anasalado.
Boris leva a garota até a porta até insistiu em deixá-la em casa, mas ela negou mil vezes e pediu um Uber, que não demorou para estacionar frente a morada de Boris Pavlikovsky.
— Bom, sua dívida está quitada, muito obrigada pelo lanche - S/n brinca, fazendo Boris rir.
— O prazer foi meu, te vejo na escola, né?
— Uhum, na escola - Sorri de canto.
S/n se aproxima para juntar seus lábios mas é surpreendida com Boris virando o rosto.
— Perai, amigos não fazem isso não - Ele brinca, sorrindo quando viu o olhar mortal que a garota lançou, recebendo um soco em seguida. — Ai! Calma gatinha, tô brincando.
S/n fingiu que o "gatinha" não a atingiu em cheio somente pelo drama, mas era inevitável esconder o sorriso que queria a todo custo se formar em seus lábios.
Boris segura o rosto da jovem e cola os lábios da garota com os seus em um selinho demorado e murmura um "boa noite, estressadinha" junto de um aceno quando ela adentra no carro. Ele ficou parado por um tempo sorrindo feito bobo, afinal, era esse o sintoma do amor.
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library girl, BORIS PAVLIKOVSKY
Fanfictionem meio dos livros de uma biblioteca local boris se vê encantado pela garota nova da cidade.